[Artigo] Como viver um feliz ano novo depois de 2020?


12/01/2021 - Atualizado em 29/06/2021 - 633 visualizações

No ano de 2020 cada ser humano teve sua rotina alterada significativamente de alguma maneira, seja através do trabalho, da rotina doméstica, da escola ou do convívio social, a pandemia do novo coronavírus não poupou ninguém do susto.

Quando somos expostos a situações desconhecidas ou de risco de vida, como a que vivemos em 2020, mecanismos de defesa são ativados, aumentando nossa ansiedade e nos colocando em estado de alerta diante do novo.

Sentimos o efeito disso no nível emocional e corporal; é como uma resposta reflexa para prestarmos atenção aos novos estímulos e endereçarmos nossas respostas em direção à nossa sobrevivência.

É normal e saudável sentir-se assim em alguns momentos da vida, sinal de que o corpo e a mente estão conectados com o que está acontecendo ao nosso redor. Porém, quando ficamos continuamente nesse estado, podemos desenvolver sintomas que atrapalham muito a qualidade de vida e o bem-estar

A pandemia de Covid-19 tem aumentado o número de pessoas em sofrimento mental e seguindo a linha de outros momentos críticos vividos pela humanidade precisamos estar advertidos de que aumentará ainda mais.

A campanha Janeiro Branco, que acontece desde 2014 para promover a saúde mental, não poderia ter vindo em um momento melhor. É de costume que o início de um ano novo traga consigo motivação para refletir sobre o que fizemos, quem somos, o que estamos sentindo, e o que queremos para o ano que se inicia.

Depois de um ano tão difícil como 2020, arriscamos dizer que o desejo de um feliz 2021 é unânime, mas vem acompanhado de um saber que, não sem sofrimento, nos apropriamos no ano passado: os desafios continuam. Estamos agora, porém, mais conscientes sobre eles e podemos perceber que para 2021 será preciso mais que fé e esperança. Será preciso força e resiliência. E enquanto não vislumbramos uma solução definitiva o que nos cabe é lidar com as consequências como podemos.

Não existe um protocolo que sirva para todos lidarem com suas limitações ou sofrimentos psíquicos; cada pessoa precisa ser escutada na sua individualidade para ressignificar suas vivências e elaborar maneiras possíveis de lidar com suas questões. Somente vivendo nossas tristezas é que conseguimos ultrapassá-las.

Por Sabrina Mendonça Schlemmer
Psicóloga Sesc Balneário Camboriú
CRP – 12/17073

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