O Sesc Santa Catarina e a Prefeitura Municipal inauguraram nesta terça-feira, 23 de novembro, o Museu de Florianópolis, localizado no prédio histórico que sediou a antiga Casa de Câmara e Cadeia, na Praça XV de Novembro. Um espaço cultural tecnológico e interativo, baseado em um conceito inovador, que preserva a memória da capital catarinense, ao mesmo tempo que olha para o tempo presente e abre um diálogo para o futuro.
A abertura oportuniza a reaproximação da população do prédio construído entre 1771 e 1780, tombado como patrimônio histórico. O Sesc fará a gestão do bem público por 20 anos, conforme contrato de licitação firmado com a Prefeitura Municipal. Para a implantação, foi formada uma Comissão Consultiva composta pela equipe do Sesc e por órgãos do município.
Inauguração
Para seguir os protocolos de segurança e evitar aglomerações, a cerimônia de abertura foi realizada em três momentos, e contou com as presenças de autoridades, imprensa, parceiros que colaboraram com esse importante projeto e convidados.
"É com imensa satisfação que entregamos para Santa Satarina este novo equipamento, que vai tornar público o acesso à cultura, à história e ao conhecimento. O Museu de Florianópolis não será apenas um espaço para preservar a memória, mas também para discutir o amanhã. Além do valor e relevância arquitetônica e cultural, será um novo cartão de visita para a capital do estado”, declarou o vice-presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Santa Catarina, Emílio Rossmark Schramm, que representou o presidente da Fecomércio SC em exercício, Luiz Carlos Bohn, na abertura do evento.
Para o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, o Museu de Florianópolis é um marco na cultura da cidade que valoriza ainda mais o turismo. "Fruto de uma parceria entre a Prefeitura e o Sesc, é um espaço que permite aos visitantes conhecerem a origem, o desenvolvimento e toda a prospecção de futuro da nossa cidade, com interatividade e o uso da tecnologia, de forma prazerosa, com atrações para todas as idades", afirma.
O processo de instalação do Museu iniciou no ano 2019, após a entrega do restauro da obra e da documentação legal do imóvel. Com investimento de R$ 3.173.793,45 milhões, o Sesc adquiriu os equipamentos, contratou as equipes de trabalho e desenvolveu o projeto museológico e museográfico.
O Museu de Florianópolis foi idealizado para atuar como um grande portal de acesso ao município, onde é possível conhecer a cidade, de forma interativa, e compreendê-la em sua contemporaneidade. Ele nasce com o objetivo de promover a reflexão contínua sobre o território, as dinâmicas de construção, ocupação e transformação do espaço urbano, em suas diferentes dimensões: arqueológica, geográfica e cultural. Tem como prioridade o interesse público e ações de democratização do acesso e do conhecimento sobre a própria cidade, a história de seus povos e as diferentes expressões culturais.
A Diretora Regional do Sesc-SC em Exercício, Sandra Regina Casarotto Lindorfer enaltece o papel social da Instituição. “Com o Museu de Florianópolis, vamos cumprir com uma de suas prerrogativas que é fomentar a cultura, em uma visão ampliada, e oferecer à população o acesso a informações, acervos e histórias sobre a cidade, desde o início de sua ocupação até o presente e projetando o futuro”.
Atualmente o Sesc faz a gestão de outro prédio importante para a história de Santa Catarina: o Centro Cultural Vidal Ramos Sesc, em Lages. Além de desenvolver programações artísticas e culturais em todas as regiões do Estado.
Visitação
A partir do dia 24 de novembro (quarta-feira) até o dia 03 de dezembro, moradores e turistas poderão conhecer o espaço gratuitamente através de visitas mediadas, mediante agendamento prévio no site do Museu.
Nesta data também abre ao público o Café do Museu, anexo ao prédio. Um ambiente diferenciado, com um cardápio que remete à cultura local. O horário de visitação do Museu de Florianópolis, do Café, e mais informações podem ser consultadas no site: www.sesc-sc.com.br/museudeflorianopolis
Programação especial de abertura
Para programação especial de abertura, o Sesc promove o 1º Ciclo de Debates do Museu de Florianópolis, nos dias 26, 29 e 30.11, e 01, 02 e 03.12, das 18h30 às 20h30, em formato híbrido.
O evento contará com a participação de professores, pesquisadores, personagens da cidade, agentes culturais e gestores, que vão compor seis mesas temáticas. Terá acessibilidade em Libras e será transmitido pelo canal do Sesc em Santa Catarina no YouTube. Clique aqui para informações sobre o evento.
Espaços expositivos
O Museu de Florianópolis apresenta uma exposição de longa duração e uma exposição temporária que dinamiza a programação. O acervo foi constituído de forma gradual, com doações e, em regime de comodato com outras instituições, expondo peças significativas para a cidade.
A exposição de longa duração é composta por seis módulos expositivos que se propõem a representar Florianópolis em suas variadas dimensões:
No andar térreo do sobrado histórico de 865m² há três salas expositivas: “Um edifício, muitas memórias”, com as histórias do prédio, sua trajetória de uso e processo de restauração; “Vozes da cidade”, com depoimentos que buscam refletir as múltiplas vozes que compõem a cidade; e a sala para a exposição temporária, que abre com uma mostra interativa sobre o Boi de Mamão. Há ainda um espaço para as ações educativas, oficinas e palestras, e um ambiente voltado para reserva técnica.
O piso superior conta com quatro espaços que abrigam a exposição de longa duração. Há ainda a sala “Transição” com piso de vidro, que mostra o teto abaulado (do piso inferior), original da edificação e abriga elementos da arquitetura do prédio e outros utilizados no século XVIII.
Na sala “Ventos e Marés: de Meiembipe a Florianópolis” há uma grande projeção que discorre sobre a intensa relação de Florianópolis com o seu território. A sala “Fluxos e Atravessamentos” apresenta dados referentes ao processo de ocupação da Ilha e a diversidade que marca sua trajetória.
“Florianópolis, Presente e Futuro” trata questões contemporâneas como: empoderamento feminino, direito à cidade, plano diretor, preservação do ambiente, especulação imobiliária, mobilidade urbana e economia criativa. O módulo “Panorama” lança luz às temáticas: cultura, personagens, revoluções, colonização, festas populares, educação, Ilha de Santa Catarina e universo náutico.
Todos os espaços foram aproveitados para reverenciar a cidade. Na entrada, é possível obter informações sobre diferentes pontos turísticos e equipamentos culturais da cidade, através de recursos multimídia. Na escada, expressões ilhéus como: “Arrombassi”, “Dazumbanho”, “Istepô”, “Moquirido”, “Tax tolo?”, entre outros marcam a visita. Há ainda um anexo na parte posterior do prédio, onde estão alocadas o Café do Museu, sanitários, elevador e as salas da administração.
Confira registros da inauguração e imagens da exposição!
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