Destinos Regionais: Vamos desbravar a Serra Catarinense?


30/07/2021 - Atualizado em 20/08/2021 - 1190 visualizações

A beleza natural da Serra Catarinense impressiona. Neste sétimo post da série “Destinos Regionais”, a equipe do Turismo Social Sesc-SC apresenta um roteiro para curtir esse roteiro. A paisagem é formada principalmente por florestas de araucárias, rios, cachoeiras, vales, campos de altitude e grandes cânions. A Serra é composta por 17 municípios, sendo os que se destacam para o turismo: Urubici, Urupema, Bom Jardim da Serra e São Joaquim. Vamos desbravar a região mais fria do Brasil?

Nosso objetivo é ajudar você a planejar sua próxima viagem, para que possa desfrutar de cada pedacinho desse Estado maravilhoso. Aos poucos e com todo o cuidado que o momento exige, também retomamos algumas atividades turísticas para que os clientes possam aproveitar o que temos de melhor, de forma segura. Confira quais são os passeios e excursões disponíveis e os pacotes de viagens promovidos pelo Turismo Social clicando aqui.

Até o final desta série, vamos percorrer as 13 regiões turísticas, reconhecidas pelo Ministério do Turismo (MTur): Caminho dos Canyons; Caminho dos Príncipes; Caminhos da Fronteira; Caminhos do Alto Vale; Caminhos do Contestado; Costa Verde & Mar; Encantos do Sul; Grande Florianópolis; Grande Oeste; Serra Catarinense; Vale das Águas; Vale dos Imigrantes; e Vale Europeu.

Urubici

A cidadezinha de Urubici, na Serra Catarinense, é um paraíso para quem busca tranquilidade e gosta de apreciar a natureza. Durante o percurso de 170 km do aeroporto de Florianópolis até Urubici é possível contemplar paisagens maravilhosas. A cidade é pequena, em torno de 11 mil habitantes, a principal atividade econômica ainda é a agricultura e a pecuária de leite. O turismo vem crescendo nos últimos anos, tem se estruturado com opções de pousadas, restaurantes, atrativos, acessos e sinalização. A cidade se destaca pelos atrativos naturais:

Morro da Igreja e Pedra Furada

O Morro da Igreja é o ponto habitado mais alto de toda a região sul do Brasil (1.822 m de altitude), onde são registradas as temperaturas mais frias do país (17,8 graus negativos, em 1996). 

Morro da Igreja - Parque Nacional de São Joaquim - Foto: Renato Soares - MTur Destinos

Em seu topo, é possível apreciar a Pedra Furada, escultura natural com uma “janela” de cerca de 30 metros de circunferência, cartão postal da Serra Catarinense.

Pedra Furada - Parque Nacional de São Joaquim - Foto: Renato Soares - MTur Destinos

Serra do Corvo Branco

Emoções fortes aguardam quem pretende conhecer a Serra do Corvo Branco. Situada a 30 quilômetros do Centro de Urubici, tem um visual impressionante, que começa na fenda que corta dois enormes paredões de pedra. 

Serra do Corvo Branco - Foto: Prefeitura Municipal de Urubici

A estrada que desce em direção a Grão Pará é vertiginosa, revelando paisagens deslumbrantes e inteiramente selvagens.

Parque Quedas do Avencal

O parque está localizado a 8 km do Centro da cidade. Dentro é possível apreciar a cachoeira de mesmo nome e o mirante de vidro, com 7 metros de extensão que adentra no cânion e eleva os viajantes a 110 metros de altura do nível do fundo do desfiladeiro. 

Foto: Prefeitura Municipal de Urubici

Parque Turístico Cachoeira Papuã

Uma passarela em meio à natureza com mais de 300 metros de extensão. A passarela de madeira termina em um mirante com o chão de vidro que fica às margens de um precipício com aproximadamente 120 metros de altura.

A gastronomia típica local é um capítulo à parte. Nos restaurantes e pousadas da cidade, o turista pode experimentar dos melhores pratos da Serra Catarinense, preparados muitas vezes em fogão à lenha e, principalmente, à base do pinhão – semente da araucária, muito consumida no Sul do país.

Bom Jardim da Serra

Bom Jardim da Serra é portal de entrada da Serra Catarinense para quem opta por subir pela espetacular Serra do Rio do Rastro, com suas curvas sinuosas e paisagem única. Sua altitude em relação ao nível do mar confere à Bom Jardim da Serra uma das mais belas topografias do Estado, alcançando 1.822 metros de altitude em seus pontos mais elevados. A Serra vai do município de Lauro Müller a Bom Jardim da Serra.

