A programação do 14º Festival Palco Giratório Sesc segue intensa até 31 de agosto, com apresentações gratuitas de espetáculos de teatro adulto e infantil, teatro de rua, dança, circo, performances e intervenções urbanas, de 12 estados brasileiros e ações formativas.
Durante o evento, as 20 companhias selecionadas para a circulação nacional do Palco Giratório e grupos convidados se apresentam em diferentes locais: no Teatro do Sesc Prainha, no Teatro Ademir Rosa (Centro Integrado de Cultura – CIC), no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), no circo da Dona Bilica, na Arena Ceart / Udesc e em espaços públicos. Os ingressos gratuitos são distribuídos 1 hora antes do início de cada espetáculo, no local do evento e o espaço está sujeito à lotação.
Em 2017, o circuito nacional Palco Giratório, completa 20 anos de existência e presta homenagem à “Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz” (RS), que estreia seu mais novo espetáculo - “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal” - no circuito. A montagem é um trabalho de rua que celebra os 39 anos do coletivo, um dos mais relevantes do país. A apresentação encerra Festival Palco Giratório, no dia 31 de agosto, às 15h, na Praça Tancredo Neves, próxima ao Sesc em Florianópolis (Prainha).
“O Palco Giratório é um projeto referencial para as artes cênicas brasileiras. Através dele o Sesc mostra parte da diversidade estética e cultural do país através de espetáculos de teatro, dança e circo advindos de todas as regiões, sejam da capital ou do interior. Nesses 20 anos de existência, o projeto se solidificou não apenas pela circulação de apresentações artísticas, mas por abrir espaço de pensamento, reflexão, troca e, muitas vezes, por espelhar as nossas realidades e os acontecimentos da sociedade atual”, declara a gerente da Cultura do Sesc em Santa Catarina, Maria Teresa Piccoli.
SEMINÁRIO PALCO GIRATÓRIO 20 ANOS
O “Seminário Palco Giratório 20 anos acontece nos dias 25 e 26/08, no Sesc, com a proposta de trazer discussões sobre as novas estratégias de sustentabilidade da cultura. São quatro mesas, às 10h e 14h, com os temas “Formas de financiamento alternativo e colaborativo para projetos culturais”; “Sustentabilidade financeira da cultura”; “O papel do agente cultural e o diálogo com seu entorno”; e “20 anos de Palco Giratório”. As inscrições gratuitas estão abertas no espaço Relacionamento com Clientes do Sesc em Florianópolis (Prainha). CLIQUE AQUI PARA MAIS INFORMAÇÕES.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA: http://www.sesc-sc.com.br/palcogiratorio/
PRÓXIMAS ATRAÇÕES:
12/08 (sáb), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “Cinzas ao solo”, com Alexandre Américo (Natal/RN)
Sinopse: Esta obra pretende tematizar o entendimento de dança do próprio bailarino. Ao utilizar a metáfora do homem que caminha devorando o "mundo", o intérprete inicia a busca pela sensação de comunhão com o todo, de ancestralidade, de atemporalidade. Em seu percurso criativo, o bailarino mergulhou em diversos locais de natureza exuberante, lugares sagrados quase nunca tocados, lugares de silencio e força... Na tentativa de tocar o invisível, de encontrar o "ancestral", o primeiro e o último homem que dançou. Gênero: Dança. (32min)
Classificação etária: Livre
13/08 (dom), às 15h, na Praça Bento Silvério – Lagoa da Conceição ( em caso de chuva ou mau tempo, será transferida para o Sesc em Florianópolis (Prainha), às 15h (mesmo horário): Espetáculo “Ninhos”, com Balangandança Cia (São Paulo/SP)
Sinopse: “Ninhos” parte da ideia do lugar onde tudo começa e pode retornar. Imagens e poesias de movimento apresentam “ninhos” como lugar de apoio e base para os voos, descobertas, passeios. Brincadeiras de crianças confundem-se com movimentos de animais, remetendo à similaridade entre os movimentos de diferentes espécies. Neste jogo, os ninhos são os espaços de recolhimento onde são fortalecidas relações mais sutis, íntimas e subjetivas, tão importantes para a criança. (50min)
