O Clube de Ciências Lupus, do Sesc em Joinville, em parceria com a Associação Joinvillense para Integração dos Deficientes Visuais - AJIDEVI, promoveu no dia 10 de novembro, uma palestra sobre deficiência visual. A iniciativa partiu de uma das integrantes do clube, que com os demais colegas viabilizaram o evento.
Foram convidados para assistir a palestra os alunos do sexto ano vespertino da Escola Sesc, com a professora de Matemática, Marinez de Oliveira Aguiar, com 17 alunos, que compareceram e estavam curiosos sobre a fala. A palestrante foi Talita Bolduan, deficiente visual, professora de letras e escritora que ao chegar no local de sua fala utilizou a bengala para conhecer a Sala.
“Para nós já foi uma ação interessante, pois por falta de contato nem pensamos em como um deficiente visual reconhece os ambientes”, registra Alice Wilma membro do clube. Talita relatou que cresceu com baixa visão e que conseguia executar atividades rotineiras, porém ao longo do tempo a visão foi diminuindo até que a perdeu por completo. A convidada, com fala cativante, contou um pouco de sua história, das suas dificuldades e do seu dia a dia tornando a palestra informativa, interessante e proveitosa.
É comum se pensar que um deficiente visual seja privado de diversas coisas, contudo, com os recursos tecnológicos atuais, os deficientes podem viver sua vida normalmente. O Be My Eyes é um exemplo de aplicativo que conecta pessoas videntes com pessoas deficientes visuais, para auxiliá-los caso eles necessitem ver a validade de alimentos, identificar a cor das roupas ou identificar quem está em uma foto.
Outro exemplo de como a tecnologia auxilia essas pessoas é o aplicativo que realiza a leitura da tela, identifica outros aplicativos e que pode ser utilizado em celulares e computadores. A importância da tecnologia para os deficientes visuais ficou nítida na fala de Talita, já que facilita a rotina do deficiente permitindo que coisas básicas do dia a dia sejam feitas.
A professora levou ainda livros em braile e mostrou como funciona a leitura e a escrita. Ele ocupa muito mais espaço já que consiste em relevos, que são lidos com os dedos, tornando o livro muito maior do que um livro escrito em tinta. O público reagiu positivamente e aproveitou para fazer perguntas que agregaram à palestra. Todos foram tocados pela experiência de vida dela que se tornou um exemplo para todos que a assistiram.
Colaboração: Ana Cristina Rathunde, Sesc em Joinville.
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