Nesta edição, são trabalhados dois temas. No dia 1/12, a programação se dará a partir da questão “Qual a luta das mulheres periféricas do Sul?”, com diálogos a respeito de desigualdade de gêneros e a problematização da construção da imagem da mulher do Sul do Brasil, muito referenciada por uma branquitude imigrante que acaba por aniquilar as diversidades étinico-raciais da região.
No dia 3/12, será abordado o tema "Qual a importância das tecnologias sociais para o combate das crises?", contextualizando questões políticas e sociais para conceituar tanto a noção de tecnologia social quanto a de crises sociais decorrentes das desigualdades vivenciadas nas comunidades vulneráveis. Para acessar a programação do dia 3, clique aqui.
PROGRAMAÇÃO
- 1/12 – Rota Sul
15h – Abertura - “Qual a luta das mulheres periféricas do Sul?”
Palestras com abordagem sobre importância das mulheres para as lutas de cada território, a tensa relação com a imagem para a qual as mulheres do Sul historicamente foram submetidas e as possibilidades de criação de novos caminhos. Trata-se de uma programação estritamente feminina e que possibilitará a exposição de um outro Sul do país.
Palestrantes:
Juliana Chagas da Silva Mittelbach (PR) – enfermeira no setor de quimioterapia de alto risco do Hospital das Clínicas da UFPR, mestranda no Programa de pós-graduação em Saúde Coletiva na linha de políticas públicas na UFPR, militante dos movimentos sociais relacionados a questões de feminismo e igualdade racial no Paraná.
Cauane Maia (SC) - Doutoranda em Antropologia Social pela UFSC, colunista do Portal Catarinas e integrante da banda Cores de Aidê.
Alice Martins Guarani (RS) - Ativista interseccional, atuando no movimento antirracista (RMN-PR), feminista (MMM), sindical (Sinditest PR) e no controle social (CONSEPIR PR). Pesquisadora sobre saúde da população negra e racismo institucional no programa de pós graduação em saúde coletiva da UFPR. Enfermeira trabalhadora do Hospital de Clínicas da UFPR.
Comentadora: Mariana Ferreira (RS) – roteirista, diretora, produtora de audiovisual, uma das fundadoras do Coletivo Macumba Lab, grupo que luta pela democratização do setor no estado.
16h15 – Microfone aberto: relatos de mulheres do Sul
Mulheres de vários lugares do Sul, moradoras de comunidades, falam sobre a dinâmica da periferia frente à pandemia e sobre ser mulher, especialmente na região Sul.
16h30 – Relato de Vivência: Mulheres na agroecologia como alternativa de vida com o coletivo Pitanga Rosa (SC)
Vídeo que mostra o trabalho da Associação Pitanga Rosa, Coletivo de Mulheres da região Oeste catarinense que desenvolve práticas, ações e projetos envolvendo a preservação de sementes crioulas para o cultivo e processamento de plantas medicinais, conscientizando sobre a importância da alimentação saudável e o uso da fitoterapia como alternativa para melhoria da qualidade de vida e preservação da biodiversidade.
16h45 – Relato de Vivência: A tradição do Sagrado Feminino dos povos Guarani (SC)
Conversa com a líder da aldeia Yynn MorotchtiWherá, Celita Djatchuka, sobre assuntos relacionados ao papel da mulher na cultura Guarani e o momento de transição, de menina para mulher, com seus rituais e aprendizados. O vídeo foi produzido através do Instituto Fontes, entidade sem fins lucrativos que atua na Grande Florianópolis e tem uma forte ligação com a aldeia Indígena Guarani.
17h15 – Relato de Vivência: Aquilombamento Feminino com Coletivo Quilombelas (RS)
Coletivo formado por Ana Carolina Silveira, Helena Meireles, Janaina Barbosa e Vanessa Félix, professoras negras da EMEF Senador Alberto Pasqualini, situada em Porto Alegre (RS), que tem como objetivo criar dispositivos de intervenção nos espaços e tempos da escola, partindo das discussões sobre negritude e seus atravessamentos políticos, subjetivos, coletivos, identitários e de diferenças. Se constituiu em um aquilombamento de professoras negras cotistas com a proposta de gerar dentro da escola um movimento espiralar que atinja colegas, equipe diretiva e funcionários para a implantação da Lei 10.639/2003.
17h30 – Verdades Declamadas (PR)
Apresentação musical e poética da poeta Diva Ganjah, com a participação da DJ Paola Spena, que retrata o cotidiano das mulheres da periferia do Paraná, as lutas pelos direitos básicos, além das violências sofridas desde meninas, sexuais, de raça e de equidade de gênero.
Diva Ganjah é natural da cidade de Araucária (PR) e militante do movimento feminista pelos direitos humanos e dos trabalhadores. DJ Paola Spena é fundadora do coletivo 10ContaMina.
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