Você não está sozinha: Um guia para combate à violência contra mulheres


09/03/2022 - Atualizado em 14/03/2022 - 3041 visualizações

Na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (03/08) reforçamos a importância de falar sobre violência doméstica e sobre o direito das mulheres a uma vida com segurança, liberdade e paz.

Para prevenção à violência de gênero, compartilhamos o guia “Você não está sozinha”, criado pelo Departamento Nacional do Sesc em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com informações importantes relacionadas ao tema.

Presente em toda sociedade a violência atinge mulheres independentemente de classe social ou econômica, etnia, cultura, idade, grau de escolaridade, orientação sexual ou religião. Todos os dias, somos impactados por notícias de mulheres que sofreram violência ou que foram assassinadas por seus companheiros ou ex-parceiros.

Não se cale ao presenciar situações de violência!

Quando a violência existe em uma relação, ninguém deve se calar! Deixar de interferir em um relacionamento violento pode facilitar a ação do agressor ou agressora. Muitas pessoas têm a percepção de que esse tipo de comportamento é algo distante da sua realidade, fora de seu ciclo de convívio, porém a agressão acontece mais perto do que se imagina.

“Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Mas não é bem assim. No período de isolamento social, durante a pandemia, em que o convívio gerou mais tensões entre as pessoas, muitos casos surgiram e os existentes se tornaram mais frequentes ou evidentes. Em briga de marido e mulher, você pode meter a colher sim.

Para diminuir os números, é preciso não reproduzir pensamentos de que o companheiro da vítima “sabe o que está fazendo”, ou que a mulher “apanha porque gosta ou provoca”, ou ainda de que “não é um problema meu”. Ao agir dessa forma, a violência é legitimada.

Clique aqui para baixar a cartilha “Você não está sozinha” e fique atenta a qualquer sinal!

 

Saiba mais:

Consequência da Violência

Sabe-se que a violência contra a mulher é um dos mais graves problemas sociais que ainda persistem no país. Ela ocorre diariamente nas cidades brasileiras, estando o agressor, na maioria das vezes, bem próximo, dentro de casa, sendo o companheiro, marido ou namorado.

A violência contra mulheres e meninas é uma das violações de direitos humanos mais prevalentes no mundo. Em todo o mundo, estima-se que uma em cada três mulheres experimentará abuso físico ou sexual durante a vida. A violência baseada em gênero mina a saúde, a dignidade, a segurança e a autonomia de suas vítimas, mas permanece envolto em uma cultura de silêncio.

As vítimas de violência podem sofrer consequências para a saúde sexual e reprodutiva, incluindo gravidezes forçadas e indesejadas, abortos inseguros, fístula traumática, infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV, e até a morte. A discriminação e a violência de gênero ainda estão generalizadas e diminuem as oportunidades de que as mulheres dispõem, além de negar-lhes a possibilidade de exercer plenamente seus direitos humanos básicos.

Tipos de agressões

A agressão física não é a única manifestação contra a mulher. Existem diferentes formas de violência doméstica e familiar que se enquadram nesse tipo de crime, e que muitas vezes não são reconhecidas pela própria vítima. São elas: violência física; violência psicológica; violência sexual; violência patrimonial; e violência moral.


A dificuldade da denúncia

Alguns fatores fazem com que a vítima não se dê conta da situação ou tenha dificuldade de relatar a agressão. Entre eles: envolvimento emocional; dependência financeira; relacionamentos abusivos; e a falta de credibilidade.

"Violentômetro": sinais para ligar o alerta

A violência contra a mulher se manifesta de forma física, psicológica, sexual e patrimonial, em diversos níveis. Alguns instrumentos podem ser úteis para as mulheres percebam os riscos e consigam se desvencilhar de um relacionamento abusivo, por exemplo, e evitem o agravamento da situação. 

O “Violentômetro” é um desses mecanismos para auxiliar especialmente as mulheres no reconhecimento dos riscos. Pode ser fundamental para enxergá-los e para impedir um ciclo de violência seja instalado.


Cuidado! A violência tende a aumentar nessas situações:

- Piadas ofensivas
- Chantagear
- Mentir / Enganar
- Ignorar / Dar gelo
- Ter ciúmes
- Culpar
- Desqualificar
- Ridicularizar / Ofender
- Humilhar em público

Reaja! Não se destrua quando o companheiro ou ex tiver essas atitudes:

- Intimidar / Ameaçar
- Controlar / Proibir
- Xingar
- Destruir bens pessoais
- Machucar
- "Tapinhas" / "Pancadinhas"
- "Brincar de bater"
- Beliscar / Arranhar
- Empurrar

Peça ajuda a um profissional quando o companheiro ou ex:

- Der tapas
- Chutar
- Confinar / Prender
- Ameaçar com objetos
- Ameaçar com armas
- Forçar relação sexual
- Causar lesão corporal grave
- Mutilar
- Ameaçar de morte

Denuncie!

Identificou algum desses sinais? O caminho é denunciar, procurar ajuda. Se você vive em um ambiente de violência doméstica ou conhece alguém que está nessa situação, veja os meios de pedir socorro:

Ligue:

190 - Se você está sofrendo violência ou se ouvir gritos e sinais de briga.
180 - Para denunciar violência doméstica.
100 - Quando a violência for contra crianças.
As denúncias podem ser anônimas.

Você também pode pedir ajuda presencialmente. Veja os locais:

- Delegacia de Mulheres da sua cidade
- Centro Especializado de Atendimento à Mulher
- Promotoria de Justiça da sua cidade
- Defensoria Pública

Caso na sua cidade não tenha nenhum serviço especializada no atendimento à mulher em situação de violência doméstica, entre em contato com:

- A delegacia de polícia mais próxima
- O posto da Polícia Militar mais próximo
- O serviço de assistência social do seu município (Cras ou Creas)
- A Promotoria de Justiça da comarca
- O fórum da comarca
- A Defensoria Pública da comarca
- Na Delegacia Virtual é possível fazer o registro da violência que você sofre e solicitar proteção. Clique aqui.

Tipos de violência

Violentômetro

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