"Mercado com grande potencial"

“Fiquei muito feliz quando soube deste curso, pois sempre quis trabalhar com criação de jogos. É um mercado que tem um grande potencial. No início estava um pouco preocupado com a carga horária elevada, mas é tão legal que nem vejo o tempo passar”, conta Jonatas, de 17 anos, destacando que sobra disposição até mesmo para fazer academia no Sesc, no final do dia, com alguns colegas.

Assim como Jonatas, os 24 alunos na turma do 1º Ano, estão no momento de pensar a carreira que pretendem seguir e querem estar preparados para o mercado de trabalho. Para eles, o conhecimento em tecnologia atrelado às diversas áreas de atuação e o desenvolvimento de habilidades criativas são grandes diferenciais. Por isso escolheram uma escola com conteúdo robusto e criatividade, com professores qualificados, aprendizagem que utiliza metodologias ativas, preocupada com as questões socioemocionais e aberta ao diálogo.

"Minha vida tomou um novo rumo"

Isabela, 15 anos, está descobrindo esse novo mundo repleto de possibilidades dentro da escola. “No dia em que eu resolvi vir para cá, a minha vida mudou totalmente, tomou um outro rumo. Se não tivesse feito essa escolha, provavelmente iria para uma profissão cotidiana, seria professora ou advogada. Nunca pensei que poderia trabalhar com TI, ou ser animadora, conseguir programar, até porque tinha pouco conhecimento em informática. O Ensino Médio do Sesc e Senac me abriu um leque de oportunidades”, celebra. A estudante salienta também a autonomia e liberdade que adquiriu nesses meses. “Estava na hora de ser um pouco mais independente. Eu pego o ônibus de manhã cedo e volto para a casa só a noite. Essa é uma experiência nova para mim, é uma rotina bem mais pesada do que a que tinha antes, mas muito mais interessante, que no final vai valer a pena”.

A proposta pedagógica do curso prevê, além da formação básica, uma carga horária maior nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês (que tem o dobro de horas de um curso comum). As atividades acontecem nos períodos matutino e vespertino, somando 30 aulas por semana com disciplinas do Ensino Médio e 15 aulas do Curso Técnico.

"Superou minhas expectativas"

Gustavo (Ash), 15 anos, seguiu os antigos colegas nesse novo desafio e não se arrependeu. Hoje é um dos líderes da turma. “O curso superou as minhas expectativas. É muito melhor do que tudo que já tinha feito. Os professores são ótimos, consigo conversar com todo mundo e a interação entre o grupo é muito bacana”, celebra. Gustavo (Ash) tem uma ligação forte com tecnologia e jogos e encontrou na escola a possibilidade de ampliar o repertório, com outras atividades oferecidas voltadas à arte, como oficinas de audiovisual, fotografia, pintura, escultura e desenho realista. “Estou aprendendo uma gama de coisas que estão me ajudando aprimorar o meu trabalho, além de complementar alguns conhecimentos em design, programação, roteiro e edição de vídeo, que podem me levar para vários caminhos diferentes”.

Os alunos têm acesso a laboratório de informática, jogos digitais e aprendizado. Além disso,o curso prioriza a realização de projetos pessoais e temas como pesquisa, empreendedorismo e competências socioemocionais. Outro diferencial é a avaliação dos alunos, que se dá pela metodologia de competências, ou seja, é analisada sua capacidade de resolver problemas, tomar decisões e utilizar os conhecimentos adquiridos.

"Paixão pela arte e games"

“É totalmente diferente das outras escolas de Ensino Médio, a metodologia, a liberdade, o material didático utilizado, que facilita bastante a vida. A avaliação por conceito ao meu ver é muito mais humana. Os professores sempre nos dão feedbacks, destacam o que está bom e o que podemos melhorar”, conta Manuela Francisco, 15 anos e confessa “Não fui eu que escolhi vir para cá, mas no final acabei gostando bastante”. No futuro, a jovem quer trabalhar com design gráfico ou ilustração voltada para o jogo. “Gosto de jogar desde criança e também de desenhar. Aqui, consegui unir minha paixão pela arte e pelos games”.

Além da programação de jogos para computador, console e dispositivos móveis, os alunos são capacitados a pensar soluções inovadoras por meio da tecnologia. No futuro, poderão atuar em qualquer área que exija raciocínio lógico, inovação, solução de problemas, desenvolvimento de softwares e novos campos como gamificação e startups. .

Desafio do ano: grupos desenvolvem jogos digitais educativos 

Um dos trabalhos em destaque neste ano, o Projeto Integrador está propiciando aos alunos desenvolverem um jogo digital com caráter educativo, que relacione as unidades curriculares do Ensino Médio e proponha alguma solução para a sociedade. A atividade é realizada em grupos de 5 ou 6 alunos, cada um responsável por alguma etapa do processo, entre elas a elaboração do roteiro, design, cenários, personagens, sonoplastia, programação, mecânica e animação.

Jonatas e Isabela são integrante da “Equipe Up”, nome escolhido pelo grupo, e estão criando um jogo de perguntas e respostas sobre as disciplinas estudadas em sala de aula. A trama apresenta um garoto que estava indo mal na escola, mas à medida que vai estudando evolui. “É um jogo de ação em 2D, tipo o Super Mario, onde os personagens voam conseguem entrar nos portais. É didático, mas é envolvente”, explica Jonatas. “Nós trabalhamos juntos e tomamos as decisões importantes por votação, em uma relação harmoniosa”, reforça Isabela.

Gustavo (Ash) e Manuela atuam na equipe LamLan (iniciais dos nomes dos integrantes) e trabalham no jogo intitulado "Dom Miss the Quiz". “Somos super comerciais”, brincam os estudantes. No jogo, o personagem principal é transferido de escola e se depara com colegas ‘diferentões’. O plano é ajudá-los mostrando que merecem respeito”. São 12 fases, uma por disciplina, e cada personagem é o estereótipo de uma matéria. “Neste momento, estamos focados no roteiro, em criar diálogos dinâmicos e dar vida aos personagens. Está sendo divertido, mas ainda tem bastante coisa pela frente”, conta Ash. “Fico feliz em saber que este trabalho pode ajudar outros estudantes a aprenderem os conteúdos do Ensino Médio”, salienta Manuela.