Nesta sexta-feira, dia 15 de outubro, é celebrado o Dia do Professor. Uma data que não só homenageia os profissionais da Educação, mas também enaltece a importância social desta profissão que transforma realidades e potencializa saberes. Com um papel fundamental para a sociedade, os professores participam ativamente da formação da cidadania e consolidação da base de conhecimento que será utilizada pelo resto da vida pelos alunos.
Para marcar a data, apresentamos histórias inspiradoras relacionadas a profissão tão importante para o Sesc Santa Catarina. Atualmente, nossa Rede de Ensino soma mais de 600 profissionais da área na Educação Básica e Complementar, em 23 Escolas.
“Somos gratos a todos os nossos professores pelo comprometimento, cuidado e dedicação. Reconhecemos a habilidade de medir a cobrança e a doação, a firmeza e a amorosidade, o acolhimento e o encorajamento. Desejamos alegria, leveza, intensidade e muitas conquistas”, agradece a Diretora Regional em Exercício do Sesc-SC, Sandra Regina Casarotto Lindorfer.
Conversamos com cinco professores das nossas Escolas, de todos os níveis de ensino, que compartilham suas trajetórias e reflexões, representando o nosso corpo docente. Com entusiasmo e brilho no olhar, eles contam sobre a escolha pela profissão, destacam a melhor parte de ser professor a importância da data.
Confira abaixo as respostas da Caroline Fenali Fernandes, da Educação Infantil do Sesc Araranguá; da Maurita Biffi da Rosa, do Ensino Fundamental do Sesc Brusque; da Amanda Luize de Matos, do Ensino Fundamental da Escola Sesc Palhoça; do Rafael Wionovisk Garcia, professor de geografia da Educação de Jovens e Adultos (EJA Ensino Médio) do Sesc Prainha; e da Fabrícia Brito, do contraturno Criar Sesc em Tijucas e da EJA Sesc Ler.
Quando nasce um professor?
Para Caroline, o desejo de ser professora nasceu das vivências ao longo do seu processo formativo na escola, das relações afetivas traçadas ainda na primeira infância.
"Minhas professoras da pré-escola e do ensino fundamental vivem presentes em minhas memórias afetivas e sinto que carrego um pouco delas em mim, no modo com que me coloco em sala de aula e relaciono-me com as crianças”, conta.
O Rafael também foi influenciado por bons professores e pela família, pois é filho de docentes. “Tenho ótimas lembranças e acredito que meus pais e professores plantaram a semente”, salienta.
A Amanda sempre sonhou em ser professora, e foi inspirada por um parente muito especial. “Meu avô era professor e eu tinha uma admiração imensa por ele”, frisa. Entrou para o Sesc em 2018, como estagiária, foi quando se apaixonou pela alfabetização e decidiu seguir nessa área. “Hoje sou professora regente do 2º ano do Ensino Fundamental, na Escola Sesc Palhoça e continuo me apaixonando diariamente pela minha profissão”.
As dificuldades enquanto aluna levaram a Maurita a cursar pedagogia, para ajudar outras crianças. “Iniciei no Sesc em 2011 como professora de apoio de sala, no ano seguinte em 2012 ganhei minha primeira turma como regente de sala e há 10 anos faço parte da equipe Sesc com muito orgulho”.
E a Fabrícia escolheu a profissão por um acaso do destino. Tudo se encaminhava para ela cursar Assistência Social. Era pré-vestibulanda e trabalhava como secretária escolar em outra instituição. Foi quando uma professora precisou se ausentar por uma emergência, e ela ficou com as crianças. “Foi aí que eu em encantei e decidi fazer pedagogia”, confessa.
Sua jornada também começou como estagiária do Sesc Estreito em 2003. Após a formatura assumiu outros desafios, até voltar ao Sesc como professora em 2006. “Três anos depois realizei outro sonho, de ir para o Nordeste estudar cultura popular e teatro, onde fiquei até 2017”, relembra.
Quando voltou para o Estado não pensou duas vezes e foi logo fazer o processo seletivo para o Sesc, dessa vez na Unidade de Tijucas, onde hoje leciona no contraturno Criar Sesc e também na Educação de Jovens e Adultos.
“Sou amplamente contemplada com as duas coisas que mais amo na vida: educação e cultura. Nesse exercício da profissão, consigo acessar as duas funções com muita plenitude. Me sinto uma profissional completa e feliz com as oportunidades que o Sesc me dá, para que eu possa desenvolver cada vez melhor e com mais alegria o meu ofício”.
Qual é a melhor parte desta profissão?
“É poder acompanhar o processo de aprendizagem de cada criança, ao longo do ano letivo. É aprender e ensinar diariamente, por meio das trocas, vivências, interações, brincadeiras, rodas de conversas e descobertas diárias. É ver o mundo com o olhar da criança, e sentir esperança de um mundo melhor. É saber ser flexível, se reinventar a partir de novas descobertas. É acompanhar a construção do ser, observar que cada criança aprende de um jeito e em tempos diferentes e que esses processos precisam ser respeitados”, reflete Caroline.