Classificação etária: Livre
15/08 (ter), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “O quadro de todos juntos”, com Pigmalião Escultura que Mexe (Belo Horizonte/MG)
Sinopse: Uma família posa para um retrato. O instante de um flash revela além da superficialidade. Mostra a frágil estrutura por trás dessa imagem perfeita. Segredos postos ao chão. Suspensão do tempo. Cada um de seus integrantes expõe seus mais íntimos e secretos desejos. Todos são espelhos. Todos juntos. Um encontro de família em que a realidade, o simulacro e o delírio confrontam-se em um quadro mais que verdadeiro. Um espetáculo perturbador onde máscaras e bonecos se misturam e criam a ilusão de serem feitos da mesma matéria: Carne. Gênero: Drama. (60min)
Classificação etária: 18 anos
16/08 (qua), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “Women’s”, com Experiência Subterrânea (Florianópolis/SC)
Sinopse: Uma faxineira que trabalha em um necrotério dialoga com seus fantasmas pessoais enquanto realiza sua tarefa cotidiana. Exaltada por vozes que escuta começa a conversar sobre um suposto crime e seus vínculos familiares com um cadáver que espera autópsia, até que manipula este corpo dando vida aos diferentes personagens de sua vida recente. Adair, a faxineira, constrói uma relação de violência com o corpo que por momentos representa sua irmã. Women's visita o tema da morte e dos afetos a partir da exploração do risco físico que é experimentado na cena. Gênero: Drama. (55min)
Classificação etária: 16 anos
17/08 (qui), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo: “À beira de...”, com Silvia Moura (Fortaleza/CE)
Sinopse: BEIRA DE... Um estado... momentâneo ou não. Estarrecedor. A necessidade de estancar para daí conseguir falar sobre algo ou sobre uma sensação causada por várias insatisfações. Esse trabalho trata da busca por um estado de presença que estabeleça com o público uma relação de casualidade. O público ilumina o espetáculo e é levado a procurar um lugar para conseguir ver o trabalho da forma que lhe for menos arriscado. É proposto ao público segurar objetos que poder cair, escolher um lugar para ficar, escolher que parte deve ser iluminada do trabalho, a interação direta com o público é parte da composição do trabalho (50min)
Classificação etária: Livre
18/08 (sex), às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): Espetáculo “Hamlet – Processo de Revelação”, com Coletivo Irmãos Guimarães (Brasília/DF)
Sinopse: Propõe uma adaptação radical: um ator em cena, o próprio dramaturgo, Emanuel Aragão, que tenta reconstruir a narrativa de Shakespeare em um diálogo direto e aberto com a plateia. Utilizando dispositivos geradores de materialização de presença, em diálogo direto com a performance art, recurso muito presente na trajetória do Coletivo Irmãos Guimarães, o espetáculo busca a concretização cênica do percurso trágico da personagem de Shakespeare. Ou seja, uma junção, in loco da dimensão do performer à dimensão da personagem presente na fábula. A busca pela resposta à uma pergunta fundamental: é possível que, na cena, o ator/performer atravesse, de fato, a trajetória da personagem? Gênero: Drama. (1h40min)
Classificação etária: 12 anos
19/08 (sáb), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “Narrativas em dois corpos”, com Sandra Meyer e Diana Gilardenghi (Florianópolis/SC)
Sinopse: Nessa ação se entrelaçam trajetória pessoal, contexto social e história da dança em composições que emergem de cada encontro entre as experientes dançarinas Diana Gilardenghi (Lincon, Buenos Aires - 1957) e Sandra Meyer (Florianópolis, SC - 1957). Gesto e fala transitam de um corpo a outro, traçam temporalidades e deixam a ver vestígios de experiências passadas que irrompem o presente. Que dança pode ser ativada neste encontro entre as artistas? O que existe e re-existe?
