Painéis 3 e 4 do projeto “Narrativas audiovisuais: contranarrativas” contam com a presença catarinense


03/11/2020 - Atualizado em 06/11/2020 - 474 visualizações

Santa Catarina mais uma vez marcou presença nos painéis 3 e 4 do projeto nacional do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”. O painel 3, com o tema "Geração de renda e precarização do trabalho" aconteceu no dia 27/10 e contou com a apresentação do projeto social "É da Nossa Cor", da comunidade do Monte Serrat, de Florianópolis. Já o painel 4, no dia 29/10, teve como tema "Desenvolvimento sustentável e territórios" e contou com a apresentação do projeto social "Casa São José", do bairro Trindade da Capital e com a comentadora da psicóloga, empreendedora social e consultora, que atua como gestora de programas no Social Good Brasil e da comunidade do Sistema B em Santa Catarina, Silvia Luz.

As próximas participações de projetos de Santa Catarina acontecem nos painéis 6 (05/11), 8 (12/11) e 9 (17/11). Participam do projeto os Estados do Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe, Santa Catarina e Polo Pantanal. A programação dos painéis pode ser acessada no site do projeto: https://www.sesc.com.br/portal/site/contranarrativas/

+Liderança de SC no painel 3 - Karoline Franciele dos Santos
Karoline Franciele dos Santos é assistente social e mestre em serviço social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Prestadora de serviços no Tribunal de Justiça de Santa Catarina como Perita Judicial. Na iniciativa "É da Nossa Cor", atua como Gestora Social coordenando as ações sociais no eixo de acesso a direitos e oportunidades de desenvolvimento, com foco na ampliação do impacto social e promoção da equidade racial..

+Iniciativa Social "É da Nossa Cor"
O "É Da Nossa Cor" é uma iniciativa social que nasceu em fevereiro de 2014, com intuito de promover debate, autoestima e protagonismo através da cultura afro-brasileira. Idealizado pela Mathizy Pinheiro, juntamente com Djavan Nascimento, onde perceberam, a partir dos desabafos das crianças afirmando que se pudessem escolher não seriam negras, e sim loiras de olhos azuis. São elas, moradoras do Monte Serrat, comunidade remanescente de quilombo, sendo a segunda comunidade de Florianópolis com maior contingente de população afro. Com isso, reconhecendo conflitos vivenciados na infância, começaram através da cultura ressaltar a importância da história e contribuição da cultura afro-brasileira africana e afro-diaspórica para o mundo. Compreendendo a cultura afro-brasileira para além de modalidade artística, mas como valorização da tradição e história de um povo a partir de seus valores civilizatórios. E dessa forma, compreendendo o Racismo como uma violência impacta no subjetivo, relações e estruturas gerando exclusão social, a iniciativa busca promover inclusão social das crianças e adolescentes através da cultura afro-brasileira, protagonismo e autoestima. Como forma de promover inclusão social, são realizadas: oficinas culturais, passeios para que tenham acesso a diferentes espaços sociais, bem como promovendo apresentações, onde a história e cultura afro-brasileira possam ser apresentadas como um espaço para todos e a valorização da cultura afro-diaspórica seja feita de forma leve e lúdica..

Para conhecer mais:
Instagram: @edanossacor
Facebook: https://www.facebook.com/ProjetoEdaNossaCor

+Liderança de SC no painel 4 - Michelle Karine Setubal
Michelle é coordenadora da "Casa São José", formada em pedagogia pela UFSC, atua na instituição desde 2006 coordenando os trabalhos pedagógicos e de gestão, bem como atendendo as crianças, adolescentes e suas famílias no que necessitam. Deyse F. Estevão Fagah é assistente social da "Casa São José" desde 2016. Assistente social formada pela Unisul, especialista em políticas públicas. Atua há 10 anos em organização da sociedade civil em projetos de defesa e garantia de direitos de crianças e adolescentes. Conselheira estadual dos direitos da criança e do adolescente na gestão 2012-2015. Membro da coordenação colegiada do fórum de políticas públicas de Florianópolis.

