Para abrir as atividades, os tradicionais bonecos do bloco carnavalesco mais querido de Floripa: o "Berbigão do Boca".
A história também é retratada em filmes que serão comentados pela própria equipe responsável pelas produções. É o Cine Desterro, com a Mostra de Curtas Manezinhos que exibe: Perto do Mar, Paisagem Urbana, A Pandorga e o Peixe e De Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca.
Fortalecendo nossas tradições ainda tem oficina de criação de Boi-de-mamão ministrada pela Associação Cultural Arreda Boi e o debate "Da Ilha ao Cosmos: um Panorama da Arte e Cultura nos 350 Anos de Florianópolis", com a Fundação Franklin Cascaes.
A grande novidade da semana é o lançamento da nova exposição "Invasão Espanhola de 1777", aberta ao público a partir do dia 22. O visitante terá a oportunidade de saber mais sobre esse período histórico em que a Ilha passou para o domínio espanhol e ainda defender nosso território dos navios de guerra em uma invasão virtual.
O Sesc dá de presente a todos os florianopolitanos, de nascença ou de coração, a oportunidade de visitar o Museu gratuitamente nos dias 23 e 26 de março. Até o final da semana, o público terá a chance de conferir diversas programações que reforçam o orgulho de fazer parte dessa história.
O prédio, onde hoje funciona o Museu, abrigava a antiga Casa de Câmara e Cadeia. As obras começaram em 1771 e foram interrompidas pela invasão espanhola, quando o território passou para o domínio do Rei da Espanha. Para contar melhor esse episódio histórico, o Museu preparou a exposição Invasão Espanhola de 1777
Fonte: "Historia Argentina". Autor: Diego Abad de Santillán. TEA, Tipográfica Editora Argentina. 1971, Buenos Aires, Argentina. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Cevallos
Invasão espanhola é tema da nova exposição do Museu
Para celebrar os 350 anos de Florianópolis, o Museu lança sua nova exposição temporária: "Invasão Espanhola de 1777".
A hoje tranquila Praia de Canasvierias foi palco de um conflito transtlântico entre Portugal e Espanha.
Desrespeitando o Tratado de Madri, de 1750, o espanhol Dom Pedro Antonio de Cevallos Cortés y Calderón, aportou na região com mais de cem embarcações de guerra e com poder de fogo muito superior ao português.
Eles tomaram a Ilha de Santa Catarina que foi incorporada ao território espanhol que, até então, pertencia à Coroa Portuguesa.
Em 26 de fevereiro, os comandados de Dom Pedro de Cevallos chegaram à Vila de Nossa Senhora de Desterro, quando muitos militares deixaram seus postos diante da desproporção numérica e bélica que inviabilizava qualquer reação portuguesa.
Os espanhóis declararam a ilha terra do rei da Espanha. Rezaram uma missa na catedral e saudaram Dom Pedro de Cevallos como um herói.
Somente após a assinatura do Tratado de Santo Idelfonso, em 1° de outubro de 1777, os portugueses retomaram o controle da Ilha de Santa Catarina não na base da guerra, mas da diplomacia. Em troca, entre outras coisas, deixavam de vez a Colônia de Sacramento para os espanhóis.*
A escolha do tema para a programação do aniversário de Florianópolis para a exposição primeiro é por ser uma história pouco conhecida pela população, que a Ilha esteve sob domínio espanhol durante um ano e quatro meses, entre 1777 e 1778 e mostra a importância da posição estratégica da ilha de Santa Catarina para ocupação do sul do Brasil.
"Quando ocorre a invasão é mais um fato histórico sobre a disputa territorial pelo sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o Rio do Prata, o Uruguai e a Argentina, entre Portugal e a Espanha. Tanto, que essa invasão é depois a moeda de troca entre Portugal e Espanha para de fato esse território aqui se consolidar como português, Santa Catarina e Rio Grande do Sul enquanto Uruguai e Argentina são reconhecidos como território Espanhol. Até então ainda existiam muitas disputas.
A importância da exposição é também contar esse passado, esse pedaço da história que pouca gente conhece...
Cristina Maria Dalla Nora, Museóloga do Sesc
Programação Especial do Museu no Aniversário de Florianópolis
Dia 20 de março
09:00 - Exposição de Bonecos do Berbigão do Boca
11:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
Perto do Mar. Direção: Zeca Pires. Mundo Imaginário Produções. 2002. -
Paisagem Urbana. Direção: Pedro MC. Cinemática. 2007.
