Plantas medicinais em pauta no Conecta 60+ do Sesc Blumenau


17/05/2022 - Atualizado em 22/06/2022 - 783 visualizações


As plantas medicinais são usadas há muito tempo por nossos antepassados e são conhecidas por terem um papel importante na cura e tratamento de algumas doenças. 

O Grupo de Saúde e Bem-Estar, que faz parte do Conecta 60+ realizou o segundo encontro sobre o tema "O uso das plantas medicinais" com o objetivo de retomar antigos conhecimentos populares. A ação, no dia 5 de maio, contou com a mediação do Prof.º Alessandro Guedes da Universidade Regional de Blumenau (Furb), que atua no Projeto de Extensão Fitoterapia na Sociedade Contemporânea (Profisc) e trabalham com o resgate das plantas medicinais e o seu uso pela comunidade.

Durante a oficina, os participantes puderam conhecer a origem das plantas medicinais, as propriedades e indicações das plantas mais usadas e os cuidados com o preparo, tiraram diversas dúvidas e explorados vantagens de várias plantas mais usadas no cotidiano. O encontro rendeu muita sabedoria e boas risadas.

“Lembro que a minha mãe usava muito a planta do salgueiro em casa”, comentou Gisela Geisler participante do curso. “Eu consumo a cúrcuma diariamente, ela previne muitas doenças”, destaca Marly Ramos. "O chá de boldo não falta em casa, sempre que preciso faço uso dele", afirma Maria Eble.

Alguns exemplos de plantas medicinais e para que servem:

  • Aloe vera: Muito conhecida aqui no Brasil como babosa. Tem propriedades tanto para a saúde como para a beleza. Além de servir para hidratar os cabelos e pele, ela também tem propriedades regenerativas e curativas, sendo uma ótima opção para queimaduras.
  • Boldo: É uma planta pertencente à família das Monimiaceae e muito utilizada na medicina popular para problemas relacionados ao estômago e ao fígado. Além disso, também possui propriedades diuréticas, anti-inflamatórias e antioxidantes. As duas espécies de boldo mais utilizadas são o boldo do Chile, conhecido como boldo verdadeiro (Peumus boldus Molina), que pode ser encontrado em lojas de produtos naturais na forma de folhas secas, em sachês para chás ou em cápsulas; e o boldo brasileiro, boldo africano ou falso boldo (Plectranthus barbatus) que é amplamente cultivado e encontrado no Brasil.
  • Camomila: Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das chaleiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar cólicas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele. Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus.
  • Cúrcuma: A cúrcuma é uma planta medicinal utilizada tradicionalmente na medicina Ayurveda (medicina desenvolvida na Índia) há cerca de seis mil anos. É indicada para problemas como resfriados, sinusites, infecções bacterianas, alterações no fígado, diabetes, lesões, anorexia e reumatismo.
  • Guaco: Originária do Sul do Brasil, a planta era muito usada pelos índios para tratar picadas de cobra. Mas ficou famosa mesmo pelos efeitos contra males respiratórios, cada vez mais confirmados pela ciência. Aclamadas por aliviar sintomas de bronquite, asma e tosse, as folhas de guaco têm ação paliativa nos casos agudos de doenças respiratórias. Elas diminuem o processo inflamatório e têm ação antimicrobiana. Além disso, os compostos da planta – entre eles, a cumarina – relaxam a musculatura do aparelho respiratório e dilatam os canais por onde passa o ar.
  • Losna: É uma planta medicinal, também conhecida como Absinto, Erva-do-fel, Alenjo, Erva-de-santa-margarida, Sintro ou Erva-dos-vermes, muito utilizada para ajudar a baixar a febre ou para complementar o tratamento contra vermes, já que possui ação vermífuga, tônica, colagoga e anti-inflamatória. Essa planta medicinal é um tipo de Artemísia que tem sabor intensamente amargo e pode ser usada para combater vermes intestinais e melhorar a digestão, sendo nativa da Europa.
  • Melissa: É uma planta baixa, delicada, nativa da região do Mediterrâneo, que exala um perfume de limão de suas folhas. Conhecida desde a antiguidade por seu valor medicinal, unguentos com extrato de melissa ainda hoje são muito vendidos na Europa para o tratamento do herpes oral e genital.
  • Quebra-pedra: Conhecido pelas propriedades capazes de auxiliar em problemas renais, o chá de quebra-pedra vem da planta medicinal com o mesmo nome popular, mas que também é chamada em outras regiões do Brasil de Pimpinela branca, Saxífraga, Arranca-pedras, Quebra-panela, ou até mesmo Fura-parede.
  • Salgueiro: É uma planta medicinal, de nome científico Salix alba, que é rico em salicina, uma substância natural que é semelhante ao ingrediente principal da aspirina, tendo, por isso, propriedade analgésica e anti-inflamatória.

