Sesc realiza recital de Natal no Museu de Florianópolis


06/12/2019 - Atualizado em 10/12/2019 - 619 visualizações

O clima de Natal já está por todos os lados e os eventos culturais têm foco neste momento, que celebra a integração entre todos. O recital de Natal na antiga Casa de Câmara e Cadeia é a primeira ação do Sesc Santa Catarina no prédio histórico, que será sede do Museu de Florianópolis.

No dia 19/12 (quinta-feira), às 19h, o Sesc inicia a programação especial de Natal para encantar toda a família no Museu de Florianópolis com recital do Polyphonia Khoros. No dia 21/12 (sábado), às 11h, será o Duo Lívia Corazza e Raphael Galcer que encantará o público com sua apresentação. E para encerrar no dia 23/12 (segunda-feira), às 11h, Cantus Firmus encerra a programação com música medieval e renascentista.

CONFIRA ABAIXO O CALENDÁRIO DA PROGRAMAÇÃO DE NATAL:

19/12 (quinta-feira)
19h – Polyphonia Khoros

Local: Museu de Florianópolis (Antiga Casa de Câmara e Cadeia), Rua dos Ilhéus, esquina com a Rua Tiradentes, em frente à Praça XV de Novembro.

O Polyphonia Khoros (PK) fez sua estreia em 2001, na IX Oficina de Música de Itajaí (SC). Desde então, realizou turnês anuais por Santa Catarina, capitais brasileiras e concertos em Buenos Aires e Montevidéu. Também anualmente, o PK realiza diferentes repertórios a cappella e obras sacras para coro e orquestra como “A Paixão Segundo São João” e o “Magnificat de Bach” (2010 e 2005 respectivamente), o “Messias de Haendel” (2007), “A Criação de Haydn” (2008) e a 9ª Sinfonia de Beethoven (2007, reprisada em 2009 e 2011), em parceria com a orquestra Camerata Florianópolis.

Ainda que transite entre diversos gêneros, o trabalho principal do PK está no repertório a cappella, onde a maestrina Mércia Mafra Ferreira mostra sua interpretação musical totalmente através das vozes dos integrantes, preferindo para isso interagir com a acústica privilegiada de igrejas. O repertório tradicional do coro inclui os “Três Cânticos Breves” de Ronaldo Miranda sobre poemas de Fernando Pessoa, motetos de Bruckner e as Six Chansons de Paul Hindemith sobre poemas de Rilke.

O PK é também um grupo de intensa atividade operística, tendo sido o coro oficial do Festival Aldo Baldin entre 2002 (quando estreou na montagem de Madame Butterfly de Puccini) e 2009. Em 2004, a maestrina Mércia Mafra Ferreira passou a ser, além de preparadora do coro, a diretora artística destas óperas. Desde 2010, o PK atua como parte da Cia Ópera Santa Catarina. O repertório de ópera do coro inclui, entre outras, “Carmen”, “Cavalleria Rusticana”, “O Barbeiro de Sevilha” e “La Traviata”.

Realizou durante o Biênio 2013/2014 a circulação do projeto do Sesc Sonora Brasil em todos os Estados do Brasil com o tema “Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea”, realizando mais de 100 apresentações nos dois anos do projeto.

Em 2018 o grupo realizou, com um octeto, uma gravação de obras de Edino Krieger para um DVD, através do Sesc Nacional, projeto Sonora Brasil. Em 2019, já sob o comando do regente Per Ekedahl, o grupo apresentou o concerto Canções da Disney, sucesso de público e crítica.

21/12 (sábado)
11h – Duo Lívia Corazza e Raphael Galcer

Local: Museu de Florianópolis (Antiga Casa de Câmara e Cadeia), Rua dos Ilhéus, esquina com a Rua Tiradentes, em frente à Praça XV de Novembro.