Após quarenta anos de trabalho, Sandra Meyer e Diana Gilardenghi se encontram para inventar e se reinventar na dança, para descobrirem o que ainda resiste e re-existe ao permitir que seus modos de criar se alterem nas relações de uma com a outra e com contextos que envolvem o local em que viveram/vivem. (60min)
Classificação etária: 12 anos
20/08 (dom), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “Ledores no breu”, com Cia do Tijolo (São Paulo/SP)
Sinopse: Inspirado no pensamento e na prática do educador Paulo Freire e nas obras do poeta Zé da Luz e do ficcionista Guimarães Rosa, o espetáculo trata das relações entre o homem da leitura, das letras e do mundo ao seu redor. “Ledores no breu” traz histórias que acompanham tantos leitores na escuridão e analfabetos em pleno século XXI, seres que percorrem distâncias para elucidar suas dúvidas, seus erros e seus crimes. Um homem que por não poder ler as letras comete um crime contra seu amor e contra si mesmo; outro homem que desperta para as artimanhas e dubiedades da palavra ou alguém que reinventa o afeto com base nas letras que formam um nome. Personagens construídos a partir de suas relações com as letras e as palavras têm suas vidas profundamente transformadas. Gênero: Drama. (70min)
Classificação etária: 14 anos
22/08 (ter), às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): Espetáculo “Abrazo”, com Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal/RN)
Sinopse: Segunda parte da Trilogia Latino americana dos Clowns de Shakespeare (as outras são Nuestra Senhora de Las Nuvens e Dois Amores y um Bicho), Abrazo é uma obra voltada para o público infanto-juvenil, que pode ser assistido por crianças e adultos de todas as idades. Num lugar em que não é permitido abraçar, personagens atravessam um quadrado contando histórias de encontros, despedidas, opressão, exílio e, porque não, de afeto e liberdade. O espetáculo não verbal, conta com a música e vídos de animação especialmente criados para narrar essa aventura que teve como ponto de partida a obra "O Livro dos Abraços", de Eduardo Galeano. Gênero: Teatro Infantojuvenil. (55min)
Classificação etária: Livre
23/08 (qua), às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): Espetáculo “Nuestra Senhora de Las Nuvens”, com Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal/RN
Sinopse: Partindo da obra de Arístides Vargas – autor exilado e radicado no Equador, fugindo da ditadura argentina –, “Nuestra Senhora de Las Nuvens” inaugura a Trilogia Latino(-)Americana. No espetáculo os Clowns investigam as relações da memória e identidade, somados a depoimentos e experiências provocadas pelo golpe civil e militar brasileiro de 1964. Aproximando o realismo fantástico-surrealista do político-épico, as histórias de Nuestra Senhora são têm como fio condutor os encontros entre Oscar e Bruna. A narrativa permeia o universo do exílio através do humor, violência, crítica e lirismo, expondo a estrutura do discurso político e contribuindo para o processo de resgate e manutenção da memória desse triste período da história latino-americana, gerando reflexão sobre o nosso passado e presente. Gênero: Teatro Adulto.. (95min)
Classificação etária: 16 anos
24/08 (qui), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo “Lete”, com Beradera Companhia de Teatro (Porto Velho/RO)
Sinopse: Lete, na mitologia grega, é o rio do esquecimento. É ele quem apaga nos homens as suas vidas passadas. Esta peça, que estreou em maio de 2013 - antes da cheia histórica do rio Madeira, que ultrapassou em dois metros a última marca registrada e afogou comunidades ribeirinhas inteiras – reflete, em um ambiente ficcional, sobre os diversos ciclos migratórios que moldaram a cidade de Porto Velho, culminando com o ciclo das usinas hidrelétricas. A peça lança luz sobre as vozes não ouvidas nestes processos econômicos e evidencia a memória que se esvai nas águas velozes e violentas do rio. Quatro atores-narradores se revezam em mais de vinte personagens em uma trama construída sobre cem anos de história concentradas em uma. Gênero: Drama. (60min)
Classificação etária: 14 anos
25 e 26/08 (sex e sáb), 10h e 14h, no Teatro Sesc Prainha: Seminário Palco Giratório 20 anos
A proposta do Seminário é trazer discussões sobre as novas estratégias de sustentabilidade da cultura. As mesas estão dispostas de maneira que tenham a participação do empresariado, artistas, gestores e estudantes.
