Palco Giratório Sesc inicia com formato inédito e dois grupos catarinenses


06/05/2022 - Atualizado em 11/05/2022 - 518 visualizações

Diante das mudanças e afirmando mais uma vez a potência de vida e reinvenção promovida pelas artes, a 24ª edição do Palco Giratório aposta nas possibilidades que as interfaces digitais trouxeram para as produções em circo, dança e teatro na contemporaneidade.

Entender o suporte digital como espaço de convívio, investir em inovadoras propostas virtuais de artistas brasileiros com transmissões diferenciadas e exibições em diversas plataformas on-line: essa será a tônica do Palco Giratório 2022. O público vai ser apresentado a 12 obras cênicas digitais e uma proposta de mediação cultural produzidas no período da pandemia de Covid-19.

O Palco Giratório vai revisitar e permitir a experimentação de tais obras como oportunidade para refletir sobre os impactos dessas criações, que usaram meios digitais na produção cênica. As transmissões serão diferenciadas, mas todas ocorrerão em ambiente virtual.

São trabalhos que envolvem dança, circo, teatro e até games. Alguns deles reúnem várias manifestações artísticas, como a plataforma de streaming ‘PAN-PLAY’ (AM), contribuindo com a visibilidade de manifestações artísticas da região norte brasileira.

“Uma das marcas do Palco Giratório é a aposta em artistas e trabalhos que fazem mover ideias pelo Brasil. Hoje, mesmo com o retorno dos espetáculos de forma presencial, a proposta é revisitar experiências artísticas que abraçaram os meios digitais como instrumentos para manter viva a produção cênica brasileira no período mais severo do isolamento social. Nos interessa perceber como essas produções dialogarão com os públicos neste novo contexto. O que fica depois dessa vivência digital tão intensa?”, comenta Raphael Vianna, analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc.

A programação

Reconhecido como uma das principais políticas para a difusão das artes cênicas no país, o Palco Giratório 2022 ocorrerá prioritariamente de modo on-line, compreendendo as redes sociais, mídias e plataformas digitais como territórios férteis para o estabelecimento de intercâmbios com públicos cada vez mais diversificados, ampliando assim os canais de acesso à programação nacional. 

O projeto será realizado em quatro etapas, entre maio e novembro. Em cada uma, três trabalhos serão apresentados.

Além das exibições de espetáculos, haverá ‘ativações cênicas’, conversas digitais com os artistas antes da estreia dos trabalhos na programação, ‘intercâmbios’ on-line entre os artistas nacionais e locais, oficinas de crítica com o QUARTA PAREDE (PE), que percorrerá todas as etapas, e participará dos ‘Pensamentos Giratórios’, rodas de conversa que fecham cada etapa, onde os artistas desta edição debatem sobre os trabalhos e o cenário das artes cênicas.

O lançamento do Palco Giratório será com o espetáculo ‘(DES)MEMÓRIA’, de Yara de Novaes (MG), dia 11 de maio. Este espetáculo tem a particularidade de ser um game, um jogo teatral virtual que se propõe a investigar o passado familiar e refletir sobre representatividade e embranquecimento no Brasil. O jogo fica hospedado no site do Teatro em Movimento até 31 de maio.

Ainda em maio, será a vez de ‘ARQUEOLOGIAS DO FUTURO’, de Mauricio Lima (RJ), exibido por meio da plataforma zoom. A peça-performance realiza uma arqueologia afetiva sobre 5 "artefatos" recolhidos na pesquisa para a criação do Museu dos Meninos. Maurício Lima evoca a figura do ator MC que, através de alguns desenhos e grafismos, realiza um depoimento a partir de memórias vividas e inventadas da sua infância e adolescência no Complexo do Alemão, território de origem do artista.

Esta edição contará com trabalhos cênicos bastante diferenciados, como ‘JUNTOS E SEPARADOS’, da Anti Status Quo Companhia de Dança (DF), que é uma performance em videoconferência ao vivo. Já em ‘TUDO QUE COUBE NUMA VHS’, do Grupo Magiluth (PE), a dramaturgia percorre múltiplas plataformas digitais e compõe para cada espectador uma experiência estética particular, na qual também ele opera como agente de construção.

Em 2022 serão realizadas 162 apresentações artísticas e 200 ações formativas. Também ocorrerão apresentações de artistas e grupos locais, em formato digital ou presencial, nos estados brasileiros e no Distrito Federal. Ao longo do ano, será mobilizado um conjunto aproximado de 103 coletivos artísticos de todo o país.

Grupos de Santa Catarina

Entre as 12 obras cênicas digitais selecionadas, duas são de catarinenses: "Homens Pink", da La Vaca Companhia de Artes Cênicas (Florianópolis) e "Os Pequenos Mundos", da Eranos Círculo de Arte (Itajaí).

"Homens Pink", La Vaca Companhia de Artes Cênicas (SC)

Performance documental solo de Renato Turnes que parte dos relatos de homens gays idosos para atualizar memórias de resistência e celebrar a experiência de sobreviventes.

Roda de conversa sobre o espetáculo: 27.06, às 16h
Em YouTube.com/SescBrasil

Apresentações do espetáculo: 28 a 30.06 e 05 a 07.07, às 20h
Em YouTube.com/SescBrasil

"Os pequenos mundos", Eranos Círculo de Arte (SC)

Em "Os Pequenos Mundos", as crianças são levadas a uma aventura por mundos de fantasia feitos de caixas de papelão. 

A narrativa é conduzida por bonecos de teatro de animação e propõe uma experiência teatral interativa, valorizando a participação das crianças e dos pais, que recebem previamente um tutorial com orientações para preparação de um espaço cenográfico e objetos em casa, que serve como ambientação para a experiência teatral.

Roda de conversa sobre o espetáculo: 03.10, às 16h
Em YouTube.com/SescBrasil

Apresentações pela Plataforma Zoom: 04 a 06.10 e 11 a 13.10, às 16h
Retirada de ingresso antecipada em BREVE

Diversidade presente

Além de todo o aspecto virtual e tecnológico deste ano, a força da diversidade se manteve no projeto. Ela está presente através da multiplicidade dos grupos artísticos, oriundos de várias regiões do Brasil, assim como nos formatos de exibição dos projetos, envolvendo circo, teatro e dança.

“A mudança de formato acontece, mas o olhar sobre a diversidade continua. Nesta edição, contaremos com artistas e produções de diversas linguagens e regiões brasileiras. Vamos ter websérie de palhaços, trabalhos imersivos no YouTube e também com tecnologia 3D. Teremos trabalhos gravados, outros exigem interação do público de imediato. O que vimos é que a transmissão on-line e por redes amplia o acesso dos públicos em relação ao modelo pré-pandemia, que era sempre presencial. A tecnologia permite um alcance maior das manifestações artísticas, que podem ser acessadas até do exterior”, explica Vicente Pereira Júnior, analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc.

Para mais informações e programação completa, acesse o site: www.sesc.com.br/palcogiratorio.


+ Sobre o Palco Giratório


Até a presente edição, cerca de 5 milhões de pessoas já assistiram espetáculos dos mais diversos estados do país, contabilizando aproximadamente 11.000 apresentações em 1.746 cidades, entre Festivais, Aldeias e Mostras, consolidando uma imensa rede de profissionais e equipamentos culturais qualificados e mantidos pelo Sesc no território nacional. 


Arte Palco Giratório 2022

Homens Pink

Os Pequenos Mundos

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