“Velho e o mar” De Ernest Hemingway

 Um eterno clássico e um dos livros mais conhecidos do autor, com o qual ganhou o prêmio Nobel de literatura, o livro “Velho e o Mar” publicado em 1952 relata a constante luta entre a natureza e o homem. Santiago é um velho pescador que convive com a solidão do alto-mar, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e sua inabalável confiança na vida. Há dias sem apanhar um único peixe, Santiago ganhava fama de azarento da pior espécie. Mas o pescador possui têmpera de aço, acredita em si mesmo, e parte sozinho para o mar alto, munido da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Uma das características mais exaltadas do texto é sua simplicidade e precisão narrativa e descritiva. É daqueles livros para ler e reler durante a vida.

“Contos de mentira” De Luisa Gueisler 

O livro é composto de 17 contos que falam de mentiras, mas não daquelas superficiais; e sim, das implícitas nas relações humanas e na forma como nós mentimos para nós o tempo todo e que nos fazem humanos. Contos de mentira venceu a edição mais concorrida do prêmio Sesc de Literatura em 2010, onde a escritora aos 19 anos, se valeu de uma linguagem ágil, cortada com economia e precisão para  escrever histórias com ares de curtas cinematográficos, cheias de desafios e determinação. Não se trata aqui de narrativas convencionais, com princípio, meio e fim. Cada história começa no meio da história ou em um ponto qualquer do seu percurso, sem que nenhum fato marcante nos diga: neste ponto tudo teve início. Cabe ao leitor embarcar neste trem em movimento. A viagem vale a pena.

“Barba ensopada de sangue” De Daniel Galera

 Um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. Afastado da relação conturbada com os outros membros da família, o professor mergulha em um isolamento geográfico e psicológico, e ao mesmo tempo busca pela verdade sobre a morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba. Sempre acompanhado por Beta, cadela do falecido pai, o professor esquadrinha as lacunas sobre a morte do avô o que obriga a interagir com as outras pessoas da cidade de modo peculiar e aos poucos, ele vai reunindo as peças que talvez lhe permitam entender melhor a própria história  

“Cidades Invisíveis” De Italo Calvino 

Em As Cidades Invisíveis, Italo Calvino extrapola os fatos possíveis e imagina um diálogo fantástico entre "o maior viajante de todos os tempos" e o famoso imperador dos tártaros. Melancólico por não poder ver com os próprios olhos toda a extensão dos seus domínios, Kublai Khan faz de Marco Polo o seu telescópio, o instrumento que irá franquear-lhe as maravilhas de seu império. Neste livro, a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.

“Fantasias eletivas” De Carlos Henrique Schroeder 

O livro une prosa, poesia e fotografia para refletir sobre a solidão e a criação literária. Na turística Balneário Camboriú, Renê, um recepcionista noturno de hotel, tenta reconstruir sua vida e encontra na amizade de Copi, um travesti obcecado por fotografias, uma alternativa para sua vida destruída. Renê lerá o que Copi escreve e será o único que terá acesso a suas fotos de surpreendente beleza. É quando um livro se abre dentro do livro, e tudo se torna um grande ensaio da alma humana. Fantasias eletivas é uma obra contemporânea, ágil, e dinâmica, para ser lido em uma só pegada.

“O mel de ocara: ler, comer, viajar” De Ignácio de Loyola Brandão

O livro oferece mais de 50 crônicas que revelam facetas de um Brasil de paisagens diferentes, comidas diversas, uma forma de falar e se expressar própria de cada cidade, que mostra a vastidão do nosso país. Nas crônicas, são apresentadas impressões sobre o que vê nas viagens, o vocabulário regional, as comidas e, essencialmente, com a relação humana que trava com todos que encontra em seu caminho. Livro que combina com as paradinhas para passar protetor solar, tomar um suco e pular de uma crônica a outra sem precisar obedecer a ordem do livro

“A invenção de Hugo Cabret” De Brian Selznick 

Para os jovens leitores um pouco de literatura fantástica com a história do menino órfão Hugo Cabret que vive escondido em uma estação de trem de Paris. Ali, cuida do funcionamento de gigantescos relógios no lugar do tio que desapareceu. À noite, tenta consertar uma máquina de aparência humana para desvendar uma mensagem oculta, usando peças de brinquedos que ele furta. Seus planos, porém, correm risco. Ele é descoberto pelo dono da loja de brinquedos da estação e pela curiosa Isabelle. O livro mistura elementos do cinema e dos quadrinhos para contar uma história sobre os primórdios do cinema, a vontade de criar vida e a aventura da imaginação.

“A bolsa amarela” De Lygia Bojunga

Um livro para lembrar a infância, conta a história de Raquel, uma menina que vive com sua família, a qual vive reprimindo as coisas que ela tem vontade de fazer e rindo do que ela faz. Raquel tem vontades que crescem a cada dia mais e a menina não sabe mais como fazer para escondê-las e inventa muitas coisas, nomes, amigos imaginários e histórias. Um dia ela e sua família recebem um pacote da tia Brunilda, tia essa que vive enjoando das coisas e sempre acaba mandando o que não quer mais para eles. Nunca sobra nada para Raquel, mas nesse dia foi diferente, sobrou uma bolsa amarela. Era o que faltava para ela poder esconder a sua vontades e quem sabe mais algumas coisas que ela iria encontrar