Mesa 1 - Formas de financiamento alternativo e colaborativo para projetos culturais
Dia: 25 de julho (sexta) - Horário: 10h às 12h30
Participantes:
- Thiago Augustini (da banda BTRX - SP)
- Diego Reeberg (Sócio Fundador do Catarse - SP);
- Alejandro Ahmed (Grupo Cena 11 de Dança Contemporânea - SC)
Mediação: Qiah Salla (Genuí Assessoria e Gerenciamento de Projeto - SP e SC);
Sinopse: Como garantir a execução de projetos culturais para além da captação junto à iniciativa privada ou órgãos públicos? A cada dia, mais pessoas ingressam nas redes sociais e as tecnologias são cada vez mais acessíveis. O ambiente virtual tem se transformado em uma extensão da realidade. Com isso, também surgiram formas alternativas de reunir pessoas para colocar projetos criativos em prática. Mas, o que estimula uma pessoa a investir em um projeto nas plataformas de financiamento colaborativo? Na mesa, Thiago Augustini compartilha um case de sucesso de captação coletiva, Diego Reeberg fala sobre as principais estratégias para garantir o sucesso dos projetos na plataforma e Alejandro Ahmed compartilha as estratégias criadas e utilizadas pela companhia para a manutenção das suas atividades. A conversa será mediada por Qiah Salla e é direcionada para criativos, estudantes, produtores e agentes culturais que desejam explorar novas formas de financiamento para seus projetos e trabalhos.
Mesa 2 – Sustentabilidade financeira da cultura
Dia: 25 de julho (sexta) Horário: 14h às 17h30
Participantes:
- Bruno Assami (Coordenador do Unibes Cultural - SP)
- Galiana Brasil (Gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural – SP)
- Willian Sieverdt (Diretor da companhia Trip Teatro de Animação e gestor cultural)
Mediação: Maria Teresa Piccoli (Gerente de Cultura do Sesc em Santa Catarina)
Sinopse: Em um lado da cena projetos culturais, festivais artísticos e diversas manifestações criativas que buscam formas de acontecerem. De outro lado, empresas que necessitam e desejam fortalecer o seu posicionamento de marca e sua atuação sociocultural. Será que não está nesta conexão, entre empresas e artistas, a oportunidade de desenvolver projetos e ações que fortaleçam marcas, otimizem os impostos, contribuam com o desenvolvimento cultural e impactem positivamente a sociedade? A proposta do encontro é oxigenar e inspirar soluções inovadoras para empresários, coordenadores de comunicação e marketing, artistas e produtores culturais. Com mediação de Maria Teresa Piccoli, a mesa contará com a participação de Bruno Assami, Galiana Brasil e Willian Sieverdt que compartilharão suas experiências enquanto gestores e artistas ao construírem, junto à iniciativa privada e pública, formas de fomentar e difundir a cultura.
