O Sesc chegou à segunda década de existência dosando responsabilidade, criatividade e capacidade de adaptação ao novo com maestria. Foi um período em que a expansão se deu de forma rápida. A relação cada vez mais próxima com os comerciários e a sociedade em geral permitiu oferecer serviços e estruturas físicas cada vez mais completas. Em pouco tempo, montou-se uma grande rede de Centros de Atividades, focada em educação, cultura, recreação e ações médicoassistenciais. O novo Sesc encantava a todos com sua visão de futuro e com a qualificação e o comprometimento do corpo funcional.
1958
Instalou a Delegacia de Itajaí em 1958, quando o porto da cidade se consagrava como um importante terminal madeireiro. Quatro anos depois de inaugurada, a Delegacia do Sesc se transformou em Centro de Atividades, ampliando o atendimento à população, que não parava de crescer – tanto em número quanto em demandas sociais.
1960
Enquanto isso, na Serra catarinense, o Sesc fazia em 1960 a sua estreia em Lages, uma região também em pleno ciclo da madeira, assim como vimos em Itajaí, e outro importante centro de efervescência política – o então vice-presidente do Senado Federal, Nereu Ramos, havia assumido a presidência da República em 1955, tornando-se Ministro da Justiça no ano seguinte. O ciclo da madeira trouxe, além de serrarias e madeireiras, atividades paralelas, como oficinas mecânicas, borracharias, fábricas de carrocerias e fábricas de móveis. O comércio local acompanhou o crescimento, multiplicando-se em bares, armazéns, bancos e lojas, e atraindo pessoas de vários lugares.
1963
Em 1963, para atender o crescimento de comerciários, a Delegacia Municipal do Sesc se elevou a Centro de Atividades. Esse mesmo movimento de substituição das Delegacias por estruturas mais completas e autônomas chegou a Joinville e a Laguna em 1962.
Nesse período, surgia no país uma nova concepção pedagógica. Tendo à frente o filósofo suíço Pierre Furter, difundia propostas em torno da bandeira da educação permanente. Partia do pressuposto que “o homem é um ser inacabado, que tende à perfeição e, por isso, se educa”; em consequência, a educação torna-se um processo contínuo que só termina com a morte”. Levar educação às crianças além do turno escolar oficial, por exemplo, como o Sesc propunha, era uma maneira de vivenciar essa filosofia. Educar, para o Sesc, sempre foi mais do que cumprir conteúdo didático. Era proporcionar as bases para um desenvolvimento continuado e um papel ativo na sua comunidade.
Também no início dos anos 1960, e estimulados por essa nova realidade de atuação, Blumenau passa a ter um Centro de Atividades, oferecendo cursos de corte e costura, jogos de salão, serviços de biblioteca e recreação infantil.
1963
Em Florianópolis, até 1959, o Centro de Atividades funcionou no Edifício Scheidemantel, na Rua Saldanha Marinho, onde se implementou o primeiro campo de estágio de Serviço Social do então recém-criado curso da Fundação Vidal Ramos, responsável pela Faculdade de Serviço Social (em 1982, o curso foi incorporado à Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC). O Sesc era um dos órgãos mantenedores da Fundação. Nesse mesmo ano, transferiu-se para a Praça da Bandeira, ocupando um edifício compartilhado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O local também serviu de base para o Departamento Regional do Sesc e para as presidências dos Conselhos Regionais das duas Entidades. Diz-se que o espaço nunca chegou a ser inaugurado oficialmente, já que o ato solene ficou na dependência da agenda do presidente da República na época, Jânio Quadros, que jamais confirmou presença. No ano de 1963 foi concluído o Ginásio de Esportes Charles Moritz, um centro esportivo coberto com capacidade para 3 mil pessoas. Era um equipamento que fazia falta na cidade e em cuja inauguração recebeu um concorrido jogo de basquete entre o Clube Doze de Agosto e o time do Flamengo.
1964
Em 1964, o Sesc atravessa a Ponte Hercílio Luz e abre o segundo Centro de Atividades da Capital, no Bairro Estreito, região continental. A ideia era dividir a crescente procura por atendimento pela população do Estreito na Unidade do Centro. O comércio se intensificava por aquelas bandas e, além disso, a ligação Ilha-continente era feita apenas pela velha Hercílio Luz – única travessia rodoviária sobre o oceano de 1926 a 1975, o que dificultava o acesso do público crescente de comerciários à região central da Capital. Foi escolhida como endereço a Rua Fúlvio Aducci.
A adaptação integra a série de posts "Histórias que fazem o Sesc" em comemoração aos 71 anos do Sesc em Santa Catarina.
Confira os artigos publicados:
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