Entre os dias 24 e 26 de setembro, 34 pessoas tiveram a oportunidade de aprofundar os conhecimentos acerca das abelhas sem ferrão na Jornada de Meliponicultura Urbana, que aconteceu no Hotel Sesc Cacupé, em Florianópolis. O curso foi realizado em parceria com a Urbees - meliponicultura urbana e trouxe informações importantes sobre essa espécie nativa e social, que ganha cada vez mais espaço entre nós.
Os participantes, com os mais diversos interesses e de diferentes locais do Brasil, vivenciaram uma experiência incrível de imersão no tema. Através de atividades teóricas e práticas, aprenderam sobre as multifuncionalidades, técnicas para criação em casa, valorização e proteção das melíponas.
Acessível, a meliponicultura se populariza nos centros urbanos e ganha cada vez mais adeptos. A criação de abelhas nativas sem ferrão se destaca pelo fácil manuseio, pois podem ser manejadas sem os tradicionais equipamentos de segurança, baixo investimento e possiblidade de geração de renda. Além disso, alia a preservação ambiental, pois essas inofensivas companheiras são essenciais ao equilíbrio ecológico. Estima-se que 83% das árvores brasileiras dependam da polinização delas, mas por conta do desmatamento, a população dessas abelhas foi extremamente reduzida.
O assunto está em pauta nos principais veículos de comunicação no país. Ao clicar nos links é possível conferir matérias recentes do Diário Catarinense/G1, que detaca os novos adeptos em SC, as regras e cuidados; e a Revista Forbes, que celebra o Dia Nacional das Abelhas, comemorado no dia 03/10.
Depoimento de participante: "Quero muito criar essa espécie de abelha, não só pelo mel, mas para polinizar as minhas plantas, e ajudar a natureza, pois elas têm um papel muito importante no ecossistema", Sr. Ivo Buzzarello, de Balneário Camboriú.
Abertura com Seminário
A programação iniciou com o seminário "A importância das abelhas nativas e suas multifuncionalidades, valorização e proteção das meliponas: um olhar para a Ilha de Santa Catarina". Na ocasião, foram abordadas diferentes perspectivas através dos convidados Stefânia Hofmann, da Urbees; Rodrigo Cunha, da Epagri; Dylan Armandio, da UFSC e Néctar Hidromel e; Marcos José de Abreu, o vereador Marquito, do Mandato Agroecológico, de Florianópolis. O Sesc também realizou uma live com os ministrantes que está disponível no YouTube Sesc-SC.
Na abertura, os participantes foram recebidos com um belo café de boas-vindas, com receitas de produtos da horta do hotel e mel de abelhas nativas. Também chamou a atenção, a feirinha com exposição de produtos das meliponas (Néctar Hidromel, sítio Flor de Ouro, Urbees e Tupyguá) e materiais didáticos da Epagri.
Trilha das abelhas
Na sequência, os participantes foram conduzidos pelo educador ambiental do Hotel Sesc Cacupé, o Eng. Agrônomo Renato Trivella para uma vivência na Trilha das Abelhas, trabalho educativo realizado com hóspedes e visitantes, que tem a intenção de divulgação da existência e importância das meliponas.
Nesse percurso foram avistadas diversas espécies de abelhas sem ferrão, como as Mirim, Jataí, Tubuna e Mandaçaia. A atividade contou com a observação dos ninhos em ambientes naturais como ocos de árvores, barrancos e paredes e a degustação de mel ao final, diretamente das colmeias.
Domingo (26), na parte da manhã, as atividades foram realizadas no mirante do Hotel, um local com uma bela vista e natureza exuberante. O grande grupo foi dividido em dois menores para as seguintes atividades: divisão por alça de colônia de Mandaçaia, manejo de caixas da abelha Mandaçaia com a retirada de geoprópolis, observação da saúde da colmeia e identificação e manejo das principais pragas das abelhas, com consução da Stefânia. Enquanto o Dylan destacou os produtos das abelhas e seus diferentes usos, reforçando as boas práticas de beneficiamento (extrato de própolis, mel e cera).
No período da tarde foi abordada a questão das principais espécies vegetais destinadas a produção de néctar e pólen para forrageamento das abelhas, sendo a alimentação natural o melhor para elas. Esse conteúdo foi ministrado pelo Eng. Agrônomo Rodrigo da Cunha, da Epagri, sendo complementado por uma caminhada na área do Hotel para observação in loco de diferentes espécies e flores.
Ao final foi realizada uma roda de encerramento com os participantes e ministrantes, com a avalição do curso e os principais sentimentos envolvidos nesses três dias de vivência, sendo o resultado muito positivo, onde todos aguardam a segunda edição da Jornada de Meliponicultura Urbana!
Colaboração: Renato Trivella, Hotel Sesc Cacupé
Edição: Diretoria de Comunicação e Marketing do Sesc-SC
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