Projeto social de Florianópolis foi um dos cases apresentados no primeiro painel do “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”


22/10/2020 - Atualizado em 22/10/2020 - 658 visualizações

Santa Catarina marcou presença no primeiro painel do projeto nacional do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”, nesta terça-feira (20/10), com a apresentação do projeto social “Vivendo e Aprendendo”, por Samuka, e com a comentadora Mariana de Assis, administradora e Guardiã de Relacionamento com a Sociedade Civil Organizada do Instituto Comunitário Grande Florianópolis – Icom. Este primeiro painel teve como tema “Mobilização e articulação comunitária” e contou ainda com a apresentação de mais dois cases de narrativas, com Vanda Cariri (CE) – Educadora e Presidente da Associação dos Índios Cariri do Poço Dantas Umari e de Cristiano Lima Santos (SE) – fundador do Instituto Rahamim – que mostraram exemplos de modos de mobilização e articulação comunitária pelo Brasil. Clique aqui e assista ao vídeo.

As próximas participações de projetos de Santa Catarina acontecem nos painéis: 3 (27/10), 4 (29/10), 6 (05/11), 8 (12/11) e 9 (17/11). Participam do projeto os Estados do Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe, Santa Catarina e Polo Pantanal. A programação dos painéis pode ser acessada no site do projeto: https://www.sesc.com.br/portal/site/contranarrativas/

+Projeto social “Vivendo e Aprendendo”
“Vivendo e Aprendendo” é um projeto social que atua nas áreas de esporte, arte e cultura em duas favelas de Florianópolis, Maloka e Vila Aparecida, na parte continental de Florianópolis. O objetivo é gerar oportunidades e melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes atendidos.

É formado por voluntários que desenvolvem um trabalho primordialmente assistencial para crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social e enfrentam dificuldades estando sujeitos a altos índices de violência, evasão escolar e problemas de saúde, por exemplo. Os voluntários exercem habilidades essenciais para o desenvolvimento pessoal como empatia, organização e trabalho em equipe por meio de experiências únicas atuando como verdadeiros agentes transformadores de mudança.

A “Vivendo e Aprendendo” quer melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes através de um atendimento humanizado que visa promover ações eficientes, eficazes e efetivas com uma base sólida apoiada em educação, cidadania e saúde sendo reconhecida pela sociedade como uma referência em trabalho voluntário se apoiando em valores como responsabilidade social, ética, transparência, respeito e inclusão.

Para conhecer mais:
https://www.facebook.com/arteculturaesporte.vea
https://socialvivendoeaprendendo.netlify.app/index.html

+Liderança de SC no painel 1 - Samuka
Samuka, nasceu na comunidade da Maloka, em Florianópolis. Foi criado apenas por sua mãe até os doze anos, quando a mesma morreu. Nunca deixou de estudar, mas a fome sempre tirava sua concentração. Por conta disso, se viu obrigado a vender drogas para conseguir sobreviver. Criou o projeto social "Vivendo e Aprendendo" em 2017, para conseguir oferecer mais oportunidades para crianças e adolescentes que enfrentam a mesma situação que ele enfrentou. Samuka é formado em edificações, mas sua grande paixão é ser líder comunitário e ativista.

+Comentadora de SC no painel 1 - Mariana de Assis
Mariana de Assis é administradora. Aluna especial de Mestrado em Sociologia. Guardiã de Relacionamento com a Sociedade Civil Organizada do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom). Líder e Consultora do Centro de Apoio à Inovação Social para a Sociedade Civil Organizada (Cais).

+Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom)
O Instituto Comunitário da Grande Florianópolis (Icom) atua como Fundação Comunitária, apoiando empresas e indivíduos para que possam fazer investimentos sociais e doações com alto impacto social. Ao mesmo tempo, auxilia organizações da sociedade civil a terem uma gestão mais eficiente e a servirem como canais de participação dos cidadãos para melhorarem a qualidade de vida na Grande Florianópolis e em Santa Catarina. As três principais áreas de atuação são: Investimentos Sociais na Comunidade; Apoio Técnico e Financeiro a OSCs; Produção e Disseminação de Conhecimento. Tem como missão, promover o desenvolvimento comunitário em Santa Catarina, mobilizando, articulando e apoiando investidores sociais e ações coletivas de interesse público.

Para conhecer mais:
http://www.icomfloripa.org.br/
https://www.facebook.com/icomfloripa

O Icom é parceiro do Sesc SC e, neste projeto, contribuiu na curadoria e na mobilização de lideranças de iniciativas e projetos da Grande Florianópolis para participação nos painéis do projeto “Narrativas Audio Visuais: Contranarrativas”.

+Projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”
O projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas” consiste no registro em vídeo, pelas lideranças comunitárias, de como está a dinâmica desta parcela da população nesse momento de pandemia e potencializar iniciativas criativas no combate à Covid-19.

A pandemia de Covid-19 trouxe inúmeras questões para a sociedade e um problema em especial para as comunidades em situação de vulnerabilidade social. Se longe delas, as pessoas puderam realizar isolamento social e todas as medidas de proteção, nesses territórios essa não foi uma possibilidade real. Seja pela arquitetura que não favorecem a circulação de ar, também a falta de saneamento básico e água, a impossibilidade de aquisição de produtos de higiene, comida e, até mesmo, por não terem o privilégio de ficar em casa, já que grande parte dessa população por questões econômicas e sociais precisa sair para o trabalho e, muitas vezes, prestar serviços essenciais.

Os vídeos elaborados pelos moradores de periferia serão divulgados para dentro e fora das comunidades. As exibições estão estruturadas a partir de temas de acordo com os princípios básicos do Desenvolvimento Comunitário, como a participação social, visibilidade das demandas sociais, busca de soluções sociais e potencialização dos saberes locais.

Confira a data de exibições dos próximos painéis:

22/10, às 15h – Painel 2 - Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
27/10, às 15h – Painel 3 - Geração de renda e precarização do trabalho
29/10, às 15h – Painel 4 - Desenvolvimento sustentável e territórios
03/11, às 15h – Painel 5 - Relações étnico-raciais e representatividade
05/11, às 15h – Painel 6 - Gênero, violência e desigualdades
10/11, às 15h – Painel 7 - Mobilização e articulação comunitária
12/11, às 15h – Painel 8 - Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
17/11, às 15h – Painel 9 - Geração de renda e precarização do trabalho
19/11, às 15h – Painel 10 - Desenvolvimento sustentável e territórios

Conheça mais sobre os temas abordados em cada painel:

Relações étnico-raciais e representatividade
Serão abordadas as relações estabelecidas nas formas de representação, representatividade das comunidades e identidades das pessoas racializadas em algumas regiões do Brasil. A luta por representatividade desses corpos tem a ver com a proporcionalidade de pessoas negras e indígenas participantes de diversas iniciativas das cidades e que residem, na maioria das vezes, em comunidades vulneráveis. Trata-se do fortalecimento das diversas manifestações socioculturais e da criação de oportunidades da construção de imagem do corpo negro e indígena, formulador de conceitos e ideias, sobre o seu próprio ponto de vista. Afinal de contas, onde estão os negros e indígenas do Brasil? ODS 10 – Redução das Desigualdades.

Gênero, violência e desigualdades
Serão abordadas a interseccionalidade das identidades e, sobretudo das questões de gênero que provocam na sociedade grandes desigualdades, intolerâncias e opressões. Trataremos aqui das dificuldades estabelecidas pelas tensões entre gêneros, mas também das lutas das pessoas oprimidas por melhor qualidade de vida, mas, principalmente pelo direito ser quem se quer ser, contrariando, muitas vezes, pressupostos sociais. ODS 5 – Igualdade de Gênero.

Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
Serão abordadas as relações entre periferias e direitos sociais na contemporaneidade. Aqui as periferias podem ser geográficas e simbólicas. Então trataremos com esse tema a defesa da cidadania plena que se dá pela igualdade de oportunidades de moradores e moradoras de diversos territórios e pela desconstrução de preconceitos sociais. Periferia é cidade e locus social fundamentada no convívio das pessoas, nas trocas culturais e na diversidade. ODS 1 – Erradicação da pobreza.

Geração de renda e precarização do trabalho
Gerar renda em territórios precarizados é narrar o cotidiano de pessoas que lutam para inventar a vida. Misturar criatividade, premência e urgência da vida é revelar que o direito ao trabalho digno precisa ser devolvido à população numa ação direta do poder público. A precarização do trabalho, parte das estruturas neoliberais, que atinge os postos de trabalhos que antes já eram precarizados nesse momento de pandemia e na pós-pandemia reforçará essa novo normal que é a “uberização” do trabalho. ODS 8 – Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.

Desenvolvimento sustentável e territórios
O contexto atual de afastamento do convívio social nos colocou agudamente frente às questões do desenvolvimento sustentável e o quão distante estamos, principalmente aqueles moradores de territórios em situações de vulnerabilidade que não lhes são oferecidos acesso programas que promovam um ambiente propício a uma vida sustentável. O desenvolvimento sustentável requer um olhar e planejamento presente e futuro respeitando a vida, a satisfação das necessidades básicas de saúde, cultura e educação; considerando nossas terras, cidades e riquezas naturais que ficam como legados para gerações futuras. ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.




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