O Sesc em Santa Catarina está com inscrições abertas para o processo seletivo para ingresso no Programa de
Comprometimento e Gratuidade (PCG), Edital de Bolsas de Estudos para o projeto
Fábrica de Gaiteiros – aulas de gaita-ponto / acordeon, em Lages e também agora
em Blumenau. O projeto atende crianças e adolescentes, de 7 a 15 anos, que
aprendem a tocar o instrumento que projetou Renato Borghetti para o Brasil e
exterior.
Para se candidatar no processo seletivo de ingresso ao
Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), o responsável legal precisa
comprovar renda familiar bruta de até três salários mínimos, ou seja, R$
2.862,00 e é necessário que o aluno atenda aos seguintes requisitos básicos:
ser preferencialmente dependente de comerciário; estar matriculado ou ser
egresso da educação básica da rede pública de ensino. As aulas são gratuitas e individuais e acontecem uma
vez por semana, sendo que os alunos utilizam os instrumentos cedidos pelo
projeto de Borghetti, confeccionadas com madeira certificada de eucalipto,
proveniente de plantios renováveis.
O Edital 001/2018, disponível no site do Sesc/SC (www.sesc-sc.com.br), disponibiliza 36 vagas de bolsas para o projeto em
Lages, já o Edital 003/2018, disponibiliza 35 vagas de bolsas para Blumenau. As inscrições podem ser feitas pelos pais ou
responsáveis, no espaço Relacionamento com Clientes do Sesc em Lages (Av. Dom
Pedro II, 1693 – Bairro Universitário) e Blumenau (Rua Dr. Amadeu da Luz, 165 –
Centro), sempre do dia 1º a 10 de cada mês, das 08h às 20h. Mais informações
podem ser consultadas pelo telefone 0800 645 5454.
Desde que iniciou as atividades no Centro Cultural
Vidal Ramos – Sesc em Lages, em dezembro de 2016, a Fábrica de Gaiteiros atrai
a atenção do público e a procura pelas aulas de gaita-ponto / acordeon tem
aumentado a cada dia. Além do conhecimento, as aulas também proporcionam a
preservação da cultural tradicionalista. "Essa gaita ponto estava caindo
no esquecimento porque o pessoal que tocava era o pessoal mais velho, pessoal
mais antigo. E aí de repente você vê essa criançada de 7 até 15 anos
participando do projeto. Esse é o pagamento maior", afirmou Roberto
Anastácio Martins, Diretor Regional do Sesc em Santa Catarina.
O Diretor ainda enfatiza o potencial transformador do projeto na vida das crianças e adolescentes atendidos pela Fábrica de Gaiteiros. “É um projeto social que permite que alunos que normalmente não teriam acesso a aulas de gaita, de repente estão tocando e se desenvolvendo. É muito importante até pela questão de que a gaita é um instrumento elitizado pelo alto custo para ser adquirido, e através do projeto as crianças e adolescentes podem participar de aulas gratuitas e sem a necessidade de adquirir o instrumento”, finaliza Martins.
Sobre a Fábrica de Gaiteiros
O acordeonista gaúcho Renato Borghetti, em suas
viagens e shows pelo interior do Brasil e Rio Grande do Sul, recebe milhares de
correspondências e pedidos verbais de fãs e admiradores. Entre tantas demandas,
passou a carregar consigo algumas que considerou especiais: aquelas que
solicitavam doação de gaitas ou auxílio para aquisição do instrumento,
demasiadamente caro para os padrões brasileiros. “Essas cartas e e-mails me
fizeram perceber o quanto era restrito o acesso da gaita-ponto aos interessados
de baixa renda, evidenciando, assim, a carência de um projeto que permitisse o
estímulo e a inclusão de jovens talentos na perpetuação da autêntica cultura
gaúcha, através da gaita de oito baixos”, comenta Renato.
Unir inclusão social, aumentando a autoestima e o espírito de coletividade, ao mesmo tempo estimulando a sensibilidade e conhecimento da cultura local é a finalidade do projeto, com uma gaita social, que estimula crianças e jovens a se interessarem pelo instrumento, oferecendo aos mesmos as devidas condições para o aprendizado e para futura aquisição do instrumento, criando uma verdadeira “Fábrica de Gaiteiros”.
A “Fábrica de Gaiteiros” também está implantada nos municípios gaúchos de Porto Alegre, Guaíba, Barra do Ribeiro, Butiá, Tapes, São Gabriel, Bagé, Lagoa Vermelha e nos municípios catarinenses de Lages e Blumenau, com a participação de mais de 200 alunos.
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