A Pandorga e o Peixe. Direção: Kátia Klock e Ivan De Sá. Contraponto. 2014.
De Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca. Direção: Carolina Borges de Andrade. Arrebol Produções. 2018.
14:00 - Oficina de criação de Boi-de-mamão com a Associação Cultural Arreda Boi
16:00 - Da Ilha ao Cosmos: um Panorama da Arte e Cultura nos 350 Anos de Florianópolis. Debate com o Pesquisador Marcelo Seixas e Roseli Pereira, Presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.
Dia 22 de março
09:00 - Abertura da Exposição Invasão Espanhola de 1777
11:00 - Exposição de Feitio de Cerâmica com Ilson Roberto dos Santos, professor da Escola de Oleiros de São José
14:00 Antes da invasão, Espanha na Ilha: naufrágios e tesouros - Exibição e debate com a equipe de produção do filme “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca”
16:00 - Debate da Exposição "Invasão Espanhola de 1777"
Dia 23 de março
Visitação ao Museu Gratuita
10:00 - Encontro de Rendeiras com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
11:00 - Tour Cultural pelo Centro de Florianópolis com o artista Bruno Barbi
13:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
14:00 - Contação de histórias com Cia Mafagafos: “Boi malhado, boi dobrado” e outras histórias...
15:00 - Apresentação de Cantiga de Ratoeira com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
Dia 24 de março
10:00 - Exposição de Bonecos do Berbigão do Boca
14:00 - Oficina de fantoches em dobradura: As bruxas da Ilha da Magia, por Júlia Oliveira
16:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
Dia 25 de março
10:00 - Exposição de Feitio de Cerâmica com Ilson Roberto dos Santos, professor da Escola de Oleiros de São José
11:00 - Visita mediada ao Museu de Florianópolis com a modista do Desterro, Pauline Kisner
13:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
14:00 - O cinema em Florianópolis: primórdios, presente e futuros possíveis. Debate com os cineastas Zeca Pires e Maria Emília.
15:00 – Coletivo Abayomi apresenta: Cantos e danças rituais de re-existência. DUNUMBA de rua África-Brasil com Sekouba Oulare
Dia 26 de março
Visitação ao Museu Gratuita
10:00 - Encontro de Rendeiras com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
11:00 - Visita mediada ao Museu de Florianópolis com Valdir Agostinho
13:00 - Oficina de Artesanato em tarrafa, por Tania da Cunha
14:00 - Vou botar meu Boi na rua: Apresentação de Boi-de-mamão com a Associação Cultural Arreda Boi
13:00 - Apresentação de Cantiga de Ratoeira com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui .
Serviço:
Valor do Ingresso: R$ 10,00 normal. R$ 5,00 meia entrada
Endereço: Museu de Florianópolis Praça XV de Novembro, 214, Centro CEP 88010-400 - Florianópolis/SC
Contato: Telefone: + 55 48 3222-1333 WhatsApp: 98871-9946 E-mail: museu@sesc-sc.com.br
+Sobre o Museu
O Museu de Florianópolis é fruto do contrato de licitação firmado entre o Serviço Social do Comércio (Sesc-SC) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, que concedeu a gestão do prédio da Casa de Câmara e Cadeia pelo período de 20 anos, renovável por igual período.
Baseado em um conceito inovador que vai além dos modelos tradicionais, o Museu de Florianópolis traz características dos museus históricos, preservando a memória da Capital catarinense, ao mesmo tempo em que olha para o tempo presente para compreender a complexidade das questões contemporâneas da cidade, de modo a abrir um diálogo para o futuro.
Utilizando diferentes tecnologias e expondo acervos importantes, o espaço deve se posicionar no cenário museológico do município como um interlocutor para abordar questões emergentes, trazer diferentes vozes da população, pensar a história e discutir o amanhã, tendo como prioridade o interesse público e ações de democratização do acesso e do conhecimento sobre a própria cidade, a história de seus povos e as diferentes expressões culturais.
1 Comentários
Patricia
16/03/2023 Adorei conhecer e visitar o Museu de Florianópolis e já voltei várias vezes levando amigos tanto “manezinhos” que ainda não conheciam como novos moradores fe Floripa. Lindo, moderno e muitas histórias para aprender sobre Floripa !!!!Publicado à 1 ano