Segurança Alimentar X Segurança dos Alimentos: Você sabe a diferença?


18/02/2019 - Atualizado em 19/02/2019 - 966 visualizações

Diversos são os termos utilizados na área da saúde quando se fala em alimentação, e com isso nos deparamos com situações de confusão. Dentre elas, tem duas expressões que embaraçam a população quanto ao seu real significado, mas que apresentam conceitos bem distintos, que é a Segurança Alimentar e a Segurança dos Alimentos.

Segurança Alimentar refere-se a uma estratégia de direito a todos os cidadãos ao acesso a uma alimentação adequada e equilibrada do ponto de vista nutricional e quantitativo, de forma a obter uma vida saudável e ativa. Esta expressão foi criada com a finalidade de reduzir a fome e a miséria no mundo, através da exploração dos recursos naturais com acesso a alimentos de qualidade e fontes de todos os nutrientes adequados, obtendo assim a promoção à saúde, sem comprometer as necessidades essenciais dignas do ser humano.

O Direito Humano à Alimentação Adequada é uma obrigação do Estado que tem o dever de assegurar ações e políticas públicas que atendam às necessidades da população. Tem como comprometimento e empenho, garantir o respeito, proteção, promoção e fornecimento do direito a todos à alimentação balanceada em todas as esferas.

Em relação à Segurança dos Alimentos a atenção se contorna ao Alimento Adequado ao Consumo, ou seja, toda a vigilância está voltada aos cuidados na produção, transporte e armazenamento de alimentos, com adoção de medidas que permitam a garantia da qualidade dos alimentos através do controle da entrada de agentes que promovam risco à saúde ou integridade física do consumidor. Para obtenção deste controle, é necessário se atentar aos três tipos de perigo: biológico, químico e físico.

Perigos biológicos são os microrganismos que causam contaminação e deterioração do alimento, causadores de intoxicações e infecções, sendo eles, as bactérias, fungos e vírus. Perigos químicos são compostos químicos tóxicos, onde podemos citar os agrotóxicos, inseticidas, metais pesados e detergentes. Por fim, os perigos físicos são caracterizados por corpos estranhos que caem no alimento durante o processo de preparo dos alimentos, como pedaços de metal, plástico, cacos de vidro ou pedras.

Podemos verificar que a qualidade e a segurança dos alimentos apresentam conceitos distintos e a cadeia de abastecimento tem se deparado com inúmeros desafios para atingir todas as exigências dos consumidores, que são cada vez maiores, aliados com a garantia do fornecimento de alimentos seguros. Este controle da qualidade em todas as esferas não deve ser uma escolha opcional e sim, uma responsabilidade de todos os envolvidos na cadeia produtiva, de forma a cultivar o equilíbrio nutricional da população.

Por: Silvânia Fuhr - Nutricionista CRN 10 3407 (Sesc Prainha, Florianópolis)



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