Capacitação para segurança escolar
Entre os dias 19 e 21 de julho, o Departamento Regional realizou o encontro da Rede Sesc-SC de Ensino para formação da equipe de segurança escolar no Hotel Sesc Cacupé, em Florianópolis. O time de analistas da área de Educação, que esteve à frente da capacitação, contou com o apoio de especialistas de mercado na condução do evento.
No primeiro dia, 19 de julho, foram abordados dois assuntos principais: a concepção de criança e a educação do Sesc, e a temática "Família, escola e sociedade: o relacionamento com famílias e estudantes". Fernanda Mello de Moura, Analista de Educação responsável pela Educação Infantil do Sesc-SC, reconhece a relevância dos profissionais envolvidos na rotina escolar e a importância de todos estarem consoantes à proposta de educação oferecida pelo Sesc.
Na foto: Analista de Educação, Junior Cesar Mota, Psicóloga Escolar, Jaqueline Bulin Vieira, e a Analista de Educação, Fernanda Mello de Moura.
“A escola é composta por diversas peças, e todas as peças são muito importantes para que a gente entregue uma educação de qualidade e de bem-estar, para que as crianças se desenvolvam de uma forma plena e integral.
Os inspetores escolares são os nossos olhos, nossos ouvidos. Eles conhecem todos os alunos e são importantes para o bom funcionamento da nossa escola”, afirma.
No segundo dia do evento, o foco foi o fenômeno social da violência e a relação com a educação.
Psicóloga Escolar da Rede Sesc de Ensino, Jaqueline Bulin Vieira destaca a importância de se falar sobre saúde mental com os profissionais que as crianças e os adolescentes têm como referência de segurança.
“Essa formação é muito importante, pois nós sabemos da influência dos fenômenos de violência no processo de subjetividade humana e também de saúde mental das crianças e adolescentes. Organizar e estruturar um protocolo de segurança escolar é também um fator de promoção da saúde mental e fortalece os processos de ensino e a de aprendizagem da escola”, pontua.
A identificação de comportamentos suspeitos, os procedimentos de segurança e a comunicação eficaz em situações de emergência também foram abordados nesse dia. Nádia Helena de Souza trabalha como segurança na portaria da Unidade Prainha. Segundo ela, “se algum dia for preciso que eu me dedique à segurança da unidade escolar, já tenho esse preparo. É muito bom contar com essas capitações, para que todos os profissionais andem juntos, com a mesma visão sobre os nossos propósitos”.
Para Bruno Mafra, da unidade de Tijucas de Educação Infantil, a capacitação contribuiu para que ele ampliasse a visão sobre a atividade que desempenha no cotidiano escolar.
“Como atuo na linha de frente, pais, alunos e professores passam por mim todos os dias. É importante desenvolver o olhar ampliado sobre a minha função no cotidiano escolar, e não ser apenas o inspetor de “cara fechada”. Meu trabalho envolve amor, carinho, afeto, comunicação”, explica.
Na foto: Sidney Fraga Santos, inspetor de alunos na unidade Joinville, Bruno Mafra, da unidade de Tijucas de Educação Infantil, Lilian Brunetto Giani, auxiliar de classe da unidade São Miguel do Oeste, e Nádia Helena de Souza, segurança na portaria da Unidade Prainha.
No período vespertino do dia 20 de julho, o encontro explorou, de forma mais aprofundada, o amparo legal para a proteção de crianças e adolescentes. O tema foi abordado sob a perspectiva da interface entre as polícias públicas, a sociedade e a rede de atendimento e proteção. Sidney Fraga Santos, inspetor de alunos na unidade Joinville, reforça a importância dos conteúdos recebidos para a prática diária da profissão. “Nós podemos lidar com os pais, com as famílias e com colaboradores de maneira mais eficaz, atuar de forma mais preventiva e trazer para a unidade mais proteção a todos”, conclui.
No dia 21 de julho, o foco foi no aprofundamento das questões relacionadas à saúde mental e à acessibilidade, tema conduzido pela Psicóloga Escolar Jaqueline Bulin Vieira e pelos analistas Fernanda Mello de Moura e Junior Cesar Mota, que integram a equipe de Educação do Departamento Regional do Sesc Santa Catarina.
“Reforçamos a ideia de que a segurança escolar é pautada no afeto, na acolhida, na confiança e no aconchego que muitas vezes as crianças não têm em outra instância social e procuram na escola, na figura de um inspetor. Isso vem ao encontro da proposta do Sesc, que é pautada no interacionismo: interação, diálogo, conexões interpessoais, e fortalece a questão da segurança escolar. Nós entendemos que a escola deve ser um local seguro, onde se possa estabelecer o processo de ensino e de aprendizagem da melhor forma possível”, explica Mota, Analista de Ensino Fundamental e de Educação de Jovens e Adultos.
A auxiliar de classe da unidade São Miguel do Oeste, Lilian Brunetto Giani, relata que a capacitação permite que toda a rede de ensino tenha um protocolo de atendimento às crianças e seus familiares. “Estamos recebendo orientações para que todos os inspetores escolares tenham um comportamento afetivo e saibam receber não só as crianças, mas também a família de uma forma acolhedora, mantendo o ambiente agradável a todos: crianças, colegas de trabalho, professores, direção”.
Próximos passos
A formação da equipe de Segurança Escolar faz parte de um projeto abrangente do Sesc-SC para intensificar a segurança nas escolas. Além da capacitação ampla e continuada desses profissionais, estão em estudo um protocolo próprio de segurança, personalizado para atender às necessidades específicas das escolas do Sesc Santa Catarina, um sistema de videomonitoramento nas escolas, com o intuito de fortalecer a proteção dos estudantes e da comunidade escolar (em estudo), além de campanhas de sensibilização direcionadas aos alunos e familiares e um canal interno de acolhida, que visa identificar oportunidades de melhorias em relação ao assunto.
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