Professores do Sesc recebem capacitação no "Método de Singapura" para o ensino de matemática e ciências


25/09/2018 - Atualizado em 25/09/2018 - 669 visualizações

O sistema de ensino de Singapura, um pequeno país localizado no sudeste da Ásia, é conhecido hoje como um dos melhores no mundo. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), um teste trienal realizado em dezenas de países, está em primeiro lugar em matemática, ciências e leitura.

Atento ao que está acontecendo de bom no mundo e buscando aprender com experiências de sucesso, o Sesc Santa Catarina inicia a implantação desta metodologia em suas escolas, prometendo levar aos estudantes do Ensino Fundamental um novo patamar de qualidade. Para isso, o primeiro passo é a capacitação dos professores, realizada em uma parceria com o Instituto Ayrton Senna, os sistemas Fiesc-Sesi e Fecomércio-Sesc, no âmbito do Movimento Santa Catarina pela Educação.

Formação de professores

Entre os dias 18 e 20 de setembro, 35 docentes do Ensino Fundamental 2 das Escolas Sesc e Sesi em Chapecó, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça e Rio do Sul participaram de uma formação em Florianópolis, onde foram compartilhadas práticas pedagógicas inovadoras no ensino de matemática e ciências. As atividades foram conduzidas por professores da Rede de Ensino do Sesc e Sesi que participaram da primeira etapa da formação intitulada “O Segredo de Singapura para o sucesso em Ciências e Matemática”, realizada em Joinville (SC), em março deste ano. Os educadores tiveram a importante missão de multiplicar entre os colegas os conhecimentos adquiridos anteriormente com os professores especialistas de Singapura, Dr. Kok Siang Tan, da área de Ciências, e Dr. Boon Liang Chua, da área de Matemática do NIE International..

Parceria com Instituto Ayrton Senna

De acordo com o Diretor de Desenvolvimento Global do Instituto Ayrton Senna, Emílio Munaro, este método possibilita uma real aprendizagem, pois além do conteúdo, desenvolve habilidades socioemocionais, que contribuem para a formação do aluno enquanto ser humano integral. “Em um primeiro momento, eles ficam mais curiosos e engajados, com o passar do tempo vão se tornando mais criativos e desenvolvem o raciocínio lógico. No final, o que vemos são estudantes que param para pensar, que refletem e questionam até mesmo o seu próprio aprendizado, que não são simplesmente repetidores de conhecimentos, mas sim protagonistas de suas próprias vidas”, comenta Murano.

Serão impactados com a metodologia aproximadamente mil estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) da Rede Sesc de Ensino. Na primeira etapa, ela será aplicada nas Escolas do Sesc Chapecó, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça e Rio do Sul.

Para o gerente de Educação do Sesc, Valdemir Klamt, o “Método de Singapura”, vai ao encontro da linha pedagógica da Instituição, que estimula a criatividade, a reflexão e a autonomia, com o objetivo de formar integralmente estudantes críticos e participativos, capazes de articular os conhecimentos construídos na escola, junto aos seus pares e seus professores. “Poder contar com a experiência de Singapura, que fez uma revolução grandiosa em seu sistema de ensino, é mais um reforço em nossa busca por oferecer uma educação na qual aprender é um hábito. Uma educação na qual os estudantes são ensinados a como aprender, a pensar e a resolver problemas”.

Educadores compartilham o que aprenderam  

Das Escolas Sesc, os professores Cleberson de Lima Mendes, de Joinville e Natália Caron Kitamura, de Jaraguá do Sul, foram os ministrantes da formação, encarregados deste desafio de compartilhar com as equipes tudo que aprenderam. Para Cleberson, professor de matemática do 6º ao 8º ano, foi uma oportunidade de socializar e engajar os demais professores nessa causa, através de sua experiência. “Eu fui cutucado e convidado a sair da zona de conforto, a inovar mais em sala de aula, pensar em algumas práticas pedagógicas e em novas metodologias. Quando retornei do curso em março, consegui repensar a sala de aula, o trabalho com os alunos e reinventar o meu espaço escolar”, conta. Dentro do seu planejamento, passou a buscar estratégias para atingir o maior número de alunos, torná-los mais ativos e participativos, com um aprendizado mais significativo. “Coloquei em prática a metodologia de resolução de problemas, que dentro do método de Singapura é o centro de todo o currículo e se estende à vida. Independente da matemática, estamos sempre resolvendo um problema, buscando uma solução, uma alternativa”, complementa Mendes.

Experiência renovadora 

Natália, responsável pela disciplina de ciências do 6º ao 9º ano, considera uma experiência diferente e desafiadora, mas estava bem preparada para passar um pouco de Singapura aos colegas. “Replicamos tudo que aprendemos, as mesmas práticas pedagógicas, teorias, experimentos, possibilidades e ferramentas possíveis de utilizar em sala de aula”, conta. Para ela, participar do treinamento com os mestres asiáticos foi uma experiência renovadora. “Conseguimos entender muito da nossa vida como docentes, mudar alguns hábitos, reconhecer as necessidades e expectativas dos alunos, o quanto precisamos instigá-los no processo de investigação, para que despertem o interesse pela Ciências e reconheça a disciplina como parte da vida”, conta. Segundo ela, o retorno dos estudantes em relação as novas práticas são bem positivos. “De fato estamos conseguindo perceber a construção do conhecimento de forma diferenciada”, reforça a professora.

Matemática e ciências

E por que matemática e ciências? Emílio Munaro, do Instituto Ayrton Senna, explica que quando o aluno é instigado a resolver um exercício matemático de forma colaborativa, ou participar de uma experimentação de ciências, é possível estimular a fala, a comunicação e o trabalho em equipe, bem como despertar a criatividade, o desejo de saber e de aprender. “Isso interfere diretamente em todas as outras competências e capacitações deste estudante, não necessariamente atrelados a um conteúdo cognitivo. Ao trazer o lúdico para o ensino de ciências tão exatas quanto essas, podemos potencializar o aprendizado em quaisquer outras disciplinas”, explica Murano.

Sesc investe continuamente na qualificação dos educadores


Para garantir a excelência, o Sesc promove a qualificação dos professores de sua Rede de Ensino, através do projeto “Formação de Educadores”. A ação é composta por cursos que agregam valor, que contemplam os grandes temas da educação e que relacionam teoria e prática. Em 2018, 490 educadores foram capacitados no tema “Metodologias ativas”. No ano anterior, trabalhou-se os motes do professor narrador de histórias, do professor escritor, do professor partícipe da inclusão de estudantes com síndromes e deficiências, atingindo 450 profissionais.

Para a Instituição, o professor deve ser um profissional atualizado, preocupado não mais com a tão datada transmissão de conhecimentos, mas sim, em ser um sujeito que sabe se comunicar, que pesquisa, que relaciona e que cria. O Sesc almeja que seus docentes possuam estas qualidades e investe nisso, pois acredita que a entidade trabalha em prol de sua clientela e também tem um compromisso com o desenvolvimento do Estado.

A Rede de Ensino Sesc Santa Catarina, que conta com 21 Escolas de Educação Infantil Bilíngue (Creche e Pré-Escola), 13 de Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) em quatro cidades, projeto Habilidades de Estudo (contraturno escolar) em 17 unidades e projeto Horizonte (contraturno escolar) em três unidades. O Sesc oferece também, em conjunto com o Senac, o Ensino Médio e Técnico em Programação de Jogos Digitais, em Palhoça. Os pais e/ou responsáveis com interesse em conhecer a estrutura da escola devem entrar em contato com a Unidade do Sesc mais próxima e agendar visita.

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