Uma grande surpresa para o visitante de Bom Jardim da Serra é exploração do potencial agrícola, pois são inúmeras propriedades com pomares de maçãs, criadores de ovelhas e pecuária bovina, onde o turista pode vivenciar a rotina rural trazendo para casa experiências que somente o município pode oferecer. 

Serra do Rio do Rastro - Foto: Portal Turístico de Lauro Müller

Atualmente são ofertadas mais de 45 pousadas, desde resort que fazem parte do roteiro do Charme, pousadas urbanas e rurais, hotéis fazenda e pousadas alternativas. Além de toda beleza cênica, Bom Jardim da Serra tem os principais Cânions da Serra Catarinense. Destes, destacam-se:

Cânion da Ronda

O topo fica a 1.448 metros de altitude e proporciona uma vista ampla das profundas escarpas, penhascos e do vale abaixo.

Cânion das Laranjeiras

Possui em torno de 5 km de extensão e vários vértices, belas cachoeiras e penhascos verticais de grande altura, entre campos e araucárias.


Cânion do Funil

Fica a 1.590 m de altitude em seu ponto mais elevado (lado norte) e em torno de 1.450 metros no lado Sul. Possui aproximadamente 2 km de extensão e sua largura varia de 500 a 1.000 metros.
Foto: Viagens e Caminhos

Urupema

A cidade tem pouco mais de 2.400 habitantes. O turismo rural é a grande atração, uma oportunidade de vivenciar a autêntica vida no campo e a cultura local. Os hotéis fazenda e pousadas oferecem várias atividades ao ar livre, como cavalgadas e pescarias.

A culinária típica, como a truta, o tradicional carreteiro e o feijão tropeiro, preparados em fogão à lenha, é outra atração nas hospedagens. Na gastronomia também se destacam a técnica de sapecar o pinhão e o "apaçocar" no pilão, herança dos povos indígenas da região. Hábitos alimentares dos tropeiros, italianos e açorianos também colaboraram para a variedade de pratos que encontramos na mesa do Urupemense.

Detentora do 9° lugar no ranking dos municípios brasileiros que mais conservam suas matas por hectare, a Mata de Araucária garante uma rica fonte de alimento para os papagaios-charão, os quais passam a colorir o céu do município a partir de abril. A observação de aves, muitas delas ameaçadas de extinção, é outro atrativo cada vez mais procurado.

Outro ponto marcante na paisagem campeira são as taipas, extensos muros de pedras com cerca de 1 metro de altura, (alguns construídos no século XVIII), erguidos para dividir fazendas e outras propriedades rurais, limitar a área do gado ou simplesmente indicar o caminho para os tropeiros. As taipas são uma tradição centenária e podem ser vistas na entrada da cidade e em vários locais do município e da Serra Catarinense.

São Joaquim

São Joaquim está se tornando um dos roteiros mais prestigiados de Santa Catarina, tem se destacado pela neve, maçãs e vinho.

Com 16 vinícolas instaladas no município, e sete delas já preparadas para o receptivo turístico, o setor obteve em 2021 uma grande conquista com a obtenção da Indicação geográfica dos Vinhos de Altitude, conferido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI à região catarinense produtora de vinhos finos.

São Joaquim é o maior produtor de maçã, tendo o título de Capital Nacional da Maçã. Algumas propriedades da região, oferecem o colhe e pague, onde o visitante tem a experiência de colher a fruta direto do pé.

Outro atrativo que a cidade oferece é a Acolhida na Colônia uma associação de pequenos agricultores familiares, possui associados no município que abrem as portas de suas casas para um verdadeiro intercâmbio cultural. Ao visitar qualquer propriedade da Acolhida na Colônia uma imersão rica em saberes acontece. A culinária típica, o cultivo orgânico dos alimentos e o modo da vida do campo, que mesmo simples se mostra grandiosa, já demonstra a potencialidade e importância dessa visita.

Destaque também para a Rota do Queijo Serrano, em São Joaquim há 5 queijarias que produzem o queijo típico serrano. A história do queijo artesanal serrano remonta a 1.730, com o início do tropeirismo em Santa Catarina e o surgimento das primeiras propriedades rurais na Serra Catarinense. O produto reúne características únicas e o saber-fazer que atravessou o Atlântico com os portugueses

Foto: Aires Mariga

Colaboração: Andrey da Rosa, técnico de Turismo Sesc São Joaquim e Vanine Fetter, Analista de Programação Social - Lazer - Turismo Social, Departamento Regional do Sesc-SC.
Edição: Diretoria de Comunicação e Marketing Sesc-SC.

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