O Duo apresenta um show de fim de ano repleto de canções que falam de amor, paz e esperança, sentimentos que todos partilham nessa época do ano. O Natal tem seus ritos e símbolos, assim como o pinheiro iluminado com suas alegorias, a canção Noite Feliz é um clássico que faz parte do imaginário popular natalino, assim como Carinhoso de Pixinguinha e Novo tempo de Ivan Lins, que estarão no repertório, entre outras canções que inspiram a alegria das festas de fim de ano.

23/12 (segunda-feira)
11h – Cantus Firmus

Local: Museu de Florianópolis (Antiga Casa de Câmara e Cadeia), Rua dos Ilhéus, esquina com a Rua Tiradentes, em frente à Praça XV de Novembro.

Criado em 2003 pelo músico e diretor Jefferson Bittencourt, o Cantus Firmus realiza uma séria pesquisa sobre a prática da música medieval e renascentista. O coletivo nasceu da necessidade de suprir a falta de grupos brasileiros especializados no repertório da música antiga e traz aspectos sonoros instigantes para aqueles que pouco conhecem da origem da música ocidental.

Assim, o Cantus Firmus procura embasar suas interpretações em intensos estudos sobre os manuscritos da época e sobre outros grupos de renome internacional. O objetivo é trazer à população do nosso país uma prática musical mais fiel ao que pode ter sido a música daquela época.

Num país onde temos fortes indícios da presença da música medieval nos modos das canções nordestinas, ou nas melodias cantadas nos rituais católicos, vemos a importância de apresentar um trabalho musical que procura unir palavra e poesia, informação e deleite, música e história.

O Cantus Firmus tem como foco principal o repertório vocal e procura, na execução das linhas melódicas e na articulação do texto, um aprimoramento da interpretação da música medieval (entre os anos de 1125 e 1300) e de todo o período renascentista (de 1400 a 1550).

Os concertos do grupo vocal Cantus Firmus são uma breve aula de história da música, tanto para leigos, quanto para aqueles que já possuem algum conhecimento na área. A falta de aproximação entre o público e a música medieval, fez com que o grupo destinasse seu trabalho para o aspecto didático, trabalhando com a prática da música associada aos comentários e explicações sobre as composições daquela época.

A linguagem utilizada nos comentários das peças musicais sempre procura o tom exato entre a informação bem colocada, a clareza e simplicidade nos dados fornecidos ao público, para que o espectador possa desfrutar da performance do grupo com o máximo de sua atenção, sem ser prejudicado por nenhuma complexidade que venha afastá-lo da fruição puramente musical.

+Sobre Museu de Florianópolis:

Uma oportunidade para se reaproximar do local, construído entre 1771 e 1780. No local, o Sesc instala o Museu de Florianópolis, que preservará a memória da Capital catarinense, utilizando diferentes tecnologias, expondo acervos importantes para a cidade e também com espaço para pensar o presente e o futuro do município.

O Sesc iniciou o processo de implantação do museu, com execução do projeto museológico, aquisição dos equipamentos e contratação de equipes, com investimento de R$ 4 milhões. A previsão de inauguração do espaço é março de 2020. Antes disso, serão realizadas algumas programações pontuais, como esta natalina, para aproximá-lo afetivamente da população.

A Instituição venceu a licitação que concede o uso do bem público por 20 anos e fará a gestão do espaço. Atualmente o Sesc faz a gestão do Cine Teatro Mussi, em Laguna, e do Centro Cultural Vidal Ramos Sesc, em Lages, ambos os prédios históricos importantes para a história de seu povo, das cidades e regiões. Além de desenvolver programações artísticas e culturais em todas as regiões do Estado.

“Desde 2015, temos ampliado o olhar para o Patrimônio Histórico e Cultural no Estado, através de parcerias com o setor público. Com o Museu de Florianópolis o Sesc cumprirá com uma de suas prerrogativas que é fomentar a cultura, em uma visão ampliada, e oferecer à população o acesso a informações, acervos e histórias sobre a cidade, desde o início de sua ocupação até o presente e projetando o futuro”, declara o Diretor Regional do Sesc Santa Catarina, Roberto Anastácio Martins.

