O Estado catarinense marcou mais uma vez sua presença no projeto nacional do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”. O painel 6, realizado no dia 05/11, teve como tema "Gênero, Violência e Desigualdades" e contou com a participação do projeto "Revolução dos baldinhos". No dia 12/11, no painel 8, com o tema "Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos" foi a vez do "Núcleo de Recuperação e Reabilitação de Vidas" (NURREVI). Já no painel 9, no dia 17/11, que teve como tema "Geração de renda e precarização do trabalho", a "Associação de Mulheres do Monte Cristo" mostrou o seu trabalho.
A programação dos painéis pode ser acessada no site do projeto: https://www.sesc.com.br/portal/site/contranarrativas/
Liderança vídeo Painel 6:
Cintia Aldaci da Cruz - Líder comunitária, Gestora e Presidente da Associação Revolução dos Baldinhos
+projeto Revolução Baldinho
É uma iniciativa de gestão comunitária de resíduos orgânicos e agricultura urbana, que sensibiliza as famílias para a reciclagem das sobras de comida e as transforma em composto orgânico, disseminando o plantio como promoção da saúde e alimentação saudável.
É desenvolvido na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, e foi reconhecido como uma das 15 práticas excepcionais em agroecologia do mundo. A premiação aconteceu durante o Fórum Global de Alimentação e Agricultura, realizado em Berlim, na Alemanha, no dia 18 de janeiro de 2019, e a iniciativa foi a única representante do Brasil.
A Revolução dos Baldinhos foi criada em 2008 com a intenção de resolver a infestação de ratos e a contaminação de doenças pelo manejo incorreto do lixo na comunidade Chico Mendes. O método, desenvolvido com o apoio do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo de Florianópolis (Cepagro), reaproveita os resíduos orgânicos para fazer compostagem e o desenvolve a agricultura urbana.
Para conhecer mais:
Instagram: @revolucaodosbaldinhos
Facebook: https://www.facebook.com/revbaldinhos/
Liderança vídeo Painel 8
Renata Hasckel: Bacharel em Serviço Social. Assistente Social no Novo Projeto de Vidas II Abrigo Emergencial de São José-SC
Minha participação na Instituição Núcleo de Recuperação e Reabilitação de Vidas (NURREVI) começou como auxiliar de educadora, passei a educadora de crianças e adolescentes. Em 2020 fui convidada a inaugurar o Novo Projeto de Vidas II Abrigo Emergencial da São José, escrevendo novas histórias!
Núcleo de Recuperação e Reabilitação de Vidas (NURREVI)
O NURREVI é uma Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP) que realiza um trabalho de acolhimento e tratamento de crianças e adolescentes em situação de abandono ou risco, além de adultos em situação de rua e/ou dependência química.Realiza um trabalho de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de abandono ou risco, além de adultos em situação de rua e/ou dependência química. Neste ano, iniciaram o “Novo Projeto de Vida”: Casa de acolhimento para adultos, homens e mulheres, que se encontram em situação de rua.
Para conhecer mais:
Instagram: @nurrevi.abrigoemergencial
Facebook: https://www.facebook.com/projetonurrevi/
Site: http://www.nurrevi.org/
Liderança vídeo Painel 9
Jaqueline de Sousa Ribeiro - Presidente e fundadora da Associação de Mulheres do Monte Cristo.
Funcionária pública da prefeitura municipal de Biguaçu-SC
Associação de Mulheres. Cooperativa de mulheres na comunidade Novo Horizonte no bairro Monte Cristo, que completou um ano em setembro de 2020. A proposta da criação da cooperativa é de proporcionar um acesso maior as doações em dinheiro e converte-las em parcerias para cursos e investimento em fomento para capacitação das integrantes.
A Cooperativa Mulheres Empoderadas Empreendedoras tem mudado a realidade das mulheres no bairro. Com criatividade e muita força de vontade essas mulheres começam a vender doces por encomenda, trabalhar com costura, bordados entre outras atividades, se capacitando e retomando as atividades no mercado de trabalho.