Mesa 3 – O papel do agente cultural e o diálogo com seu entorno
Dia: 26 de julho (sábado) Horário: 10h às 12h30
Participantes:
- Sidnei Cruz (Diretor, escritor e produtor cultural - RJ)
- Rita Aquino (Coordenadora das Atividades Formativas do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia - FIAC e pesquisadora de práticas colaborativas em contextos artísticos e educativos)
- Vicente Concilio (Professor no Departamento de Artes Cênicas e Programa de Pós-Graduação em Teatro - Udesc)
- Sassá Moretti (Professora no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenadora do Festival Internacional de Teatro de Animação – SC)
Mediação: Barbara Biscaro (Vice presidente da Federação Catarinense de Teatro e integrante do coletivo Vértice Brasil – The Magdalena Project)
Sinopse: O agente cultural é um propulsionador do desenvolvimento social por meio da cultura. Este papel exige comprometimento, conhecimento, articulação e sensibilidade. Neste contexto, Rita Aquino e Sassá Moretti compartilham as experiências de mediação cultural que o FIAC Bahia e o FITA Floripa desenvolvem em seu entorno. Sidnei Cruz instiga a refletir sobre a função desse agente como mediador cultural. Fortalecendo o papel do agente cultural enquanto protagonista na transformação social, Vicente Concilio conta sobre seu movimento profissional entre palco, universidade e unidades prisionais, onde desenvolve projetos e pesquisas na área teatral. A conversa será mediada por Bárbara Biscaro e é voltada para artistas, estudantes, agentes culturais, produtores, gestores, professores e pessoas que desejam mudar o mundo.
Mesa 04 – 20 anos de Palco Giratório
Dia: 26 de julho (sábado) Horário: 14h às 17h30
Participantes:
- Reveraldo Joaquim (Cirquinho do Revirado e Festival Nacional Revirado – SC)
- Rita Marize (Curadora do Palco Giratório do Sesc/PE e coordenadora da Aldeia Velha Chico em Petrolina-PE)
- Fabio Hostert (Coordenador do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau e Cia Carona de Teatro - SC)
- Representante da Assessoria de Artes Cênicas do Departamento Nacional do Sesc;
Mediação: Greice Miotello (Traço Cia de Teatro - SC e Pallasos en Rebeldía Brasil)
Sinopse: “O mundo em que vivemos requer mais atenção. Requer mais respeito e mais liberdade para que as diferentes temporalidades e visões de mundo possam dialogar e se remixar. Pois é na mistura e na relação entre os afetos que o encontro se concretiza.” E é promovendo o encontro entre as artes cênicas e o público que este projeto vem sendo construído há 20 anos e consagra como o maior circuito de artes cênicas do país. A Mesa Palco Giratório 20 Anos é uma celebração aos encontros, onde artistas e produtores que circularam pelos palcos do projeto e que também são produtores de festivais referência em Santa Catarina e no Brasil (Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau – FITUB, Festival Nacional Revirado, Festclown pela Terra dos Pallasos en Rebeldía, Aldeia Velho Chico e Projeto Palco Giratório) compartilharão suas experiências e desafios no cenário econômico e cultural. A conversa fala sobre os desafios de construir programações artísticas face à diversidade e pluralidade da atual produção de artes cênicas no Brasil e às inquietações e urgências da sociedade brasileira.
