Confira a Programação da Semana Nacional de Museus em Florianópolis


09/05/2023 - Atualizado em 19/05/2023 - 2004 visualizações

A 21ª edição da Semana Nacional dos Museus traz o tema "Museus, sustentabilidade e bem-estar", como parte do avanço de uma agenda dedicada à sustentabilidade. 

A escolha, feita anualmente pelo Conselho Internacional de Museus – ICOM, tem como objetivo destacar a importância dos museus como espaços de promoção do bem-estar e da sustentabilidade. A programação coloca luz em questões relacionadas aos povos originários de Santa Catarina, sobretudo, os Guarani, Laklãnõ-Xokleng e Kaingang. 

"Tal proposta se pauta na valorização da pluralidade cultural e nos modos de saber e fazer destes grupos. As atividades foram pensadas de forma a valorizar o protagonismo dos indígenas para além da visão tradicional e romantizada que situa estes indivíduos em um passado remoto", destaca a museóloga, Cristina Dalla Nora, responsável pela gestão do Museu de Florianópolis.

O calendário de atividades inclui exposições de arte com demonstração de feitio de artesanato indígenas; apresentações artísticas; exibição de filmes produzidos por indígenas seguida de bate papo com realizadores; exibição de curtas infantis com sessões sobre diferentes grupos indígenas no Brasil. O objetivo é ampliar as percepções da população da cidade sobre o indígena na atualidade.

As atividades da Semana Nacional dos Museus ocorrem de segunda a domingo, lembrando que às terças-feiras o Museu de Florianópolis fica fechado à visitação pública. A programação do evento é gratuita, exceto a visita guiada ao acervo do Museu de Florianópolis  que tem ingressos a R$10 inteira e R$5 meia-entrada.

Programação

15/05/2023 (seg) 

9h às 19h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 

10h e 14h: Espetáculo Aranduá por Cia Artística Guita e roda de conversa com a liderança indígena Adailton Moreira. 

16h: Exibição do documentário “Mbyarekombaraete” e roda de conversa sobre cinema indígena com Jekupe Mawe e Luisa Tombini Wittmann   

16/05/2023 (ter) – Museu fechado para visitação. 

17/05/2023 (qua) 

9h às 19h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 

11h e 17h: Visita Mediada: "Narrativas originárias no Museu: presenças indígenas em Florianópolis".

16h: Sessão Cine Desterro: Curtas infantis sobre os povos originários. - Kuri ha Akae Ovy – A araucária e a gralha azul. Direção: De Izabel Tiemi e Giovani T. Viecili, PR, animação, 2022, 16 min; - Cem Pilum – A história do dilúvio. Direção: Thiago Morais, AM, animação 2022, 8 min; - Mitos Indígenas em Travessia (Ancient Stories). Direção: Julia Vellutini, Wesley Rodrigues, BR, 2019, 22 min.   

18/05/2023 (qui) 

9h às 19h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 

11h e 15h: Visita Mediada: "Narrativas originárias no Museu - Presenças indígenas em Florianópolis" 16h: Exibição do documentário Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ e roda de conversa sobre o Portal de Saberes Laklãnõ/Xokleng por Jucelino Filho, Bárbara Pettres e o rapper Fernando Xokleng   

19/05/2023 (sex) 

9h às 19h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 11h e 17h: Visita Mediada: "Narrativas originárias no Museu - Presenças indígenas em Florianópolis" 

16h: Apresentação com o grupo Goj Ty Sá - Casa de Passagem Indígena Florianópolis (SC)   

20/05/2023 (sáb) 

10h às 16h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 

11h às 12:30h: Exposição de cestaria e adornos Guarani com a Aldeia Yynn Moroti Wherá

11h: Apresentação do Coral Guarani Yvytchi Ovy (Nuvens Azuis) 

14h: Sessão Cine Desterro: Curtas infantis sobre os povos originários   

21/05/2023 (dom)

10h às 16h: Exposição “A poética da infância na cultura Guarani” por Joana Mongelo, Silvana Minduá Vidal e Monica Fantin. 

11h: Sessão Cine Desterro: Curtas infantis sobre os povos originários 

13:30h: Herbário musical e a descolonização do pensamento – por Geni Nuñez (@genipapos), Anélita Núñez e Jeff Nefferkturu.    



Confira a programação gratuita da Semana Nacional dos Museus

Mostra fotográfica 

“A poética da infância na cultura Guarani” 

Público: Tanto adultos, quanto crianças 

A mostra A poética da infância na cultura Guarani apresenta registros fotográficos de crianças da etnia Guarani feitos pelas fotógrafas, Joana Vangelista Mongelo, aluna indígena doutoranda em Estudos da Tradução da UFSC; Rethe Lopes; graduanda em pedagogia; Silvana Minduá Vidal Veríssimo, mestranda em Educação e Monica Fantin, professora do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação em Educação. 

A curadoria é de Fabíola Cirimbelli Búrigo Costa, José Douglas Alves dos Santos, Leo Nogueira Paqonawta e Telma Anita Piacentini, com a contribuição, na equipe de apoio, de Ana Cláudia Mota Estevam, Harlen Cardoso Divino e Viwanou Paterne Legendre Agossou e de Caroline de Brito Meneses na edição das imagens.


