A recomendação para o público 60+ permanece a mesma, por serem grupo de risco os idosos devem ficar em casa enquanto durar a pandemia do coronavírus. Mas ficar em casa, não é sinônimo de solidão para os participantes do Mundo Digital Máster do Sesc, pois a integração digital é uma realidade.
O projeto promove a inclusão ou aperfeiçoamento digital por meio do computador e smartphone, e suas funcionalidades. Nos encontros presenciais, que aconteceram antes da quarentena, os alunos tiveram noções básicas para utilização dessas ferramentas digitais, através de assuntos de interesse desta faixa etária, mediados pela tecnologia, uso de aplicativos úteis para o dia a dia, entre outros temas, de acordo com a necessidade apontada pelos grupos.
Para proporcionar a integração da sua turma, a instrutora Elaine Cristina de Souza Medeiros, da Unidade do Sesc Prainha, em Florianópolis criou uma atividade que resultou em um vídeo surpresa para os participantes. Cada um foi convidado a gravar um vídeo curto, com três passos: primeiramente recebendo uma bolinha de papel (na frente da câmera), depois encenando a surpresa em abrir o papel imaginando uma linda mensagem escrita, posteriormente deveriam amassar a bolinha novamente e jogar para frente.
“Um vídeo sozinho não faria sentido, mas se cada um fizesse, seria uma mensagem positiva a todas as pessoas que estão nesse momento se sentindo solitárias”, conta a instrutora.
A atividade trabalhou muito com o smartphone, para relembrar as atividades desenvolvidas no curso, ativando o cérebro, como: mexer na câmera, fazer vídeos curtos, enviar o vídeo pelo whatsapp, além de interagir com as pessoas que estão em nossa casa, pensando num cenário, a forma de gravar e o ângulo da filmagem.
“A intenção do vídeo foi de trazer uma mensagem positiva, de que mesmo quando estamos separados fisicamente, o Mundo Digital pode nos aproximar e nos conectar. Este é o papel do Sesc, continuar desenvolvendo atividades até que tudo volte sua rotina habitual”, salienta Elaine.
Assista ao vídeo e confira os depoimentos abaixo:
Maria Madalena Vieira Nascimento – filha da dona Amélia (integrante do Grupo)
Minha mãe adora fazer as atividades, porém estranha um pouco a interação pelo celular, algo que ela nunca imaginou ter domínio. Fala das dificuldades, pois antigamente o meio de escrita mais moderno era a máquina de escrever. Eu gravei o vídeo dela e não contei o que seria, para fazer surpresa. Quando ela recebeu o vídeo pronto, ficou emocionada de ver os colegas, a encenação da surpresa sobre a mensagem escrita. Para minha mãe está sendo muito bom, ela sente muito a falta de ir ao Sesc, mas sempre compartilha o que aprendeu para o meu pai.