A hérnia de disco é decorrente de diversos pequenos traumas na coluna que vão aos poucos lesando as estruturas do disco intervertebral, também pode ocorrer como consequência de um trauma severo na coluna. Devido aos sérios riscos desta patologia, a estabilização da coluna vertebral é um potente facilitador na prevenção e alívio de dor para os portadores de hérnia de disco.
O Método Pilates tem sido apontado como boa alternativa na prevenção e tratamento de hérnias discais. Os exercícios envolvem contrações concêntricas e excêntricas, e principalmente, isométrica, com ênfase power house (centro de força). Este centro de força é constituído pelos músculos abdominais, transverso do abdome, multifído lombar e músculos do assoalho pélvico, que são estes os responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo. Desta forma durante os exercícios, a expiração é associada à contração dessas musculaturas e do diafragma.
Os estudos permitem concluir que o Método Pilates apresenta melhoras significativas, relacionadas a redução dos níveis de dor e melhora postural. Assim sendo pode ser utilizado como opção no tratamento e controle dessas patologias.
Para isso, é necessária uma estrutura adequada, bem como profissionais de Educação Física capacitados e empenhados e hoje o Sesc dispõe disso em suas Unidades pelo Estado de Santa Catarina.
Por Jackeline Camini, instrutora de atividades físicas, professora de Pilates do Sesc de São Miguel do Oeste.
Em São Miguel do Oeste, o relato da aluna Josete Daltoé chama a atenção pelo seu diagnóstico de patologias da coluna vertebral:
[Artigo] Hérnia de Disco X Pilates
19/06/2019 - Atualizado em 21/06/2019 - 1173 visualizações
No começo de 2016, passei por um ortopedista, que pediu uma bateria de exames, em que foi detectada a hérnia de disco (Discopatia em L3-L4, L4-L5, e L5-S1, desidratação discal, esclerose, abaulamento dos contornos discais, protrusão discal, artrose, na região lombar, e discopatia na região cervical.
No princípio o médico me receitou medicamentos fortes, para acalmar a dor e anti-inflamatório. Mas no momento que acabava o efeito do remédio a dor voltava. Então ele me sugeriu cirurgia, mas no momento me recusei, pois iria tentar passar em outros médicos e também outras alternativas. Após buscar outros diagnósticos com profissionais diferentes e outras alternativas de tratamento, novamente veio a indicação de cirurgia, o que me deixou muito decepcionada.
Com auxílio de amigos, um terceiro médico, em outubro de 2016, relatou que não era o meu caso de fazer cirurgia no momento e sim fazer Pilates com uma série de exercícios descritos. Ele me recomendou para não desistir do Pilates, pois no começo disse que eu iria sentir muita dor, mas precisava persistir para poder melhorar. Então me matriculei no Sesc em novembro de 2016 e comecei a fazer Pilates Solo, onde estou até hoje”
Minha vida antes e depois do Pilates:
“Sofria dores insuportáveis, tinha dificuldades diariamente, tanto no meu trabalho como em casa. No início quando comecei a praticar o Pilates era muito difícil, pois sentia muitas dores, meu corpo era rígido, quase não conseguia fazer os exercícios, mas no decorrer de cada aula, minha evolução foi gradativa. Fui retirando a medicação, e hoje já não faço mais uso da mesma. Minha vida melhorou 85%, pois consigo fazer minhas atividades diárias normalmente. Dor ainda sinto, mas é tolerável.
O Pilates mudou a minha qualidade de vida, e consequentemente minha a autoestima também melhorou, pois quase não sinto dores. Aprendi a controlar melhor o meu corpo. Está mais fortalecido tenho mais flexibilidade. E para melhorar ainda mais, as aulas são de Pilates solo em grupo, que na minha opinião é ainda melhor, pois em grupo cada um ajuda o outro a superar seus problemas, tem o incentivo dos colegas, que no final acaba sendo bom tanto para o corpo como para mente .