Cia La Luna de Canelhinha começa o circuito do Palco Giratório no Brasil
A 26ª edição do Palco Giratório terá a participação do grupo La Luna Cia. de Teatro, de Canelinha. A companhia circulará por mais de 25 cidades pelo Brasil com o espetáculo Circo de Los Pies, que traz muita magia circense. O circuito nacional acontece de abril a dezembro, com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizadas por 17 grupos artísticos.
Neste primeiro mês de programação, o grupo passará por Recife (PE) - 18/05, Vilhena (RO) - 07 a 09/07, Goiânia (GO) - 11/07, Anápolis (GO) - 14/07, Fortaleza (CE) - 20/07, Iguatu (CE) - 26/07 e Aracaju (SE) - 31/07.
Em Santa Catarina, o projeto será realizado de 1 a 27 de agosto no formato de Festival, em Florianópolis, e de Mostras em Itajaí, Lages e Criciúma, também incluirá a apresentação do Circo de Los Pies.
Circo de Los Pies é um espetáculo de animação cômico-circense em que a Palhaça Asmeline apresenta ao público seus dois pés sem conserto: Pezão e Pezinho, duas personalidades que compartilham um mesmo corpo. O Sesc Santa Catarina conversou com a artista que dá vida a personagem, Emeli Bruna Barossi, da La Luna Cia. de Teatro. Confira abaixo:
Como foi a sensação de ser selecionada para a circulação nacional do Palco Giratório?
É a sensação de ter realizado um grande sonho, um sonho de criança. Desde quando comecei a fazer teatro, sonhava um dia participar desse Circuito. Esse sonho sempre me pareceu um lugar muito distante, um ponto no horizonte que guiava minha caminhada enquanto artista. Poder realizá-lo hoje é uma sensação mágica. Uma sensação muito grande de reconhecimento da minha trajetória e da trajetória do meu grupo, a La Luna Cia de Teatro.
Vocês já circularam aqui dentro de SC com o apoio do Sesc, o quão importante foi esse momento para vocês?
Para nós, da La Luna Cia de Teatro, foi muito importante ver nosso trabalho circular e chegar em outras regiões do estado de Santa Catarina. Isso permitiu que conhecêssemos e criássemos vínculo com outros públicos, artistas e programadores culturais desses lugares - o que nem sempre é fácil de conseguir, por conta da distância. Essa experiência contribuiu muito para o crescimento do trabalho, pois estar em um circuito apresentando todos os dias amadurece muito o espetáculo e, por conseguinte, a equipe que está envolvida nele. Saímos dessa circulação com o coração quentinho e com o gostinho de quero mais…
Qual a expectativa das apresentações neste circuito nacional?
“Circo de los Pies”, o espetáculo com o qual vamos circular, tem como um dos seus diferenciais a questão da acessibilidade, concebida dentro do processo de criação de maneira estética e poética. Por essa razão, uma de nossas expectativas é conseguir compartilhar esse trabalho com o público surdo, apresentar para pessoas com deficiência visual e outras deficiências. Esperamos que essas pessoas se sintam convidadas a estar presentes e a ocupar esses espaços de fruição que lhes são de direito. E que mais pessoas com deficiência possam atuar com protagonismo dentro e fora do setor cultural, ampliando e contribuindo para a discussão.
Eu, Emeli Barossi, enquanto artista PCD sinto uma responsabilidade muito grande de estar participando do Palco Giratório - maior circuito nacional do Brasil. Pois acredito que estou representando um grupo de pessoas plurais e diversas, que lutam constantemente para serem vistas e/ou ouvidas todos os dias.
E para você qual a importância dessas iniciativas do Sesc para a cultura local?
Posso falar enquanto uma Criança/Adolescente, que cresceu no oeste catarinense em uma cidade que tinha pouca oferta cultural. As produções levadas pelo Palco Giratório do Sesc eram os espetáculos que chegavam na minha cidade.
Ver esses trabalhos potentes e diversos, vindos de diferentes lugares do Brasil, me modificaram muito enquanto pessoa. Para mim, assistir um espetáculo era uma oportunidade de conhecer e adentrar, por alguns minutos, novos mundos possíveis. Ver novas culturas, novos jeitos de se fazer teatro e até mesmo de pensar sobre assuntos que ainda não tinha pensado.
Sobre o Sesc-SC
O Serviço Social do Comércio (Sesc) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Fecomércio, Sesc e Senac - sob a presidência do empresário Hélio Dagnoni. Desde 1946, o Sesc transforma para melhor a vida de milhares de catarinenses, de destacando pelo caráter social e atuação em todo o país.
O conjunto de iniciativas ao longo destas sete décadas e meia representa o efetivo empenho dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo em prol da missão da Instituição de: "promover ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, de seus familiares e da comunidade, para uma sociedade justa e democrática".
Entre as principais atribuições do Sesc estão o planejamento e a execução de ações marcadas pela excelência nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência, com vasta oferta de eventos e serviços. A Instituição está presente em todas as regiões do Estado, com 32 unidades operacionais, três meios de hospedagem e nove quadras do projeto Sesc Comunidade, além das redes de escolas, restaurantes, clínicas, teatros, bibliotecas, academias entre outros espaços, onde realiza suas ações.
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Contraturno escolar, Educação de Jovens e Adultos, Pré-vestibular, atividades de saúde preventiva, de incentivo à prática de atividades físicas e esporte, Odontologia, Nutrição, Cinema, Teatro, Música, Artes Visuais, Dança, Desenvolvimento Comunitário, Trabalho Social com Idosos, Trabalho com Grupos compõem o amplo leque de atividades que o Sesc oferece aos trabalhadores do comércio de bens, serviços, turismo, seus familiares e à comunidade em geral. São ações que favorecem crianças, jovens, adultos e idosos e provocam reais transformações em suas vidas.
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