Dicas para você aprender inglês efetivamente


05/06/2024 - Atualizado em 05/06/2024 - 1923 visualizações

Aprender inglês pode abrir muitas portas, seja para avançar na carreira, viajar ou se conectar com pessoas de diferentes culturas.   

Com tantas técnicas e métodos disponíveis, pode ser difícil saber por onde começar ou como manter a motivação. Para ajudar você a aprender inglês de maneira eficaz e prazerosa, conversamos com Gabriel Figueredo, palestrante, professor e tradutor de francês e inglês. Ele compartilha suas dicas valiosas que podem transformar a sua abordagem ao aprendizado do idioma. Confira!  

Existe alguma técnica para aprender inglês rápido? 

O tempo de aprendizagem é muito relativo e varia para cada indivíduo, principalmente por termos objetivos e realidades diferentes. Talvez o meu “falar inglês” como tradutor da língua seja diferente do “falar inglês” do meu colega, que quer falar para se comunicar viajando. Ou seja, a melhor técnica de aprendizagem será a que melhor combinar com você. Conhecer-se vai acelerar muito o processo. Otimizar a forma como você, individualmente, aprende é a maneira mais rápida de aprender inglês ou qualquer outra língua adicional. 

Como fazer isso? Reflita sobre assuntos que você domina e como você os conquistou. Você retém mais informações escrevendo-as? Lendo-as? Criando mapas mentais? Você é um aluno auditivo, que grava mais informações ouvindo? Ou visual, que lembra das imagens atreladas às informações? 

Essas são algumas das perguntas que você deve se fazer ao falar de aprendizagem e autoconhecimento. Garanto que, refletindo sobre elas, você otimizará seu processo de aprendizagem. 

A idade influencia no aprendizado? 

Digo com toda a convicção e comprovação científica que não há uma idade certa, uma idade errada ou uma faixa etária possível e outra impossível para aprender uma língua adicional. Há certas vantagens e desafios em aprender quando criança, e há outras quando adulto, por exemplo. Se, para a criança, o processo pode ser mais leve devido às menores responsabilidades da vida e mais intuitivo por estar aprendendo no ambiente escolar, o adulto terá mais clareza em seus objetivos e usará a consciência do investimento (de tempo, financeiro e emocional) para focar e atingir seu objetivo mais rapidamente. Além disso, quando adultos, estudar uma língua nos possibilita exercitar a mente e retardar ou afastar possíveis problemas cognitivos, como o Mal de Alzheimer, por exemplo. 

O ponto crucial sobre a idade é entender que diferentes idades exigirão estímulos e objetivos distintos e, ao nos adequarmos às nossas próprias demandas, o processo torna-se possível e efetivo. A idade, em nenhum caso, é um impedimento para o aprendizado. 

O que você recomendaria para aprender inglês efetivamente? 

Aproximar o idioma ao máximo de sua vida real e fazer com que ele ultrapasse os limites da sala de aula é fundamental. Normalmente, estudamos o idioma uma vez por semana, o que nos fará colher resultados; mas, ao nos expormos a ele em mais momentos, o resultado será ainda mais efetivo e provavelmente mais rápido. 

Repito: a língua estudada tem que fazer parte da nossa vida "normal". Usar essa língua nos momentos mais cotidianos e reais possíveis fará com que nosso cérebro entenda que ela é parte da nossa realidade e não que deve ser ativada apenas no ambiente escolar e quando provocada. 

Uma dica que sempre dou, e que talvez seja a melhor técnica de aprendizagem de uma língua adicional, é "viver o idioma": estudar a língua formalmente, mas se permitir fazer um intercâmbio sem sair de casa, usando oportunidades do dia a dia para exercitar o idioma. Por exemplo, ao caminhar na rua, ver um cachorro, uma pessoa, um prédio, e pensar em como descrevê-los em inglês, buscando palavras novas e exercitando estruturas que você já conhece; ou procurar o significado daquela música que está tocando na rádio frequentemente; ou ainda, colocar post-its nos objetos da casa com os nomes em inglês. Se queremos falar inglês de forma fluente, não podemos deixar sua prática exclusiva ao momento dos estudos; temos que aproximar ao máximo a língua da nossa vida real.