Segundo ela, não há coisa mais rica do que ensinar uma criança a escrever seu nome, a ver o mundo com outras perspectivas. “Nada mais gratificante que um abraço, um sorriso sincero, ao aprender algo novo. A melhor parte desta profissão, é receber o amor mais puro, sincero e singelo do mundo, em pequenas ações diárias, seja por meio de um olhar curioso ou de um sorriso agradecido”.
A Amanda concorda: “Com certeza o carinho das crianças, as cartinhas, o ‘eu te amo prof.’ ou o ‘senti saudades de você’. Esses pequenos gestos são a melhor parte para mim, é o que me faz querer ser sempre uma professora melhor”.
A Fabrícia enfatiza os momentos de escuta. “Amo estar com as crianças e com os adultos, e ouvir o que eles têm a dizer. Mais do que transmitir conhecimento, eu aprendo demais com eles. No caso da EJA, os alunos têm uma oralidade incrível e muita história de vida para compartilhar. Através dessa escuta, a gente consegue ser um ser humano melhor e um profissional melhor”.
Já o Rafael destaca a beleza de acompanhar a transformação do aluno, principalmente quando os estudantes conseguem compreender a Educação como um direito. “É muito bonito o momento em que eles se dão conta que a Educação não é só uma ferramenta para o mercado de trabalho, mas sim uma forma de ampliar a visão, para poder realmente enxergar o mundo”.
Na sua opinião, ser professor do Sesc dá uma liberdade grande para escolher os caminhos pedagógicos em sintonia com as expectativas. “Gosto muito de ser professor da EJA, a relação com alunos que já têm uma trajetória é enriquecedora, e suas histórias dão contexto às aulas. A gente consegue fazer com que o conteúdo ganhe sentido, que tenha relação com a vida deles. Tanto que não concordo quando o aluno que ficou um período mais longo afastado da escola fala em ‘tempo perdido’, pois suas vivências anteriores fazem a diferença. Prefiro enfatizar na decisão de voltar a estudar”.
O que significa o Dia do Professor para você?
Para Maurita, o Dia do Professor “é um momento de reflexão sobre a prática no processo aprendizagem das crianças e também a valorização desta profissão que escolhi e que amo de paixão”.
“É o dia de pensarmos em nossa profissão e em como podemos ser melhores. É olhar para si e para os seus alunos e ter a certeza que está no caminho certo, transformando a vida das crianças de forma positiva e, consequentemente, transformando a minha também”, reforça a Amanda.
Para Fabrícia é uma oportunidade de dialogar e mostrar para os brasileiros o quanto essa profissão é importante e faz a diferença na vida das pessoas. O Rafael concorda e reforça o lado positivo desse respiro. “A gente enfrenta muitos desafios diariamente e é importante podermos parar para refletir sobre a prática e recarregar as energias”.
Por fim, a Caroline recorda do juramento que fez no dia em que se formou professora. “Prometi enfrentar os desafios que a Educação propõe, dentro e fora da sala de aula, sempre com amor, sabedoria e competência, buscando novos caminhos, firmando o compromisso com a educação, com a responsabilidade que nos é posta”.
Na visão da educadora, a data remete ao carinho, admiração e respeito mútuo aos mestres. “Um dia afetivo, com histórias e lembranças de cada criança e turmas, que passam por nossa vida, nos constituindo, verdadeiramente docentes. Significa amor, zelo, cuidado e a certeza da importância da nossa profissão para a construção de um mundo melhor. É saber que por mais que o tempo passe, você, professor, sempre será lembrado por suas crianças e famílias, como alguém especial, com apreço e respeito. Significa colecionar momentos e reafirmar o compromisso que nos é orientado frente à Educação e a sociedade”, finaliza Caroline.
Origem do Dia dos Professores
No Brasil, a origem das comemorações do Dia dos Professores é muito antiga, estando presente desde o início da construção da sociedade brasileira como a conhecemos hoje. Em 1827, durante a monarquia, Dom Pedro I instituiu, em 15 de outubro, um decreto imperial, cuja resolução estabelecia a criação do ensino elementar no país.
A data inspirou uma comemoração especial. Em 1947, um professor de São Paulo chamado Salomão Becker sugeriu a outros colegas o dia 15 de outubro para ser um dia de descanso e de reflexão sobre os rumos do ensino. A iniciativa acabou se espalhando para outras escolas paulistas e, depois, para instituições de todo o país. Assim, em 1963, o Dia dos Professores foi oficializado como feriado escolar em todo o Brasil pelo Decreto Federal 52.682.
Parabéns professores do Sesc-SC!
Matrículas abertas!
Estamos com matículas abertas para Educação Infantil (creche e pré-escola), Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Criar Sesc (contraturno escolar).O Edital com todas as informações, calendário e orientações necessárias aos pais e responsáveis está disponível em: www.sesc-sc.com.br/escola
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