Volta às aulas: como preparar a crianças para o início do ano letivo


06/02/2020 - Atualizado em 06/02/2020 - 577 visualizações

Início de ano, início das aulas, início do novo. Independente da turma, da idade ou da escola, tem sempre novidades e, muitas vezes, ansiedade. Na Rede de Escolas Sesc este dia está chegando! Na próxima semana, 9.102 estudantes voltam às aulas em todas as regiões do Estado.

Na segunda-feira, dia 10/02, a Instituição recebe os alunos da Educação Infantil, a partir de 4 meses, com creche e pré-escola. Na quarta, dia 12/02, é a vez dos alunos do Ensino Fundamental, do Habilidades de Estudo, Ensino Médio e Técnico em Programação de Jogos Digitais em Palhoça, e Educação de Jovens e Adultos (EJA) voltarem aos bancos escolares.

E como as os pais podem se preparar para auxiliar seus filhos para este momento tão importante, após um longo período de férias?

Engana-se quem pensa que para as famílias este é um momento fácil de enfrentar. Deixar os filhos, sejam eles marinheiros de primeira viagem ou veteranos, sem levar consigo um sentimento de culpa é para poucos. Cada família tem sua forma de organização e critérios para o início do ano escolar. Cabe à escola transmitir segurança, confiabilidade e conforto a quem está chegando para mais um ano. “Os pais precisam entender que as crianças necessitam ter rotina e responsabilidade e que a escola é um dos primeiros espaços em que elas têm esta experiência”, salienta a educadora e analista de Programação Social do Sesc, Rossane Aparecida Dotti Santos.

Antes de iniciar as aulas ou nos primeiros dias, as Unidades do Sesc realizam reuniões para apresentar as equipes, a proposta pedagógica e os espaços escolares. “É muito importante se fazer presente, pois é o momento em que orientamos sobre a adaptação, esclarecemos as dúvidas, escutamos as angústias e preocupações”, reforça Rossane. “Escola, crianças e famílias fazem parte de um ‘todo’ que é único e imprescindível. E, para esse ‘todo’ acontecer, a parceria e a integração são fundamentais”.

Dicas para os pais:

1 - Organize a volta à escola com as crianças, como uniforme, material escolar, transporte, horário de dormir, etc.
2 - Transmita segurança.
3 - Cumpra os combinados, como o horário que irá buscá-lo na escola.
4 - Não barganhe com o filho para que ele vá à escola.
5 - Ouça com atenção como foi seu dia.
6 - Realize a tarefa com as crianças, percebendo como acontece a sua aprendizagem.

O momento da adaptação escolar

Pode ser a primeira vez na vida em uma escola. Ou em uma nova instituição e até mesmo na transição de uma série para outra. O fato é que a adaptação escolar é um momento delicado para todos que a vivenciam. Por isso, é importante que a família e a escola trabalhem em conjunto, para que consigam criar vínculos fortes e ajudem a criança a passar por esse momento de transição.

“Cabe aos pais passar confiança às crianças e sustentar com segurança o período de adaptação. E à escola acolher os alunos e suas famílias, mostrando seu comprometimento com o bem-estar e a educação das crianças”, salienta a educadora Fernanda Mello de Moura, analista de programação social do Sesc. “Esse processo é permeado pelo novo: um novo espaço, novas pessoas, novas rotinas. A construção de laços de afeto é o caminho pelo qual família e escola passarão para que consigam equilibrar esta relação e transformar o desconhecido, em algo conhecido e mais confortável”.

Segundo Fernanda, a despedida é o momento mais delicado da adaptação. “Muitas crianças choram e deixam os pais inseguros. Nestas horas, é importante ser carinhoso, mas firme e se despedir sem delongas. Dizer à criança o que vai acontecer, passa segurança. Por isso, é preciso dar um abraço, um beijo, dizer que vai embora, mas volta, daqui a pouco, e realmente ir embora. Voltar, após se despedir, vai demonstrar falta de confiança, vai deixar a criança ansiosa e preocupada com a próxima despedida”, explica.

A educadora também orienta a não sair de fininho, enquanto a criança está distraída. “A apreensão do pequeno quando se der conta de que o pai não está mais com ele, dificultará a construção de confiança tão necessária neste momento. Importante lembrar que crianças pequenas entendem melhor as emoções passadas pelos adultos do que as suas falas. Portanto, faz mais sentido demonstrar confiança, do que dizer que está tudo bem”.

A adaptação acontece de forma diferenciada entre as crianças. Cada uma reage de maneira peculiar: algumas choram, o que não quer dizer que elas não vão conseguir brincar e se distrair quando os pais forem embora. “É bem comum, chorarem enquanto a família está por perto, mas, a partir do momento que percebem que os pais foram embora, se acalmam.

Outras crianças não choram, mas não significa que já estejam adaptadas, elas podem demonstrar seus sentimentos de outra forma”. A duração da adaptação depende de muitos fatores e, portanto, varia de criança para criança. No entanto, é importante frisar que é a rotina que vai fazer com que ela se acostume ao novo espaço e desenvolva uma relação positiva com os professores.

Colaboração: Rossane Aparecida Dotti Santos e Fernanda Mello de Moura, Analistas de Programação Social do Sesc/SC - Educação

A Rede de Escolas Sesc Santa Catarina conta com Educação Infantil Bilíngue (Creche e Pré-Escola) em 23 Unidades, Ensino Fundamental em 15, Educação de Jovens e Adultos (EJA) em 4 cidades e Projeto Habilidades de Estudo (contraturno escolar) em 18 unidades. A Instituição oferece também Ensino Médio Técnico em Programação de Jogos Digitais em conjunto com o Senac, em Palhoça.

A Escola Sesc conta com uma metodologia que estimula a criatividade e a reflexão, por meio de conteúdos curriculares que dialogam com projetos transversais de empreendedorismo, alimentação saudável, sustentabilidade, tecnologia e artes.

De acordo com o diretor de Programação Social do Sesc-SC, Eduardo Makowiecki Júnior, a escola é o lugar que transforma, que inova e que amplia a compreensão do mundo. “O foco da Escola do Sesc é a criação de sentidos para o aluno, o prazer de aprender, o desenvolvimento de competências socioemocionais, a interação social, o diálogo com as famílias e a construção de valores sólidos”.



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