Saiba mais: 

Os participantes do projeto Conecta 60+ do Sesc Blumenau escolheram “Bem-estar e saúde integrativa” como tema de trabalho dos seus encontros esse ano.

Desta forma a Unidade realiza uma série de programações relacionadas à prevenção, à saúde integral e a importância do autocuidado para a longevidade. A abordagem dos conteúdos, assim como a vivência estão baseadas na Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS).

O que são as Práticas Integrativas e Complementares (PICS)?

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS.

Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.

Importante: As Práticas Integrativas e Complementares não substituem o tratamento tradicional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento e indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada caso.

Brasil é referência mundial

O Brasil é referência mundial na área de práticas integrativas e complementares na atenção básica. É uma modalidade que invete em prevenção e promoção à saúde com o objetivo de evitar que as pessoas fiquem doentes.

Além disso, quando necessário, as PICS também podem ser usadas para aliviar sintomas e tratar pessoas que já estão com algum tipo de enfermidade.

Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/praticas-integrativas-e-complementares-pics-1

+Prof.º Alessandro Guedes:

Professor do Cursos de Farmácia e Nutrição (Furb). Mestre em Química Orgânica com ênfase em produtos naturais. Coordenador do Projeto de extensão “Fitoterapia na sociedade Contemporânea” (Profisc). Membro do Grupo de Estudos em Produtos Naturais de Interesse Farmacêutico. Atua em projetos de pesquisa com ênfase em compostos bioativos de plantas medicinais e produtos naturais, e no uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. Desenvolve projetos de extensão com objetivo de incentivar o resgate e o uso das plantas medicinais e fitoterápicos de forma racional, buscando uma integração entre o conhecimento popular e conhecimento acadêmico e a relação dos espaços e sustentabilidade e qualidade de vida. Participa dos projetos Construir e Profisc.

Colaboração: Talita Cristiane Sutter, técnica de atividades de Assistência, Trabalho Social com Idosos e Saúde do Sesc Blumenau.


Trabalho Social com Idosos do Sesc

Pioneiro no Trabalho Social com Idosos (TSI), o Sesc atua fortemente em prol do protagonismo e empoderamento dos 60+, com atividades que visam proporcionar espaços de integração e reflexão sobre envelhecimento. Há mais de 50 anos o Sesc promove ações que buscam socializá-los, trabalhando numa perspectiva de intergeracionalidade, de educação ao longo da vida e na garantia dos direitos da pessoa idosa, contribuindo para o envelhecimento ativo e saudável..

TSI é uma ação do Sesc que contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

O Sesc-SC é uma Instituição comprometida com o alcance das metas globais da Agenda 2030. A Instituição é signatária do Movimentos Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Santa Catarina desde 2009, assumindo compromissos com a incorporação e disseminação dos 17 ODS.

Destacamos ao longo das matérias publicadas aqui no Blog Sesc-SC as nossas práticas. Essas ações são identificadas com os ícones dos ODS com os quais estão alinhados. No caso do TSI são os números três (Saúde e bem-estar) e dez (Redução das Desigualdades).

ODS 3

ODS 10


As plantas medicinais e a prevenção de doenças foram tema da oficina do Conecta 60+ no Sesc Blumenau

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As plantas medicinais e a prevenção de doenças foram tema da oficina do Conecta 60+ no Sesc Blumenau

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