Turma dos Viajantes

Com os resultados da avaliação diagnóstica, partindo da realidade e interesse dos grupos, e em consonância com o tema estadual norteador dos projetos pedagógicos do trimestre “Povos e suas Línguas”, os professores organizaram as atividades e situações para instigar e desafiar as crianças. A turma de cinco anos, da Escola Sesc Estreito, em Florianópolis, por exemplo, se mostrou muito curiosa. Através das brincadeiras e das rodas de conversa, a professora Elaine Souza dos Reis, identificou as principais características dos alunos e os seus anseios por conhecerem outras culturas.

Intitulada pelos próprios alunos, a “Turma dos Viajantes” está descobrindo o Brasil e também outros países no projeto “Volta ao mundo”. Neste primeiro momento, aprenderam onde estão no mapa, conheceram onde fica nosso país, nosso estado e nossa cidade, com auxílio de globo terrestre, Google Earth e imagens. Na atividade “Vamos viajar?” foram propostas brincadeiras com avião de caixa de papelão, confecção de passaporte, decoração da porta da sala, mapa mundi em tamanho grande na sala para simular viagens. “A avaliação diagnóstica é um trabalho muito importante, para entendermos onde os alunos estão e onde podem chegar”, considera a professora. 

Turma Ói, oi, ói, mô querido

A professora Vlagda Cleber Kunz Maria, da turma de três anos parcial da Escola Sesc Estreito, reforça que a avaliação é constante e que as reuniões individuais com os pais e responsáveis a ajudaram a compreender as necessidades de cada criança. “Observo tudo, desde que entram na sala e cumprimentam com o bom dia: o comportamento, a motricidade, a motivação, as habilidades e dificuldades, o que gostam e o que precisam ser estimulados a aprender”, conta a docente. “Trata-se de um grupo calmo, muitas crianças ficam em casa com os avós à tarde e têm laços familiares fortes. Eles ainda estão desenvolvendo a fala e a comunicação, e precisam de estímulo para trabalhar de forma cooperativa, para que aprendam a compartilhar com os amigos”, relata.

Na avaliação diagnóstica, a professora identificou o interesse dos pequenos pela cidade onde moram: Florianópolis. Desta forma, a “Turma Ói, oi, ói, mô querido” desenvolve o projeto “Ói, oi, ói... sou manezinho, visse?”. “Através da investigação e descoberta da origem de seus hábitos, tendo como enfoque a linguagem oral e corporal, as crianças podem explorar a cultura da região onde moram e principalmente sua identidade”, explica Vlagda.

Utilizando jogos, brincadeiras, lousa interativa, música, atividades coletivas, a turma vai aprender mais sobre folclore, artesanato e festas, bem como pelo seu dialeto peculiar popularmente conhecido como “manezinho”, criado a partir da colonização portuguesa / açoriana. Outros povos como indígenas e africanos também deixaram sua marca na arte e diversos hábitos herdados pelos florianopolitanos e serão estudados. “O planejamento é feito semanalmente para que possa contemplar os interesses das crianças, fatos recentes e relevantes à realidade de cada um, resgatados das informações colhidas de conversas com os alunos e seus responsáveis”, explica a professora.

Até maio, muitas outras atividades lúdicas e educativas serão realizadas em todas as Escolas Sesc no Estado. A culminância do projeto será na Mostra de Artes da escola, com a exposição das descobertas e produções realizadas pelas turmas durante o trimestre.