Data de conscientização e prevenção, o Dia Mundial da Obesidade (11/10) foi instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1997, com o objetivo central de chamar atenção para o tema, reforçando que a obesidade é uma doença e pode ser prevenida. Nos últimos anos, o Brasil passou por importantes alterações no estilo de vida, mudanças no padrão dietético, condições econômicas, sociais e demográficas, mudanças as quais trazem consequências na saúde da população, refletindo também no aumento dos casos de sobrepeso e obesidade em jovens e crianças.
De acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO, 2019), estima-se que no Brasil, 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos está acima do peso recomendado pela OMS. Segundo o mapa da obesidade proposto pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), 35,9% das crianças residentes na região Sul do país está com excesso de peso.
Para a OMS, a obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde dos dias atuais, e também para o futuro. Crianças obesas possuem grande probabilidade de se tornarem adultos obesos, desenvolvendo demais problemas de saúde como a diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.
A obesidade é uma doença que está condicionada pelo perfil alimentar e de atividade física. Cerca de 95% dos casos, ocorrem por fatores externos (comportamentos, hábitos, ambiente), dentre eles, o estilo de vida torna-se um componente importante, pois este define os hábitos e costumes das crianças e adolescentes e os consolida nos pais.
Assim, a importância das ações preventivas focadas no combate à obesidade infantil é real, e para que isso aconteça de forma efetiva, a participação e conscientização da família se faz necessária, aliadas a mudanças no estilo de vida e reeducação alimentar.
Programa de Promoção de Saúde da Infância no Sesc
Com esta proposta, o Sesc realiza o “Programa de Promoção de Saúde da Infância” desde 2012, com os alunos matriculados suas Escolas no Estado. O objetivo é avaliar o estado nutricional das crianças da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Habilidades de Estudo. Através de ações educativas realizadas durante o ano, o projeto promove a conscientização dos alunos e familiares para a mudança de hábitos alimentares e estímulo a prática regular e adequada de atividades físicas, visando à promoção da saúde integral.
As avaliações antropométricas com os estudantes são realizadas em dois momentos do ano, com coleta de peso e altura para diagnóstico nutricional das crianças, que podem ser classificadas com: magreza, obesidade grave, obesidade, sobrepeso e risco de sobrepeso. Em abril, registramos 4.020 alunos avaliados e com resultados apresentados aos familiares. Durante os meses de abril a outubro, diversas atividades educativas em saúde foram desenvolvidas nas unidades do Sesc, envolvendo alunos e familiares, com foco em repassar orientação para hábitos alimentares saudáveis, controle dos desvios alimentares e prevenção de várias doenças, como as deficiências nutricionais, doenças crônicas, desnutrição, sobrepeso e obesidade.
Neste mês, acontece a segunda fase das avaliações, novamente em todas as Escolas Sesc, reforçando as orientações e recomendações trabalhadas durante o ano. Os registros das avaliações serão consolidados em relatório estadual de perfil dos alunos Sesc, e também, para apresentação de resultado individual dos alunos aos familiares.
Colaboração: Cristiani Jacobus Vieira, analista de programação Social do Sesc-SC nas áreas de Saúde e Assistência, e Carolina Cristiane Nunes, estagiária de Nutrição
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