Djatchuká sai em busca de uma terra não muito longe, lá ela encontra a tchedjaryi (anciã), que nos conta as histórias ao redor do fogo e aponta os caminhos de Arandua, a sabedoria ancestral. 

Espetáculo

Aranduá por Cia Artística Guita 

Roda de conversa com liderança indígena

Público infantil: Crianças entre 07 a 13 anos 

A história da criação contada através da cosmovisão Guarani. A dramaturgia revela-se a partir dos elementos que compõe o cotidiano Guarani. Objetos, roupas, instrumentos, adornos, animais e natureza têm uma história e um porquê, nada está fora do seu lugar de poder dentro da cultura. 

Embarque no som do tambor sinta o chamado da natureza. Depois de sonhar com um beija-flor sagrado. Reviver as histórias é uma das práticas do nhandereko, o sistema de vida Guarani, que renova e fortalece a cultura através de gerações 

A Cia. Artística Guita é formada pelos artistas Guilherme Freitas e Tainá Orsi, graduados em Artes Cênicas pela UFSC. Embora sejam não indígenas, os dois integrantes vivem na comunidade da Aldeia de Biguaçu. Durante as apresentações, eles buscam dar espaço para trazer um representante da comunidade para falar sobre a importância da difusão da cultura Guarani.

Roda de conversa com liderança indígena (pós espetáculo)

"A palavra é flecha que semeia corações", nesta atividade, Adailton Moreira, neto do grande ancião, Alcindo Wherá Tupã, Pedagogo, professor na Escola Indígena Whera Tupã Poty Dja, liderança na aldeia Guarani Yynn Moroti Wherá e perpetuador da tradição, compartilha saberes e instiga reflexões. 

Durante sua infância participou do coral Yvytchi Ovy - Nuvens azuis e atualmente é guia das trilhas no interior do território.   


Exibição de documentário 

“Mbyarekombaraete”

Roda de conversa sobre cinema indígena 

Foco: Público adulto, universitários. 

Mbyarekombaraete (palavra Guarani para resistência como modo de vida) é um vídeo documentário ambientado nas comunidades indígenas Guarani participantes do Componente Indígena do Plano Básico Ambiental (CI-PBA) do Contorno Rodoviário de Florianópolis. 

A produção aborda os três tempos do modo de vida Guarani: a infância (pureza, tempo de aprender); a vida adulta (força, tempo de lutar, terra) e a velhice (sabedoria, tempo de ensinar) e incita a reflexão acerca das diferentes vivências e perspectivas temporais nas comunidades indígenas.

Sobre a roda de conversa

A liderança indígena Jekupe Mawe da Terra Indígena Morro dos Cavalos e a professora Drª Luisa Tombini Wittmann apresentam um panorama de discussão sobre o cinema indígena na atualidade". 

O material foi idealizado e produzido pelos monitores de Comunicação do Plano Ambiental Indígena do Contorno Rodoviário de Florianópolis, com apoio da MPB Engenharia, da Retrato Narrativas Multimídias e do Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais – AYA (UDESC). 


Exibição de documentário e Roda de Conversa

Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ 

Roda de conversa sobre o Portal de Saberes Laklãnõ/Xokleng

Público adulto, universitários 

A ação é composta de três iniciativas sobre a cultura do povo Laklãnõ/Xokleng, do Alto Vale do Itajaí-SC.

Jucelino Filho, curador do Portal de Saberes (@portaldesaberes), vai apresentar o site que compartilhar registros, materiais e notícias sobre o povo Laklãnõ/Xokleng, para que outros povos e pessoas não indígenas possam conhecer mais sobre sua história, identidade e cultura. 

O rapper Fernando Xokleng (@fernando_xokleng), que é também estudante de jornalismo da UFSC, vai apresentar sua música Resistência.  

Em seguida será exibido o documentário Vãnh gõ tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá, que narra poeticamente a história do povo Laklãnõ, que no final do século 19 praticamente foi exterminado e agora é protagonista da luta contra o Marco Temporal.  A coprodução do filme é da @calendulafilmes. Após as exibições, haverá uma roda de conversa com a equipe envolvida.


Sessão Cine Desterro 

Curtas infantis sobre os povos originários

Público infantil: crianças com +10 anos

Kuri ha Akae Ovy – A araucária e a gralha azul. 

Direção: De Izabel Tiemi e Giovani T. Viecili, PR, animação, 2022, 16 min. 

Uma antiga história indígena sobre dois jovens de tribos diferentes. A Araucária e a Gralha Azul é uma lenda sul-americana que fala sobre cooperação entre as espécies e equilíbrio ambiental. 

Cem Pilum – A história do dilúvio. 

Direção: Thiago Morais, AM, animação 2022, 8 min. 