+"Casa São José"
A Casa São José é uma entidade não-governamental, sem fins lucrativos, viabilizada e mantida pela Ação Social da Trindade, em Florianópolis. Inaugurada em 23 de março de 2003, a entidade atende atualmente a 170 crianças, de 6 a 15 anos, no período oposto ao do ensino regular desenvolvendo atividades socioeducativas, oferecendo 5 refeições diárias e funcionando de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h. A instituição tem como papel fundamental proporcionar uma parceria família-escola-ONG, colaborando na educação, no cuidado e na proteção das crianças, objetivando, sobretudo, a inclusão social da população jovem e excluída, encaminhando-a à conquista da cidadania, mudando futuramente a realidade em que estão inseridos atualmente. Almeja-se que esses indivíduos sejam partes integrantes e construtoras de uma sociedade que respeite as diversidades culturais, étnicas formando cidadãos capazes de compreender, questionar e modificar a sociedade existente e suas exigências para inclusão, a partir de suas vivências cotidianas bem como do conhecimento historicamente construído.

Para conhecer mais:
Instagram: @casasaojosefloripa
Facebook: https://www.facebook.com/casasaojose.floripa
Site: https://www.casasaojosefloripa.org.br/

+Comentadora painel 4 - Silvia Luz
Silvia Luz é psicóloga, empreendedora social e consultora. Atua como gestora de programas no Social Good Brasil e da comunidade do Sistema B em Santa Catarina.

+Social Good Brasil 
O Social Good Brasil é uma organização da sociedade civil (OSCIP) que existe desde 2012 e foi criada a partir de uma parceria com a Fundação das Nações Unidas, que lidera o +Social Good no mundo. Precursores no desenvolvimento de metodologias em que dados e novas tecnologias são utilizados de forma consciente, ética e voltada para o bem, gerando impacto socioambiental positivo em todo o país. Visando ao bem-estar social e coletivo, trazemos contribuições para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em cada projeto que construímos. Atuam para transformar realidades, com o objetivo de gerar impacto social e ambiental. Levam conhecimento por meio de projetos, produtos e formações a partir das nossas metodologias próprias, que unem o melhor da tecnologia com o melhor do ser humano. Somente desenvolvendo competências humanas, habilidades dos profissionais do futuro e comportamento inovador que será possível enfrentar todos os desafios criados por um mundo tecnológico e voltar ações individuais e coletivas ao bem comum. Combinam competências humanas com o desenvolvimento de uma mentalidade analítica; e essa união, em conjunto com o poder de engajamento, colaboração e mobilização em rede, é capaz de gerar um impacto exponencialmente positivo local e globalmente.

Para conhecer mais:
Site: https://socialgoodbrasil.org.br/
Instagram: @socialgoodbrasil
Facebook: https://www.facebook.com/SocialGoodBrasil

+Sistema B
O Sistema B é um Movimento Global. Este movimento não é guiado por nenhuma ideologia ou pessoa em particular. Ele é motivado por milhares de pessoas que querem trabalhar por um mundo melhor e não apenas por um salário. A proposta não se limita ao trabalho das equipes executivas: ele também leva a uma economia que inclua todos nós e que possa criar valor integral para o mundo e para a Terra, promovendo formas de organização econômica que possam ser medidas com base no bem-estar das pessoas, das sociedades e da Terra de forma simultânea, e com considerações de curto e longo prazo. Tem como Missão, construir um ecossistema favorável para fortalecer empresas que usam a força do mercado para solucionar problemas sociais e ambientais: as Empresas B.

Para conhecer mais:
Site: https://sistemab.org/br/brasil/
Instagram: @sistemabbrasil

Facebook: https://www.facebook.com/SistemaB.Brasil

+Projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”
O projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas” consiste no registro em vídeo, pelas lideranças comunitárias, de como está a dinâmica desta parcela da população nesse momento de pandemia e potencializar iniciativas criativas no combate à Covid-19.

