O
projeto Papyrus desenvolvido pela Sala de Ciências em parceria com as turmas do
7º ano A e B da Escola Sesc em Joinville teve seu encerramento celebrado com
êxito. As atividades foram desenvolvidas durante o período de outubro a
dezembro, sob orientação do Prof. Cleberson de Lima Mendes, responsável pela
disciplina de Matemática e pela Profa. Karoline Trinks, que ministra a
disciplina de Ciências na Unidade, sempre acompanhados pelos estagiários da
Sala de Ciências e a Técnica da Educação Complementar, Ana Cristina Rathunde.
A partir da temática sobre reciclagem e o uso consciente de papel, os alunos
foram estimulados a discutir e refletir sobre importantes questões ambientais,
bem como, questões sociais e políticas voltadas à conservação de recursos
naturais e ao desenvolvimento sustentável.
Inicialmente, os alunos participaram de uma palestra para apresentação do
projeto e para que conhecessem os processos de produção e reciclagem do papel.
A partir da desse momento, os estudantes sentiram-se engajados para o compromisso
individual e coletivo com as ações do projeto, e divididos em grupos,
personalizaram uma camiseta para criação de uma logo e nome do grupo para sua
identificação nos setores.
Essas equipes escolheram um setor do Sesc para acompanhar e registrar a quantidade
de papel que esses setores encaminham para reciclagem. Esse acompanhamento foi
realizado durante três semanas, o papel recolhido foi armazenado na Sala de
Ciências para ser reciclado ou encaminhado para destinação adequada.
Após esse período, nas aulas de matemática, os alunos elaboram uma tabela com o
comparativo da quantidade de papel recolhido, calcularam o percentual de
variação entre uma semana e outra, elaboraram gráficos e tabelas para
interpretação dos dados. No final, produziram um informativo com papel
reciclado com a finalidade de levar a cada setor as informações produzidas
durante as etapas de coleta de papel, bem como, sugestões para o uso consciente
desse material.
Já nas aulas de Ciências, ocorreu a produção de papel reciclado, com a
pigmentação do papel por meio de extratos naturais, utilizando beterraba e
couve. A atividade foi elabora de duas maneiras: i) extração dos pigmentos por
meio de fervura, e após a extração, tingir o papel com o líquido colorido
utilizando o pincel; e ii) na fabricação do papel reciclado incluindo as
verduras no momento de bater o papel no liquidificador. No total foram
recolhidos aproximadamente 15 kg de papel, que totalizaram em torno de 3000
folhas descartadas.
A culminância do projeto aconteceu em dois momentos. No primeiro, com uma
oficina de papel reciclado com a participação dos pais na Mostra de Artes e
Ideias, onde os alunos explicaram como funcionou o projeto e junto com sua
família produziram o papel reciclado, utilizando também a técnica de extração
de pigmentos, desenvolvida na oficina para a fabricação dos papeis, pigmentos
de beterraba e folhas verdes. O segundo momento, contou com a presença do
gerente da Unidade, Josué Rubens Kleinhempl, que ouviu dos estudantes os
resultados do projeto, além de sugestões e preocupações no que tange o uso de
papel pelos setores envolvidos.
Segundo a aluna Gabriela Corrêa Trisnoski, do 7 ºB, ficou evidente que o
trabalho desenvolvido trouxe resultados positivos. “Eu gostei muito do projeto.
Achei uma experiência muito prazerosa e única. Acho que nos próximos anos, quem
passar pelo 7º ano deveria ter essa experiência, portanto o projeto deveria
continuar. Foi um prazer fazer parte desse projeto. É uma sensação muito boa de
ter o papel pronto e usá-lo. Espero que a gente tenha conscientizado todos os
setores a não abusarem na quantidade de papel. Quando paramos para pensar,
percebemos o grande erro que fazemos ao gastar tanto papel e quanto isso afeta
o planeta”.
Para os professores, a prática possibilitou significar os conhecimentos
trabalhos em sala de aula, tecendo uma trama de experiências com questões do
cotidiano que valorizam o aprendizado. Foi possível sensibilizar os alunos para
prática de hábitos e atitudes que favoreçam a conservação ambiental e
valorização pela natureza, bem como, de pertencimento como agente transformador
no meio em que está inserido, tornando um ser defensor do meio ambiente, além
de inseri-lo como um ser crítico e social frente a sociedade em que
vivemos.
Colaboração: Ana Cristina Rathunde, Sesc
em Joinville.
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