Para conhecer mais:
Instagram: @associacaomulheres
+Projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas”
O projeto do Sesc “Narrativas audiovisuais: contranarrativas” consiste no registro em vídeo, pelas lideranças comunitárias, de como está a dinâmica desta parcela da população nesse momento de pandemia e potencializar iniciativas criativas no combate à Covid-19.
A pandemia de Covid-19 trouxe inúmeras questões para a sociedade e um problema em especial para as comunidades em situação de vulnerabilidade social. Se longe delas, as pessoas puderam realizar isolamento social e todas as medidas de proteção, nesses territórios essa não foi uma possibilidade real. Seja pela arquitetura que não favorecem a circulação de ar, também a falta de saneamento básico e água, a impossibilidade de aquisição de produtos de higiene, comida e, até mesmo, por não terem o privilégio de ficar em casa, já que grande parte dessa população por questões econômicas e sociais precisa sair para o trabalho e, muitas vezes, prestar serviços essenciais.
Os vídeos elaborados pelos moradores de periferia serão divulgados para dentro e fora das comunidades. As exibições estão estruturadas a partir de temas de acordo com os princípios básicos do Desenvolvimento Comunitário, como a participação social, visibilidade das demandas sociais, busca de soluções sociais e potencialização dos saberes locais.
Conheça mais sobre os temas abordados em cada painel:
Relações étnico-raciais e representatividade
Serão abordadas as relações estabelecidas nas formas de representação, representatividade das comunidades e identidades das pessoas racializadas em algumas regiões do Brasil. A luta por representatividade desses corpos tem a ver com a proporcionalidade de pessoas negras e indígenas participantes de diversas iniciativas das cidades e que residem, na maioria das vezes, em comunidades vulneráveis. Trata-se do fortalecimento das diversas manifestações socioculturais e da criação de oportunidades da construção de imagem do corpo negro e indígena, formulador de conceitos e ideias, sobre o seu próprio ponto de vista. Afinal de contas, onde estão os negros e indígenas do Brasil? ODS 10 – Redução das Desigualdades.
Gênero, violência e desigualdades
Serão abordadas a interseccionalidade das identidades e, sobretudo das questões de gênero que provocam na sociedade grandes desigualdades, intolerâncias e opressões. Trataremos aqui das dificuldades estabelecidas pelas tensões entre gêneros, mas também das lutas das pessoas oprimidas por melhor qualidade de vida, mas, principalmente pelo direito ser quem se quer ser, contrariando, muitas vezes, pressupostos sociais. ODS 5 – Igualdade de Gênero.
Periferias e acesso a direitos nos contextos rurais e urbanos
Serão abordadas as relações entre periferias e direitos sociais na contemporaneidade. Aqui as periferias podem ser geográficas e simbólicas. Então trataremos com esse tema a defesa da cidadania plena que se dá pela igualdade de oportunidades de moradores e moradoras de diversos territórios e pela desconstrução de preconceitos sociais. Periferia é cidade e locus social fundamentada no convívio das pessoas, nas trocas culturais e na diversidade. ODS 1 – Erradicação da pobreza.
Geração de renda e precarização do trabalho
Gerar renda em territórios precarizados é narrar o cotidiano de pessoas que lutam para inventar a vida. Misturar criatividade, premência e urgência da vida é revelar que o direito ao trabalho digno precisa ser devolvido à população numa ação direta do poder público. A precarização do trabalho, parte das estruturas neoliberais, que atinge os postos de trabalhos que antes já eram precarizados nesse momento de pandemia e na pós-pandemia reforçará essa novo normal que é a “uberização” do trabalho. ODS 8 – Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.
Desenvolvimento sustentável e territórios
O contexto atual de afastamento do convívio social nos colocou agudamente frente às questões do desenvolvimento sustentável e o quão distante estamos, principalmente aqueles moradores de territórios em situações de vulnerabilidade que não lhes são oferecidos acesso programas que promovam um ambiente propício a uma vida sustentável. O desenvolvimento sustentável requer um olhar e planejamento presente e futuro respeitando a vida, a satisfação das necessidades básicas de saúde, cultura e educação; considerando nossas terras, cidades e riquezas naturais que ficam como legados para gerações futuras. ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis.
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