Dicas de Livros: 10 clássicos curtos para ler nas férias


21/01/2022 - Atualizado em 25/01/2022 - 13825 visualizações

O hábito de ler que "não tira férias", pelo contrário. Este é um período propício para colocar a leitura em dia, seja na praia, no campo, na montanha, ou em casa.

Que tal aproveitar o verão para mergulhar nos clássicos?

Para te ajudar na escolha, o nosso colaborador Diego Augusto Elias, da Biblioteca do Sesc Balneário Camboriú, indica 10 obras imperdíveis facilmente encontradas nas livrarias e disponíveis para empréstimos nas Bibliotecas da Instituição.

São livros curtos, com até 120 páginas, conforme a diagramação da edição, que marcaram a literatura mundial e brasileira.

Não deixe de comentar quais dos títulos selecionados você já leu e quais pretende folhear após conferir a nossa lista. Vamos lá? 

1 - A metamorfose | Franz Kafka

A mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.


2 - O estrangeiro | Albert Camus

Mais conhecida e importante obra de ficção de Albert Camus. "O estrangeiro" narra a história de um homem comum que se depara com o absurdo da condição humana depois que comete um crime quase inconscientemente. Meursault, que vivia sua liberdade de ir e vir sem ter consciência dela, subitamente perde-a envolvido pelas circunstâncias e acaba descobrindo uma liberdade maior e mais assustadora na própria capacidade de se autodeterminar. Uma reflexão sobre liberdade e condição humana que deixou marcas profundas no pensamento ocidental. Uma das mais belas narrativas deste século.


3 - O papel de parede amarelo | Charlotte Perkins Gilman

Um clássico da literatura feminista. Para tratar a esposa fragilizada, um médico aluga uma fazenda histórica, na tentativa de criar ali um retiro de recuperação emocional. O lugar é encantador, com uma bela mansão colonial e jardins amplos e sombreados. Tudo parece compor o cenário perfeito. Mas algo de muito estranho se passa naquela casa… especialmente no quarto em que o casal se instala, com o sombrio papel de parede amarelo.


4 - A revolução dos bichos | George Orwell

Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século XX, "A revolução dos bichos" é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.


5 - O velho e o mar | Ernest Hemingway

Escrito em 1952, o livro venceu o Prêmio Pulitzer de Ficção e foi fator decisivo para a premiação de Hemingway com o Nobel de Literatura em 1954. Depois de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho.


6 - O alienista | Machado de Assis

Clássico da literatura brasileira, este texto de Machado de Assis continua sendo, 130 anos depois de sua publicação original, uma das mais devastadoras observações sobre a insanidade a que pode chegar a ciência. Médico, Simão Bacamarte passa a se interessar pela psiquiatria, iniciando um estudo sobre a loucura em Itaguaí, onde funda a Casa Verde - um típico hospício oitocentista -, arregimentando cobaias humanas para seus experimentos. O que se segue é uma história surpreendente e atual em seu debate sobre desvios e normalidade, loucura e razão. 


7 - A morte de Ivan Ílitch | Liev Tolstói

Nesta novela - considerada uma das mais perfeitas já escritas, Tolstói narra a história de Ivan Ilitch, um juiz de instrução que, depois de alcançar uma vida confortável, descobre que tem uma grave doença. A partir daí, este passa a refletir sobre o sentido de sua existência, numa experiência-limite de rara força poética, que só a grande literatura consegue traduzir.


8 - A hora da estrela | Clarice Lispector

Último livro escrito por Clarice Lispector, "A hora da estrela é também uma despedida". Lançada pouco antes de sua morte em 1977, a obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa. 


9 - Vidas secas | Graciliano Ramos

Vidas secas é reconhecidamente o mais importante livro de Graciliano Ramos e um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Lançado originalmente em 1938, "Vidas secas" retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.


10 - Ana Terra | Érico Veríssimo

"Ana Terra" faz parte da saga "O tempo e o vento", obra-prima de Erico Verissimo. "Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando", costuma dizer Ana Terra, que reside com os pais e os dois irmãos numa estância erma do interior gaúcho, na segunda metade do século XVII. O cotidiano dos Terras é duro, penoso, arriscado. Ana Terra, última filha mulher, é impedida de comprar um espelho, "coisa do diabo", objeto fútil nesse ambiente austero. Sem ter onde se mirar, só pode contemplar sua figura na superfície do regado onde lava a roupa da família. É nesse regato que ela depara com Pedro Missionário...



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