No tempo antigo, era tudo muito violento. Existiam mais animais ferozes do que pessoas, e Deus Criador quis acabar com as cobras, onças e outros animais. Então ordenou o dilúvio. “Cem Pilum – A história do dilúvio”, resgate de uma das histórias contadas por Feliciano Lana, líder do povo Dessana, presta uma homenagem ao artista, que foi vítima da Covid-19 e faleceu em 12 de maio de 2020. 

Mitos Indígenas em Travessia (Ancient Stories). 

Direção: Julia Vellutini, Wesley Rodrigues, BR, 2019, 22 min. 

Seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, Mato Grosso), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul). 

Entre as histórias: A Ema, O Menino-Peixe, As Mulheres Sem Rosto, A Via Láctea, A Menina Cobra e O Urubu-Rei.


Apresentação do Coral

Guarani Yvytchi Ovy - Nuvens azuis 
Praça XV de Novembro

A musicalidade faz parte da vida cotidiana na comunidade Guarani, é um dos mecanismos que constituem o ser e compõe o Nhande Reko, o modo de ser Guarani. 

O canto coral são os Kyringue Mborai, o canto das crianças, a tradução das canções são rezos aos deuses, compreensões da natureza que fortalecem o corpo e o espírito dos envolvidos. São entoados em pé por meninos e meninas e seu passo representa a forma como são realizados o plantio do Avati ete, o milho tradicional.

É através do canto coral que as crianças aprendem noções básicas de convivência, respeito e educação. 

O coral é composto por alunos da escola bilíngue (português/guarani) Escola Indígena Wherá Tupã Poty Dja da Aldeia M’Biguaçu. ·


Exposição de cestaria e adornos

Guarani com a Aldeia Yynn Moroti Wherá

O artesanato guarani é uma prática cotidiana presente nas aldeias que traz consigo um significado profundo.

A arte é uma habilidade de trazer o invisível através do gesto de fazer. Materializa a espiritualidade. Nato é a essência que cada um carrega em si, do seu ser, de sua sabedoria. 

O artesanato traz uma conexão entre as pessoas da comunidade entre si e com a natureza. As peças são desenvolvidas pelas artesãs com o propósito de proteção do dia a dia e fortalecimento do nosso ser, corpo e espírito. 

Em cada uma delas esse propósito é depositado. Sendo então muito além de peças físicas, elas contem força de proteção e significado em todo o processo.


Apresentação 

Grupo Goj Ty Sá - Casa de Passagem 

O artesanato guarani é uma prática cotidiana presente nas aldeias que traz consigo um significado profundo. 

A arte é uma habilidade de trazer o invisível através do gesto de fazer. Materializa a espiritualidade. Nato é a essência que cada um carrega em si, do seu ser, de sua sabedoria. 

O artesanato traz uma conexão entre as pessoas da comunidade entre si e com a natureza. As peças são desenvolvidas pelas artesãs com o propósito de proteção do dia a dia e fortalecimento do nosso ser, corpo e espírito. 

Em cada uma delas esse propósito é depositado. Sendo então muito além de peças físicas, elas contem força de proteção e significado em todo o processo.


Show Interativo

Herbário musical e a descolonização do pensamento 

Geni Nuñez, Anita Nuñez, Jeff Nefferkturu - Público adulto, universitários 

A apresentação artística interativa estruturada a partir de trocas com o público sobre o tema da descolonização do pensamento. 

A noção de Herbário Musical, de autoria da artista Anelita Danna, convida a todes para uma experimentação do corpo, das sensações e da abertura para outras formas de sentir, pensar, agir. 

Já Geni Núñez irá contribuir com o debate sobre o reflorestamento do imaginário na perspectiva guarani e a sua interlocução com a arte. 

O Concerto /show didático traz um repertório de sonoridades em guarani, espanhol, crioulo caboverdiano e português de canções e arranjos preparados para a interação e vivência em grupo. 

Canções autorais da compositora Anélita Núñez, como "Reflorestemos a vida" com letra de Geni Núñez e clássicos da música de Aby Ayala e de Cabo Verde. 


Conheça o Museu de Florianópolis 

 O Museu de Florianópolis gerido pelo Sesc-SC tem uma estrutura toda tecnológica e interativa para você conhecer melhor a história da cidade. Mas, além dessa nova experiência “mais moderna”, ele apresenta um acervo físico de objetos históricos doados por parceiros.

São mais de 90 objetos que apresentam uma visão histórica, geográfica, cultural e simbólica de Florianópolis. 

Constituído por peças arqueológicas provenientes das escavações no próprio museu, por doações da Casa da Memória de Florianópolis e por objetos em comodato com o Museu do Homem do Sambaqui e o Ecomuseu do Ribeirão da Ilha. 

Há uma exposição de longa duração composta por seis módulos expositivos que se propõem a representar Florianópolis em suas variadas dimensões. E também uma exposição temporária, com mostras interativas, além de espaço para as ações educativas e Café da Museu, com um cardápio que remete à cultura local.

Endereço: Praça XV de Novembro, 214, Centro  

Horário Inicio : 09:00 Fim : 19:00 Email: museu@sesc-sc.com.br Telefone: (48) 3222-1333 | (48) 98871-9946 (WhatsApp)

Semana Nacional de Museus

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