Nos dias 13, 14 e 15 de outubro, o Sesc em Florianópolis (Prainha) realiza a oficina “Uma história do cinema em cinco momentos”, com o jornalista e crítico de cinema José Geraldo Couto. Durante os encontros, o ministrante vai traçar um panorama crítico da história do cinema, dos pioneiros aos dias de hoje, destacando cinco momentos decisivos, buscando elucidar as relações entre contexto histórico-social, mudanças tecnológicas e linguagem estética. O curso é fartamente ilustrado por trechos de filmes representativos dos vários momentos.

Na sexta-feira, 13, a oficina acontece da 18h30 às 22h, e no dias 14 e 15, sábado e domingo, das 10h às 17h. As inscrições estão abertas no espaço Relacionamento com Clientes do Sesc (Trav. Syriaco Atherino, 100, centro), ao valor de R$ 115,00 (comerciários) e R$ 230,00 (usuários).

Assuntos abordados na Oficina “Uma história do cinema em cinco momentos”

1º momento: Do cinematógrafo ao cinema como meio narrativo. Os pioneiros: Edison, Lumière, Méliès. D. W. Griffith e a criação da linguagem narrativa clássica (close, montagem paralela, movimentos de câmera).

2º momento: As primeiras alternativas ao cinema narrativo americano. A vanguarda francesa (Léger, Duchamp, L’Herbier, Dulac, Epstein, Buñuel, Gance), a poesia e as artes plásticas. O cinema soviético (Eisenstein, Vertov, Pudovkin), a montagem e a revolução. O expressionismo alemão (Wiene, Lang, Murnau), a poesia da luz e o mergulho na alma humana.

2º momento: O sistema dos estúdios e a consolidação do cinema clássico. A passagem do cinema mudo para o sonoro e a cristalização dos principais gêneros: western, melodrama, policial, comédia. Hegemonia de Hollywood sobre o cinema mundial. 

4º momento: O cinema moderno a partir de duas fontes distintas: Cidadão Kane, de Orson Welles, e o neorrealismo italiano de Rossellini e De Sica. As inovações de Kane e seus desdobramentos até os anos 1960. Herança e superação do neorrealismo por Visconti, Fellini, Antonioni.

5º momento: A Nouvelle Vague francesa e os “cinemas novos” pelo mundo afora. As transgressões e libertações de Godard, Truffaut e companhia. O cinema se volta sobre si mesmo para ler o mundo. O Cinema Novo brasileiro, a renovação italiana de Bertolucci e Bellocchio, o cinema cubano, a “Nouvelle Vague” japonesa.

SOBRE O MINISTRANTE 

José Geraldo Couto atua há mais de 20 anos como jornalista, crítico e colunista do jornal “Folha de S. Paulo”. Três anos como redator e editor-assistente da revista “Set”. Colunista de cinema da revista “Carta Capital” durante mais de dez anos. Quatro anos como professor de História e disciplinas afins no ensino médio. Um ano e meio como professor do curso de Cinema da Unisul. Autor dos livros “André Breton” (Brasiliense), “Brasil: Anos 60” (Ática), “Florianópolis” (Publifolha) e “Futebol brasileiro hoje” (Publifolha). Organizador e entrevistador do livro “Quatro autores em busca do Brasil” (Rocco). Colaborou com artigos e ensaios para os livros “O cinema dos anos 80” (Brasiliense), “Folha conta 100 anos de cinema” (Imago) e “Os filmes que sonhamos” (Lume), entre outros. Membro fundador da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Ministrante de oficinas e cursos livres de cinema em cidades como São Paulo, Recife, Fortaleza e Florianópolis. Tradutor do inglês e do espanhol para português de mais de trinta livros para as editoras Companhia das Letras, Cosac Naify, Globo e Intrínseca, entre outras. Atualmente assina uma coluna de cinema no blog do Instituto Moreira Salles.

Mais informações:
Sesc em Florianópolis (Prainha) – Travessa Syriaco Atherino, 100 – centro / (48) 3229-2200