O movimento do universo é circular, nossa origem intrauterina é em formato de círculo, nossos olhos são circulares. Foi com inspiração neste formato geométrico, que os participantes do projeto “Conecta 60+” do Sesc São Miguel do Oeste iniciaram o estudo, no mês de junho, das mandalas.
Mandala significa círculo em palavra sânscrito – uma língua morta de raízes indianas, presente em muitas culturas por todo o mundo. Também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente é o símbolo da integração e da harmonia, proporcionando avanços na busca pelo autoconhecimento, além de causar um equilíbrio emocional e a paz interior.
Também foi utilizada pelo estudioso suíço Carl Jung (1875-1969) para explicar a psiquê humana. Jung fazia uma analogia entre a composição da mandala e os três níveis de consciência que temos. O ponto central dela é identificado com o self, a essência do nosso ser, do qual tudo converge ou irradia. As primeiras figuras seriam o inconsciente pessoal e, finalmente, as bordas mais afastadas seriam o inconsciente coletivo.
A proposta lançada, aos participantes do “Conecta 60+” do Sesc São Miguel do Oeste, após os descritivos teóricos foi colocar em prática a experiência de produzir uma mandala utilizando elementos muito simples, do cotidiano.
Os benefícios de fazer uma mandala são muitos. Confeccionar significa ficar concentrado numa tarefa específica e assim pode canalizar sua atenção, dessa forma, entra num estado de concentração. Desta forma, os participantes exercitaram sua criatividade e seu poder de decisão ao lidar com a escolha de cores e padrões geométricos distintos.
Elas são usadas há séculos como forma de melhorar a concentração e apresentam benefícios reais. Com isso, criar os desenhos pode ajudar a diminuir a ansiedade e estresse, ajudando a melhorar a qualidade de vida. Outro ponto muito positivo é que, por causa do seu viés espiritual, elas podem ser de grande auxílio para quem busca uma iluminação, conforme é possível conferir em muitos vitrais expostos pelo cristianismo nas igrejas, na utilização pelos hinduístas e budistas, entre outras cultuações ao divino. Já para quem apenas deseja um novo hobby, elas podem ser um ótimo treino das habilidades.
Colaboração: Daiane Rossetti, instrutora de Trabalho Social com Grupos e Adriana Brustolin, técnica de Assistência e Cultura do Sesc São Miguel do Oeste.
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