O Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é uma doença crônica que inclui dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Em termos mais simples, é uma condição em que a capacidade de uma pessoa de regular seu próprio comportamento e direcionar sua atenção é afetada. Isso pode resultar em dificuldades significativas no âmbito escolar, profissional, nas relações interpessoais e em demais áreas da vida.
Quais os sintomas?
Os sintomas variam em gravidade e podem se manifestar de maneira diferente em cada pessoa, podendo incluir:
Desatenção
Dificuldade em manter o foco e a concentração em tarefas longas ou tediosas, onde frequentemente seus erros resultam de descuido, esquecimento de detalhes, dificuldades em organização e distração.
Hiperatividade:
Comportamento excessivamente ativo e inquieto, dificuldade em permanecer sentado por longos períodos, agitação constante, movimentos incessantes e dificuldade em relaxar.
Impulsividade:
Tendência a agir sem pensar nas consequências, interrompendo outras pessoas, respondendo impulsivamente ou precipitadamente, dificuldade em aguardar a vez e dificuldade em controlar reações emocionais.
Tipos de TDAH:
Além disso, o TDAH pode ser classificado em três tipos principais:
1. TDAH Predominantemente Desatento: Caracterizado principalmente pela desatenção, menos com de sintomas-atividade-impulsividade.
2. TDAH Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: Caracterizado principalmente pela hiperatividade e impulsividade, com menos sintomas de desatenção.
3. TDAH Combinado: Apresenta tanto sintomas de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade.
Existe alguma idade que o transtorno surge?
Quanto à idade em que os sintomas começam a aparecer, muitas vezes eles são observados na infância, geralmente por volta dos 6 anos de idade.
No entanto, o diagnóstico pode ser feito em idade escolar ou até mesmo posteriormente, pois os sintomas podem se manifestar de maneira mais evidente em diferentes estágios da vida. Algumas vezes, o TDAH pode passar despercebido na infância e ser diagnosticado somente na adolescência ou na idade adulta.
É importante notar que o TDAH não é simplesmente "ser agitado" ou "não prestar atenção". Envolve diferenças no funcionamento cerebral que afetam a regulação do comportamento e das funções executivas. Ele pode afetar o desempenho acadêmico, a autoestima, as relações sociais e profissionais. No entanto, vale ressaltar que o TDAH não é um indicativo de baixa inteligência, e muitas pessoas com o transtorno têm habilidades excepcionais em diferentes áreas.
Como é feito o diagnóstico do TDAH?
O diagnóstico do TDAH é feito por profissionais de saúde mental com base em critérios específicos, após uma avaliação detalhada do comportamento, histórico médico e acadêmico da pessoa. O tratamento pode envolver terapia comportamental, estratégias educacionais, suporte psicológico e, em alguns casos, medicamentos, buscando melhorar a qualidade de vida e ajudar a pessoa a gerenciar os sintomas do transtorno.
É preciso promover ambientes inclusivos e flexíveis nas escolas, nos locais de trabalho e na comunidade, que incentive a aceitação e inclusão de pessoas com TDAH na sociedade, criando um espaço onde a diversidade de habilidades e experiências seja valorizada. Ao educar e criar empatia, podemos construir uma comunidade mais compreensiva e solidária para todos.
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Artigo produzido por Cristaline Olinger, psicóloga do Sesc Jaraguá do Sul.
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