Galeria do Sesc Itajaí recebe exposição "EnSIMESMAmentos" de Alena Marmo

A mostra abre nesta quinta-feira, dia 22 de junho, com visitação gratuita até 28 de julho


20/06/2023 - Atualizado em 20/06/2023 - 708 visualizações

Rede Sesc de Galerias

Nesta quinta-feira, dia 22 de junho, às 19h30, o Sesc Itajaí inaugura a exposição "EnSIMESMAmentos" de Alena Marmo. A mostra fica aberta para visitação gratuita. de 23 de junho a 28 de julho de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, na galeria de artes visuais da Unidade, localizada na Rua Almirante Tamandaré, nº 259 - Centro. Agendamentos de visitas em grupos podem ser realizados pelo fone (47) 3249-3850.

"EnSIMESMAmentos” tem curadoria de Nadja Lamas e reúne cerca de 40 trabalhos produzidos, em sua maioria, no tempo agudo da pandemia. As pinturas e gravuras expostas podem ser entendidas como documentos de isolamento social, que refletem uma experiência subjetiva vivenciada no contexto da Covid-19. Podem ser entendidos como janelas sensíveis, por meio das quais o público será conectado, em qualquer tempo e espaço, com aqueles momentos do passado, vividos pela artista.

Texto curatorial

O espaço para a pintura na contemporaneidade é quase uma fresta, com mais de mil anos de pintura, tudo que se fez e se experimentou estreitou significativamente as possibilidades desta linguagem. No entanto, ainda se pinta e ainda se experimenta. Eis que temos as pinturas de Alena Marmo explorando essa pequena fresta.

EnSIMESMAmento, busca de dar sentido e significado às circunstâncias, essa capacidade essencial do ser humano de voltar-se para si mesmo, de retirar-se transitoriamente do mundo e então retornar para ir ao encontro do outro, das coisas, humanizando o mundo – ação e contemplação (Ortega y Gasset, 2016), dá nome a essa exposição que nos leva a pensar sobre esse desejo quase ancestral de materializar um instante da natureza e da simplicidade cotidiana, quer contemplada quer oriunda da imaginação. Ensimesmar é voltar-se para os próprios pensamentos, para o interior de si mesmo, quando é próprio da natureza do humano dispersar de si.

Alena, neste movimento introspectivo de ensimesmar, olha para o cotidiano e observa o varal, o céu, as copas das árvores, ou ainda para as janelas que limitam o olhar ao fazer o recorte do que se encontra do outro lado, e transforma poeticamente o que vê. Olhar que dá forma ao que o pensamento insiste em divagar, em dispersar. Olha para o cotidiano, para o mesmo caminho de todo dia, e dele tira a matéria que dá substância a sua pintura.

Pintura cuja temática transita livremente entre o objeto janela – com sua simbologia, forma, nuances de cores, luzes e transparências –, os panejamentos ensolarados que se movimentam sob o vento, e a paisagem captada por um olhar que insiste em percebê-la partir de uma outra perspectiva, ao observá-la debaixo para cima, e, entre galhos e folhas, vai desvelando fragmentos de céu. Poética cujo exercício do pintar transita entre os empastes, as pinceladas diluídas e as transparências, gestos de quem tem domínio da linguagem, mas que nela mergulha sem se preocupar com virtuosismos, que ao caminhar livremente no ir e vir de seu ensimesmar, envereda-se nesta estreita fresta da pintura.

Nadja Lamas
Curadora

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