O Museu de Florianópolis deve se posicionar no cenário museológico do município como um interlocutor para discutir as questões emergentes, trazer diferentes vozes da população, pensar a história e discutir o futuro. Passa a ser também, um importante espaço de salvaguarda das memórias da transformação urbana, da história de seus povos e das diferentes expressões culturais.

“Será um museu sobre e para a cidade. Onde o município, seus povos e culturas, serão apresentados de inúmeras maneiras: por uma perspectiva histórica, refletindo seu passado, por seu presente e pelas possíveis prospecções de futuros para Florianópolis”, declara o Presidente do Sistema Fecomércio/SC e do Conselho Regional do Sesc, Bruno Breithaupt.

No andar térreo do sobrado histórico de 865m² haverá três salas expositivas: uma destinada para a memória e as histórias da Casa de Câmara e Cadeia; outra para exposições temporárias; e uma sala destinada às histórias orais de vários personagens de Florianópolis. Além disso, conta com uma sala para a reserva técnica e um espaço para as ações educativas, oficinas e palestras.

No piso superior, a sala “Ventos e Marés: De Meiembipe”, “Fluxos e Atravessamentos” e “Florianópolis, Presente e Futuro” abrigarão exposições de longa duração. Haverá ainda um corredor com um Panorama sobre a história de Florianópolis. Além disso, também haverá um anexo na parte posterior do prédio, onde ficará alocada a cafeteria, sanitários e as salas da administração.

Após a abertura, o museu vai funcionar de domingo a domingo. Há previsão de cobrança de ingressos populares, bem como dias de gratuidade para a população e escolas da rede pública. Para a implantação, foi formada uma Comissão Consultiva composta pela equipe do Sesc e por órgãos do município.

+ Informações sobre a Casa de Câmara e Cadeia:
(FONTES: Circuito Cultural de Florianópolis, 2000 e Roteiro Autoguiado do Centro Histórico de Florianópolis, 2011)

Situada na Rua dos Ilhéus, esquina com a Rua Tiradentes, em frente à Praça XV de Novembro, nas proximidades da Catedral e Palácio Cruz e Souza, em localização estratégica e no coração do Centro Histórico, a antiga Casa de Câmara e Cadeia foi construída entre 1771 e 1780, com paredes de pedras argamassadas com óleo de baleia, areia e cal, pelo arquiteto Tomás Francisco da Costa. Foi de grande valor no contexto político social da cidade, onde eram empossados presidentes da província, realizadas festas e bailes oficiais.

Conforme determinava a tradição portuguesa, em seu pavimento superior funcionava a Assembleia Legislativa Provincial, além do Paço da Câmara e do Senado. Em 25 de março de 1888, no seu plenário, foram entregues as últimas cartas de liberdade de escravos da capital. Em seu piso térreo, serviu como cadeia para infratores da lei, rebeldes, escravos e loucos. A cadeia foi desativada em 1930, com a inauguração da Penitenciária no bairro da Agronômica. O sobrado luso-brasileiro foi mudando com as reformas, até, em 1896 incorporou a decoração eclética, com alguns signos barrocos. Nos últimos anos em atividade, o prédio abrigou a Câmara Municipal de Florianópolis.




Cantus Firmus. Foto: Marcelo Aguiar

Polyphonia Khoros

Raphael Galcer

Lívia Corazza

0 Comentários


Deixe seu comentário

* Seu comentário será publicado após avaliação por moderador do SESC-SC
Sesc-SC • Todos direitos reservados © Sesc-SC • Acessibilidade (shift+alt+y) • Produzido por DNAnet

O Sesc-SC utiliza cookies e tecnologias semelhantes para fornecer recursos essenciais na proteção de dados.
Ao continuar navegando nesta página, você concorda com nossas .