A pandemia de Covid-19 trouxe inúmeras questões para a sociedade e um problema em especial para as comunidades em situação de vulnerabilidade social. Se longe delas, as pessoas puderam realizar isolamento social e todas as medidas de proteção, nesses territórios essa não foi uma possibilidade real. Seja pela arquitetura que não favorecem a circulação de ar, também a falta de saneamento básico e água, a impossibilidade de aquisição de produtos de higiene, comida e, até mesmo, por não terem o privilégio de ficar em casa, já que grande parte dessa população por questões econômicas e sociais precisa sair para o trabalho e, muitas vezes, prestar serviços essenciais.

Os vídeos elaborados pelos moradores de periferia serão divulgados para dentro e fora das comunidades. As exibições estão estruturadas a partir de temas de acordo com os princípios básicos do Desenvolvimento Comunitário, como a participação social, visibilidade das demandas sociais, busca de soluções sociais e potencialização dos saberes locais.

Confira a data de exibições dos próximos painéis:

03/11, às 15h – Painel 5 - Relações étnico-raciais e representatividade
05/11, às 15h – Painel 6 - Gênero, violência e desigualdades
10/11, às 15h – Painel 7 - Mobilização e articulação comunitária
12/11, às 15h – Painel 8 - Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
17/11, às 15h – Painel 9 - Geração de renda e precarização do trabalho
19/11, às 15h – Painel 10 - Desenvolvimento sustentável e territórios

Conheça mais sobre os temas abordados em cada painel:

Relações étnico-raciais e representatividade
Serão abordadas as relações estabelecidas nas formas de representação, representatividade das comunidades e identidades das pessoas racializadas em algumas regiões do Brasil. A luta por representatividade desses corpos tem a ver com a proporcionalidade de pessoas negras e indígenas participantes de diversas iniciativas das cidades e que residem, na maioria das vezes, em comunidades vulneráveis. Trata-se do fortalecimento das diversas manifestações socioculturais e da criação de oportunidades da construção de imagem do corpo negro e indígena, formulador de conceitos e ideias, sobre o seu próprio ponto de vista. Afinal de contas, onde estão os negros e indígenas do Brasil? ODS 10 – Redução das Desigualdades.

Gênero, violência e desigualdades
Serão abordadas a interseccionalidade das identidades e, sobretudo das questões de gênero que provocam na sociedade grandes desigualdades, intolerâncias e opressões. Trataremos aqui das dificuldades estabelecidas pelas tensões entre gêneros, mas também das lutas das pessoas oprimidas por melhor qualidade de vida, mas, principalmente pelo direito ser quem se quer ser, contrariando, muitas vezes, pressupostos sociais. ODS 5 – Igualdade de Gênero.

Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
Serão abordadas as relações entre periferias e direitos sociais na contemporaneidade. Aqui as periferias podem ser geográficas e simbólicas. Então trataremos com esse tema a defesa da cidadania plena que se dá pela igualdade de oportunidades de moradores e moradoras de diversos territórios e pela desconstrução de preconceitos sociais. Periferia é cidade e locus social fundamentada no convívio das pessoas, nas trocas culturais e na diversidade. ODS 1 – Erradicação da pobreza.

Geração de renda e precarização do trabalho
Gerar renda em territórios precarizados é narrar o cotidiano de pessoas que lutam para inventar a vida. Misturar criatividade, premência e urgência da vida é revelar que o direito ao trabalho digno precisa ser devolvido à população numa ação direta do poder público. A precarização do trabalho, parte das estruturas neoliberais, que atinge os postos de trabalhos que antes já eram precarizados nesse momento de pandemia e na pós-pandemia reforçará essa novo normal que é a “uberização” do trabalho. ODS 8 – Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.

Desenvolvimento sustentável e territórios
O contexto atual de afastamento do convívio social nos colocou agudamente frente às questões do desenvolvimento sustentável e o quão distante estamos, principalmente aqueles moradores de territórios em situações de vulnerabilidade que não lhes são oferecidos acesso programas que promovam um ambiente propício a uma vida sustentável. O desenvolvimento sustentável requer um olhar e planejamento presente e futuro respeitando a vida, a satisfação das necessidades básicas de saúde, cultura e educação; considerando nossas terras, cidades e riquezas naturais que ficam como legados para gerações futuras. ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.

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