25 e 26/08 (sex e sáb), às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): Espetáculo “FUI!”, com CiaSenhas de Teatro (Curitiba/PR)
Sinopse: A CiaSenhas excursiona pelo universo juvenil com a montagem FUI!, livremente inspirado na obra literária Tchick de Wolfgang Herrndorf, com texto e direção de Sueli Araujo. O espetáculo apresenta quatro personagens que se encontram após 15 anos para, através da criação de uma peça de teatro, lembrarem e reviverem as experiências que compartilharam quando eram jovens. Temas como amizade, solidão, confiança e sexualidade são abordados na montagem. Com uma linguagem dinâmica e direta, FUI! Apresenta ao público um recorte sensível sobre ser jovem ontem e hoje. Amizade e memória norteiam a peça que se desenha, também, a partir da relação com quem a vê. Gênero: Juvenil (50min)
Programação do dia 25 voltada para escolas. Agendamento pelo email: caflorianopolis@sesc-sc.com.br
Classificação etária: 12 anos
27/08 (dom), às 20h, no Teatro Ademir Rosa (CIC): Espetáculo “Caranguejo Overdrive”, com Aquela Cia de Teatro (Rio de Janeiro/RJ)
Sinopse: O protagonista é Cosme, ex-catador de caranguejos no mangue carioca da metade do século XIX. Convocado para integrar as forças brasileiras na Guerra do Paraguai enlouquece no campo de batalha, volta ao Rio e encontra uma cidade em grande transformação. Ele é um homem, ou um caranguejo, ou um soldado, ou um operário. Mergulhado na guerra, sofre um colapso; de volta à cidade onde nasceu, encontra um Rio de Janeiro em convulsões urbanísticas – uma cidade, para ele, irreconhecível e com sabor de exílio. Ele procura o Mangue – a parte da cidade então chamada Rocio Pequeno, hoje a Praça 11 - e se emprega na construção do canal que representou a primeira grande obra de saneamento do Rio. Gênero: Musical. (80min)
Classificação etária: 16 anos
29/08 (ter), às 18h, no Largo da Alfândega: Espetáculo “Ruína de Anjos”, com A Outra Companhia de Teatro (Salvador/BA)
Sinopse: Num misto de teatro de rua, intervenção urbana e performance, o espetáculo tem como mote a reabertura de um cinema de bairro e a esperança de renovação que ela traz para aquele lugar, que no passado viu um apogeu e hoje vivencia um abandono. Tal qual a vida dos personagens condutores da narrativa itinerante, que perderam a luz que um dia tiveram: uma travesti, um vendedor de café, um pastor traficante, um burguês homofóbico, uma moradora de rua catadora de lixo e uma artista de rua. O espetáculo que se dá na dinâmica do trânsito e da noite do centro da cidade grande, conduz o público a enxergar situações que atravessam discussões sobre violência, marginalidade, tráfico de drogas, invisibilidade social, comercialização da fé e gênero. Gênero: Teatro de Rua (70min)
Classificação etária: 16 anos
30/08 (qua), às 14h às 18h, na Sala Multiuso: Workshop “Vivência com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz ”, com Tânia Farias e Paulo Flores (Porto Alegre/RS)
Sinopse: O workshop Vivência com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz consiste em um encontro coordenado pelos atuadores do grupo, que investiga o movimento e a voz para a ampliação do corpo do ator e a ocupação do espaço teatral. A ênfase é colocada na corporalidade do ator (como forma de perceber o próprio corpo) e na contracenação (para perceber o outro). A vivência vai intensificar a dinâmica teatral do corpo, através de exercícios de desinibição, sensibilização, musicalidade, expressividade e coordenação rítmica, aliados a jogos de inter-relacionamento dramático.
Carga horária: 4h
Vagas: 20
Classificação etária: 16 anos
Inscrições no Espaço de Relacionamento com os Clientes da Unidade, ao valor de R$ 15,00 (comerciários e dependentes) e R$ 30,00 (usuários).
30/08 (qua), às 20h, no Teatro Sesc Prainha: Espetáculo: “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”, com Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre/RS)
Sinopse: A desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência” refaz o caminho da atriz Tânia Faria na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, a atriz deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação. (90min)
Classificação etária: Livre
31/08 (qui), às 15h, na Praça Tancredo Neves – próximo ao Sesc Prainha: Espetáculo “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”, com Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre/RS)
Sinopse: Para dar continuidade à pesquisa de teatro de rua, o Ói Nóis escolheu a versão de Augusto Boal de “A Tempestade”. Ele apropria-se da peça de Shakespeare e do pensamento do cubano Retamar para questionar a exploração da América do Sul pelo colonialismo europeu e para discutir a postura neocolonialista dos Estados Unidos. A figura de Caliban em “A Tempestade”, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Implica em tornar visíveis as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial. Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, encenar “A Tempestade de Augusto Boal” é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliba é a reivindicação da legitimidade do “diferente”. Gênero: Teatro de Rua/ Teatro épico. (90min)
Classificação etária: Livre
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